domingo, 30 de novembro de 2014

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Alguém errado
Judeus brasileiros engrossam campanha mundial pelo reconhecimento e independência do Estado Palestino. Que inclui judeus israelenses.

Não só pela independência política da Palestina. Também pelo fim da ocupação de Israel.

Será que estamos errado em acusar de sionista o governo israelense?



Pobreza x audiência
Durante décadas pregamos os olhares em suas 'proezas'. De crianças. E dos adultos que se viam crianças. Criança não pensa, age, reage, diz, desdiz. Criança dispensa conceitos e contraconceitos.

Poucos o traduziram. Se o traduziram.


Bolanos se foi. Não Chaves, que fica. 

Não sabemos se o ambiente onde desenvolveu sua hilariedade encontrará espaço sucessor em nível da modernidade televisiva. 

O único programa onde a pobreza era o espetáculo.

Talvez por isso a América Latina o aceitava.


E fosse no Brasil programa de ‘ignorantes’.

"Isso, isso, isso...".

Bonsai(s)
Remonta a quase dois milênios a cultura do bonsai. Ainda na China, no séc. II d.C. Absorvida pelos japoneses é hoje sinônimo de sua cultura. Assim a 'árvore em bandeja', a "árvore num vaso", o seu real significado, chega à contemporaneidade.

O primeiro que aqui trazemos data de 1500. Viu o surgimento da terra brasilis. O segundo, de 1625, sobreviveu à tragédia de Hiroshima. O terceiro (sugestão nossa) bem reflete a cultura de poder ocidental: a bomba atômica.

Tudo para a reflexão do leitor.



Bonsai de 388 años que sobrevivió a la bomba de Hiroshima.


Equação
No "Painel de imoralidade(s)", aqui postado na quinta-feira 27, aventamos em torno de fatos que não nos parecem moralmente corretos, em que pese legítimos alguns dos citados, porque amparados na lei. 

A propósito da aposentadoria de FHC, algo mais nela está embutido: uma discussão complexa, que envolve conteúdo ideológico, economia e cálculo atuarial.

Para uns, o atual sistema de aposentadoria, utilizando-se do fator previdenciário (criado no governo FHC e mantido no de Lula) não é o ideal, por não estar vinculado ao tempo de contribuição (aquele em que basta o limite de anos fixados para a categoria).

Para outros, não há sistema que se sustente pura e simplesmente sob o regime da aposentadoria por tempo de contribuição.

Sem proselitismos, a aposentadoria de FHC na USP é um bom exemplo para acalorar as discussões. 

Aposentado aos 37/38 anos de idade (tempo de que precisa a maioria de trabalhadores, que dependem de 35 anos de contribuição) recebe durante outros 45 anos, e mais enquanto viver (sem falar na possibilidade de pensão para dependentes).

Considerando que tenha contribuído durante 20 anos (se começou a trabalhar aos 17/18) já recebeu mais que o dobro do quanto contribuiu.

Não há cálculo atuarial que sustente a equação.

Quando se imaginava...

Cabe “enfatizar que o ministro Gilmar Mendes é um dos mais sérios juristas deste país, cuja obra ultrapassa nossas fronteiras. No Tribunal, sempre pautou sua posição pela estrita aplicação da lei, não sucumbido a pressões como essas que hoje o acometem. Os que contra ele vociferam são os que não possuem o mínimo respeito pelo Estado Democrático de Direito”  Escreve Kátia Abreu na Folha de São Paulo.


Dizer o que acima disse Kátia Abreu do ministro Gilmar Mendes nos remete a duas estritas conclusões: 

1. Ou ela não conhece Gilmar Mendes e sua grandiosa obra, inclusive declinada por Joaquim Barbosa em plenário do STF;

2. Ou é da laia dele. Aquela que trabalha contra a Democracia e as instituições democráticas.

Ficando calada seria aplaudida! Especialmente depois de estar indicada para ocupar cargo no Governo que Gilmar ensaia destituir por vieses nada democráticos.

Em defesa da...
Na segunda feira 24 foi fundado o Instituto da Cidadania, do Direito e da Justiça.

Destacamos a presença e a opinião, bissexta no contexto da instituição, do advogado e ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro e Conselheiro de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB nacional, Wadih Damus, para quem o ministro Gilmar Mendes, do STF, é a principal ameaça à ordem democrática brasileira.

Certamente Kátia Abreu não conhece Wadih.

Como muitos (milhares mesmo!) advogados deste Brasil varonil!

Esfinge


O Brasil é referência latina em agricultura familiar. "É um avanço, e o Brasil é referência". Quem o diz é a ONU, através de Monica Rodrigues.

Não sabemos se Kátia  Abreu pensa assim. Certamente o guru Gilmar Mendes dirá que não.

Tanto que o ideal é derrubar o governo que a sustenta (a agricultura familiar).

Piada internacional 
Espelho, espelho meu... Ainda que não seja 'conto de fadas' o espelho anda valendo muito para certas figuras.

Uma notícia veiculada na internet levou ao apogeu do exibicionismo oportunista (marca da ilustre figura) o Procurador da República em Goiás Ailton Benedito de Souza (com direito a foto).

Circulou na rede que o governo venezuelano convocara 26 jovens do Brasil para compor uma certa Brigadas Populares de Comunicação. Foi o que bastou para a ilustre autoridade intimar o Itamaraty para levantar a identidade dos jovens sequestrados e investigar uma possível rede de tráfico humano (segundo postado no Luiz Nassif).

Tratava-se da comunidade Brasil do bairro da cidade venezuelana de Cumaná.

A barriga do fulgurante 'ator' corre o mundo. Como piada. De brasileiro do MPF e não de português.



Onde está o dinheiro?
O servidor público estadual que teve deferida a pretensão ao abono pecuniário ainda não viu a cor do dinheiro. 

“Estranhamente’, o deferimento - publicado no início de setembro - assegurou o direito que deveria ser pago, em parcelas, a partir de outubro, caso seguisse o modus operandi dos anos anteriores.

O servidor nem mesmo acredita que receba o garangau no próximo contracheque (o de dezembro).

Vai viver do deferimento.


Encruzilhada I
Alguns comentaristas políticos veem a presidente Dilma construindo uma encruzilhada perigosa a partir da composição do novo ministério.

Criticada por isolar-se em relação às bases do PT – onde parcela de integrantes não a têm como representação ideal – não estaria correspondendo aos anseios por avanços em áreas melindrosas, como reforma agrária e demarcação de terras indígenas e quilombolas, quando anuncia Kátia Abreu para a pasta da Agricultura. Ou Joaquim Levy para a da Fazenda.

Razão há para os críticos. Afinal, os sinais estariam a demonstrar uma guinada à direita, o que seria incompatível com o projeto do PT.

Outras razões estão com a presidente Dilma. Afinal, é ela a responsável pela condução do país nos próximos quatro anos. Pés no chão devem falar mais alto. 

Afinal, ninguém discute se ela tem ou não comando do Poder.

Encruzilhada II
Em relação ao PT particularmente, a assunção de práticas nada recomendáveis por alguns de seus integrantes em relação à coisa pública certamente deixam(ram) a Presidente na defensiva.

Viu uma reeleição tranquila tornar-se uma batalha da Normandia a partir de manipulações – mentirosas que fossem – sobre sua participação no Conselho gestor de uma Petrobras que ocupava as manchetes das páginas policiais.

Se nada era verdade em relação a ela, verdade o era em relação a alguns que estiveram encastelados na estatal para atender à base de sustentação parlamentar (até prova em contrário), incluindo o PT, repetindo histórias pretéritas, inclusive alimentadas no período FHC.

Dívida
O ministério petista do governo Dilma, se tomamos José Eduardo Cardoso como paradigma, não merece nem participar da composição do novo período. Um Ministro da Justiça que tem como “republicana” a atuação de agentes públicos da Polícia Federal autores de vazamentos seletivos voltados para construir o impeachment de Dilma dispensa comentários.

Erros políticos do PT, como partido, como não enfrentar a grande imprensa no ‘mensalão’, assumindo o caixa 2 e partindo para sua defesa, levaram a um desgaste que tão cedo não será desfeito. Só depois de revisões criminais etc. e ainda assim permanecerá a nódoa por não ter sido tirada no tempo certo.

A postura masoquista a que se entregou como estratégia não fez vítima o PT. E, ao que parece, ainda não entendeu.

Tem quem duvide
Para quem duvidar, trazemos do Nassif a seguinte pérola:

Com patrocínio estatal, Gilmar relança "O impeachment", de Brossard


Com patrocínio de órgãos públicos e de empresas privadas com grandes demandas no STF (Supremo Tribunal Federal) o Ministro Gilmar Mendes organizou o XVII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional.

No lançamento anunciou o relançamento de um clássico de Paulo Brossard: “O Impeachment - (Aspectos da Responsabilidade Política do Presidente da República)”.
O painel de abertura contou com a presença de Brossard, do jurista conservador Manuel Gonçalves Ferreira Filho e do ex-governador de São Paulo José Serra.
O primeiro painel do encontro foi abrilhantado pelo Ministro Antônio dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Vamos combinar:
Nao é normal em nenhum país que siga normas mínimas de probidade administrativa, uma empresa de um Ministro do STF receber contribuições, menos ainda de empresas com grandes interesses no STF. Há uma profunda distorção, à vista de todos, mas que ninguém ousa enfrentar, devido ao pacto de Gilmar com grupos de mídia."
Da redação do blog: Em nossa paranoia, apenas lembramos ao leitor que o ministro Gilmar Mendes é aquele...

Sabedoria I
Por fim, entendemos que entre a presidente Dilma e o PT deve existir uma relação de compreensão sobre a realidade imediata (tentativa de impeachment, ridícula que seja) e a mediata (manutenção do projeto petista). Entre a grita insensata e a realidade cumpre buscar manter o que há de positivo.

Tudo porque, caso desande o mingau, Dilma encerra seu mandato e o PT precisará contar com Lula para manter-se no Poder. 

E o ex-presidente pode não ser o ‘santo milagreiro’ que muitos imaginam caso atacado nos próximos quatro anos por uma mídia sedenta de sangue trabalhista.

Chegando o PT lá dividido – não só dá ao adversário argumentos para o discurso, como deu com o “volta Lula” – perde a oportunidade de continuar melhorando a vida da sociedade que tanto precisa de políticas sociais concretas.

Ainda que Lula o candidato.

Sabedoria II
Portanto, se caldo de galinha não faz mal a ninguém um passo atrás depois de dois à frente pode assegurar três logo mais.

Por fim, para a turma que alimentou o “volta Lula”, o ex-presidente foi mestre em legitimar-se perante interesses conflitantes, desde que assinou a “Carta aos Brasileiros” em 2002. 

Que visava, antes de tudo, tranquilizar o mercado.

E não podemos esquecer – gostemos ou não – que foi o mercado tranquilizado que permitiu a Lula promover a efetivação de políticas sociais profundas.

Não que as realizasse o mercado. Mas o presidente que tinha, com seu poder legitimado, a caneta para promovê-las.

Que levaram o PT a manter-se no poder por mais três mandatos. 

Reconhecer em Dilma a mesma intenção não será demais.



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