Lula, em discurso proferido em Contagem-MG, levantou um dado que toca fundo em Aécio no quesito respeito: a forma como trata Dilma nos debates. Disse o ex-presidente:
“Eu disputei muitas eleições nesse país e nunca vi um cidadão faltar com o respeito como ele faltou com Dilma. Nunca fiz isso com o antropólogo (Fernando Henrique Cardoso). Pegue uma palavra minha chamando alguém de mentiroso, de leviano”.
E tacou mais esta:
"O comportamento dele (Aécio) não é de um candidato, é de um filhinho de papai. Eu queria ouvir ele falar assim se o outro candidato fosse um homem”.
O desafio de Lula ficou claro: a valentia de Aécio só existe em relação às mulheres. Já fora assim com Luciana Genro, durante debate na Globo (dedo em riste, chamando-a de leviana). Confira dois instantes clicando em https://www.youtube.com/watch?v=dieSLRCXsNQ
Quando vão sendo divulgadas outras 'posturas' de Aécio – como a agressão física à namorada durante evento no Fasano, no Rio de Janeiro, em 2009, em que, como governador de Minas, tentava levar a abertura da Copa para Belo Horizonte – fica a conclusão de que não tem preparo para nem mesmo o embate privado.
Mais flagrante fica isso para quem assiste sua performance nos debates: toda vez em que é confrontado parte para chamar de mentiroso ou leviano o oponente (se mulher, naturalmente).
O dedo em riste – que o digam os psicanalistas – pode ser o limite entre a agressão verbal e o iniciar a física.
Dizia vó Tormeza: "cesteiro que faz um cesto faz um cento".
Infelizmente só dispomos da manchete do jornal Hora do Povo na montagem abaixo, que por si só nos basta, dispensando qualquer outra chamada (a proteção a tucanos pela grande imprensa tem dimensão patológica, razão por que tudo é escondido). O fato foi também testemunhado – e divulgado – por Juca Kfouri. (leia postagem "E por falar em telhado de vidro").
Lembremo-nos de 2002
Por muito menos, na eleição de 2002, quando Ciro Gomes estava em ascensão, caminhando para suplantar Lula nas intenções de voto, uma simples declaração em que punha a mulher em situação inferiorizada em relação ao homem acabou com seu projeto presidencial.
Não sabemos como se sente a mulher brasileira ouvindo uma candidata (seja Luciana, seja Dilma) chamada de mentirosa e leviana. E – o mais grave – por alguém que, do alto do cargo de Governador de um estado como Minas Gerais, nem mesmo teve controle em publico e aplicou uma bofetada na namorada durante evento de repercussão internacional.
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