Para justificar violações cometidas na AP 470 dizia o relator (inquisidor) ministro Joaquim Barbosa que o tempo corria contra o processo, tanto que precisava ser posto em acelerada movimentação para que prescrições não alcançassem muitos dos acusados.
Sabe-se hoje que algumas penas foram elevadas aos píncaros da dosimetria para que tal prescrição não fosse aplicada, isso ainda que o crime não existisse e tivessem Suas Excelências, por maioria de 5 contra 4 entendido que havia o que nunca houve, a ponto de os embargos infringentes desmontarem a tese.
O mundo jurídico indagava o porquê da pressa de Joaquim Barbosa para com a AP 470, mais recente, quando idêntico procedimento, bem mais antigo (tanto que origem daquele) envolvendo próceres do PSDB mineiro, dormitava nos escaninhos do mesmo Barbosa.
Ultrapassado o midiático julgamento/linchamento - começando a se desmoralizar e a desmoralizar muitos que o julgaram - ainda dormita no STF o denominado mensalão tucano. Com um detalhe: o ministro Barroso (atual relator do processo, em substituição a Barbosa) afirma já haver concluído seu trabalho/voto e a peça se encontrar apta para o julgamento, dependendo - pasme o leitor! - do ministro presidente do STF (leia-se, Joaquim Barbosa) abrir pauta para a AP 536 (esse o número do 'mensalão tucano'), o que até o presente não aconteceu.
Estranha - para os que entendam estranho - que Joaquim Barbosa, o caçador de corruptos, o salvador da pátria etc. etc. - sabendo, como sabe, que a prescrição já começa a alcançar acusados da AP 536 não se digne de por em pauta o 'mensalão tucano'.
Muitos presumem que seja pressão política do PSDB. Não pelo partido em si. Mas pelo próprio Joaquim Barbosa, em sua versão político-partidária, que perderá o apoio do conservadorismo tucano para sua pretensão de candidato a alguma coisa, seja lá o que for.
Por essas e outras mais se aprofunda a conclusão de que Joaquim Barbosa age políticamente, transformou o STF sob sua presidência em instrumento político. Com lado definido: contra o PT.
Um gozador já afirmou na rede que a atuação de Joaquim Barbosa em relação ao PSDB decorre de seu compromisso com a ecologia: afinal, tucano precisa ser protegido da extinção!
Feliz, a propósito, a visão de Bessinha, que pode levar Barbosa a ficar na história como carcereiro da Papuda. Desde que lá esteja algum petista.
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