DE RODAPÉS E DE ACHADOS *
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Macabro I
O Conselho
Regional de Medicina de Minas Gerais, integrado por 42 ‘colegas’, absolveu, em
janeiro, no processo administrativo a que respondiam, todos os médicos
condenados pela Justiça (alguns já presos) por retirada de órgãos de um garoto
de 10 anos, ainda vivo, e os de um pedreiro. Tudo para comercialização.
Haviam sido condenados
pela Justiça por envolvimento com a “Máfia dos Transplantes”, de Poços de
Caldas, que chegou a ser objeto de apreciação pela CPI do Tráfico de Órgãos, a
partir do “caso Pavesi”, o do menino de 10 anos.
Deu no UOL, de
Belo Horizonte:
“De acordo com o CRM-MG, foi elaborado um relatório amplo
após análise detalhada da denúncia, dos prontuários e depoimentos de
testemunhas. Os 42 conselheiros votaram pela absolvição, porque não se
constatou que os profissionais infringiram o código de ética.
"’Foi entendido que nos autos não havia prova alguma de irregularidade. O juiz se baseia no Código Penal, mas o CRM decide na esfera administrativa, com base no código de ética.’"
"’Foi entendido que nos autos não havia prova alguma de irregularidade. O juiz se baseia no Código Penal, mas o CRM decide na esfera administrativa, com base no código de ética.’"
Para não
vomitarmos todos, apenas registramos: macabro.
Para outros
detalhes: http://www.viomundo.com.br/denuncias/leandro-fortes-tucano-carlos-mosconi-um-feliciano-piorado-na-assembleia-mineira.html
Macabro II
O presidente do
Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais é o mesmo que, em agosto de 2013
(depois disse que foi mal interpretado) recomendou:
“Vou orientar meus médicos
a não socorrerem erros dos médicos cubanos”. http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/08/23/nao-serei-preceptor-de-medico-estrangeiro-diz-presidente-do-crm-de-minas.htm
Macabro II
Ligando os
diferentes pontos, agora podemos entender porque alguns dirigentes da classe
médica brasileira são contra o Programa Mais Médicos do Governo Federal.
É o Código de
Ética!
Avanços
O prefeito
Fernando Haddad, de São Paulo, reuniu a imprensa para informar a redução (de 50% a 70%) no consumo de drogas entre os integrantes do Braços Abertos já no
primeiro mês do programa.
Questionável que
seja a declaração de Sua Excelência quanto ao percentual – em razão do tempo –
certo que o programa deve ser um sucesso.
Tanto que
incomodou muita gente. Inclusive a turma podre do DENARC, que perdeu a boquinha
para venda da droga que apreende e revende.
Para quem duvidar - quanto à podridão - ouça o traficante colombiano Abadia em http://www.youtube.com/watch?v=vvnBO1bjv5Q
Incomodado I
O ministro Gilmar
Mendes sentiu-se ofendido com insinuações do PT de que falara demais contra o
partido ao insinuar que haveria lavagem de dinheiro nas doações para os
petistas presos na Papauda. Não se bastou com a solução jurídica posta na mesa
pelo colega Luiz Fux, que entendeu o PT parte ilegítima para propor a
interpelação.
Mas – dizíamos –
Gilmar Mendes sentiu-se ofendido, tanta a honorabilidade atacada. E partiu para
a verdade: enviou carta ao senador Suplicy – inteligente, Gilmar sabe que o
senador mais está para pai do Supla que para a defesa do PT – afirmando que a
iniciativa da militância (que para Gilmar é lavadora de dinheiro da corrupção) sabota e ridiculariza o cumprimento das penas.
Sua Excelência
tem razão: multa aplicada a condenados nunca encontrara resposta de um ‘júri
civil e popular’, tampouco levantara a autoestima de militância em qualquer
época.
Sob o prisma que escolheu sobram razões a Sua Excelência.
Incomodado II
No entanto, por
que Gilmar Mendes não encetou carta contra o jornalista Rubens Valente? Para os
que não sabem, o jornalista publicou um livro (sucesso de vendas) com o
singular título “Operação Banqueiro”, onde afirma que o ‘banqueiro’ Daniel
Dantas não teria o poder que tem se não tivesse o ministro Gilmar Mendes
fazendo esteira (para usar linguagem de vaqueijada).
Uma velada forma de dizer
que há conivência entre ambos.
Temos que o escrito
por Rubens Valente dispensa pedido de interpelação judicial; exige contraprova
do ministro Gilmar Mendes. Mas, para começar, poderia fazê-lo com uma
interpelaçãozinha...
Quanto ao senador
Suplicy pouco dele se espera, diante do que não fez ou não disse durante estes
meses em defesa dos companheiros. Caso se sinta atingido certamente buscará
alguma canção de Bob Dylan para ‘interpretá-la’ da tribuna do Senado.
Supimpa!
E agora, Gilmar?
Para o inefável
ministro Gilmar Mendes, em dimensão de onisciência (porque onipresente já o é
quando assume função pública e a cumula com interesses de sua empresa privada,
o que é vedado em lei para os mortais, não para deuses) as doações para
pagamento de multas de condenados na AP 470 poderiam ter origem em lavagem de
dinheiro da corrupção.
A turma que doara
para Genoíno e Delúbio está indo à forra: até sexta já havia em depósito
(identificado, identificado!) mais de 220 mil reais (dos 971 mil necessários) de
doações para José Dirceu.
E agora, Gilmar?
O jogo de Barbosa
Especular só
custa o verbo e a tinta. Mas tantas são as loucuras de Joaquim Barbosa que não
seria absurdo dizer que estaria ele à procura de um álibi para deixar o STF e buscar
a política – como recomendou Lula.
Sair por sair, no
entanto, não lhe daria a bandeira necessária. Daí porque criar um problema resultaria
no ideal para que assumisse a missão de salvador da pátria.
Mas, onde
encontrar a solução para o seu problema? Instigar PT, Governo, Câmara dos
Deputados, Senado, juristas, mesmo outros ministros do STF (claro que Gilmar
Mendes não embarcaria) para reagirem e sair ele – o Quinzão – como vítima e
suficiente mídia para montar o espetáculo.
Somente assim
podemos entender a razão por que de atos tipicamente fulanizados – os que se
dirigem especificamente a uma pessoa, no caso ao PT e a petistas – promovidos pelo
presidente do STF.
A prisão de Genoíno e a liberdade de Roberto Jefferson
materializam a postura claramente política de Barbosa. Quando quer Sua
Excelência viola regimento interno, manipula prova (o píncaro é a morte de Martinez),
esconde inquérito que absolveria quem ele queria condenar, afunda-se em
contradições.
Assim, em vez de
enfrentá-lo – mormente neste ano eleitoral – é melhor deixá-lo consumir-se nas
próprias chamas com que quer incendiar o país.
Ainda que a
indignação permaneça o melhor é não entrar no jogo de Barbosa.
A pasta saiu do tubo
Em um de seus
característicos vídeos para a TV Afiada Paulo Henrique Amorim demonstrou
entender a razão principal – e não a razão
– por que Joaquim Barbosa deu de desconstituir (ao arrepio do regimento Interno
do STF) as decisões monocráticas de Ricardo Lewandovski: a liberação do famoso
inquérito 2474 que o Barbosa escondeu para não ter de absolver o núcleo petista
da AP 470.
Assiste razão a
PHA. Pasta que sai do tubo não volta mais.
Solução
Circulam
informações de que o Governo Federal estaria preocupado com o processo de
violência que alguns buscam instalar no país.
Ora, dizemos “que alguns buscam” porque a violência institucionalizada – inclusive a oriunda do Estado, que a exerce através de prepostos de suas polícias – não se encontra no centro dos editoriais, mas a que nasce de peças de uma camada da população (melhor nutrida economicamente, na maioria dos casos) voltada para corresponder a interesses que se concentram na ação político-eleitoral contra o Governo.
Ora, dizemos “que alguns buscam” porque a violência institucionalizada – inclusive a oriunda do Estado, que a exerce através de prepostos de suas polícias – não se encontra no centro dos editoriais, mas a que nasce de peças de uma camada da população (melhor nutrida economicamente, na maioria dos casos) voltada para corresponder a interesses que se concentram na ação político-eleitoral contra o Governo.
Não fora isso não
estaria escondendo o rosto enquanto aplaudida por parcela da mídia comprometida
historicamente com golpes e que ensaia um (branco) e para tanto se utiliza e
mesmo incentiva qualquer meio para consumá-lo.
Mas, dizíamos, o
Governo Federal estaria preocupado com os acontecimentos.
A presidente
Dilma Rousseff, que iniciou uma reforma ministerial, tem uma das soluções:
afastar/exonerar o que chamam de Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um
incompetente, omisso e comprometido com o insondável.
Caso alguém
duvide de nossa recomendação que atente para o que ocorre na região de
Buerarema, Una e Ilhéus.
Tudo agravado por culpa de
um Ministro da Justiça que somente o é no nome.
Propósito definido
Gostando ou não
das atitudes do ministro Joaquim Barbosa temos que respeitar a competência como
conduz a sua imagem político-eleitoral. Há muito é aventada a possibilidade de
disputar as eleições de 2014. Para uns como candidato a Presidente (FHC já
estrilou); para outros, a governador ou a senador de Brasília ou do Rio, pelo
menos.
Pelas ruas
Joaquim Barbosa tem público cativo. Que pode não elegê-lo, mas alimenta o bloco
na rua.
No quesito
programa de governo a campanha de Joaquim Barbosa não está na melhoria de
programas sociais, investimentos em saúde ou na infraestrutura rodoviária,
ferroviária e portuária, mais vagas em universidades etc.
Propósito posto em prática
A campanha de
Joaquim está centrada num slogan: eu prendi José Dirceu, José Genoíno, João
Paulo Cunha, toda a cúpula deste PT. Se me deixassem eu teria prendido os
chefes.
Como o afirmou o jurista Luiz Moreira em entrevista ao Viomundo a “Declaração de Joaquim Barbosa desnuda propósito de utilizar Dirceu como trampolim eleitoral”. (A entrevista foi concedida depois de a Veja publicar que JB está entendendo que é hora de deixar o STF).
Como o afirmou o jurista Luiz Moreira em entrevista ao Viomundo a “Declaração de Joaquim Barbosa desnuda propósito de utilizar Dirceu como trampolim eleitoral”. (A entrevista foi concedida depois de a Veja publicar que JB está entendendo que é hora de deixar o STF).
Ninguém brinque
com tal apelo. Pode levar o país ao caos – caso eleito – mas pelo menos 30% de
votos conseguirá. Não lhe faltará apoio. Pelo andar das carruagens – de Aécio
Neves e Eduardo Campos – Joaquim Barbosa é a solução.
E o
despreparo/destempero para com as pessoas? Isso é coisa para depois, que se
resolve com um impeachment.
Como fizemos com
o Collor, útil para nos livrar de Lula e de Brizola em 1989.
Interessa o “caçador” de que carecemos. E Barbosa sabe disso e põe o propósito em prática.
O palhaço do Congresso
Luiz Nassif dia
desses não se conteve e partiu para o
tapa diante de mais uma das declarações (não lhe faltam microfones) de
ilustre senador, ícone do PSDB paranaense: “Álvaro Dias, na caça incessante ao ridículo”.
Claro que pouca
valia daríamos ao especial (não)exercício da função de AD (cuide o leitor de
não confundir Sua Excelência com algum senador romano a.C. que pode ferir o
túmulo da espécie e a turma resolver atormentar nosso sono já tão atormentado
diuturnamente com figuras de estirpe como a do paranaense).
Alfinetou Nassif:
“Um partido que tem Álvaro Dias e Carlos Sampaio entre os principais expoentes,
alimentando diariamente o noticiário com frases vazias e declarações ridículas,
aspira a quê”?
Não fora o curto
texto – para não desperdiçar palavras e espaço com veleidades – avançamos sobre
o que nosso personagem fizera para levar Nassif ao destempero.
É que o ilustre prócer da oposição – revela o blogueiro – partiu para uma comparação no mínimo inusitada em defesa do indefensável (aí presente a sua legenda, antes impávida e impoluta!), comparando o seu PSDB e o PT no quesito ‘mensalão’: disse ele ao Estadão “que o PSDB cumpriu seu dever denunciando o mensalão do PT. Mas o PT prevaricou, ao não denunciar o mensalão do PSDB”.
É que o ilustre prócer da oposição – revela o blogueiro – partiu para uma comparação no mínimo inusitada em defesa do indefensável (aí presente a sua legenda, antes impávida e impoluta!), comparando o seu PSDB e o PT no quesito ‘mensalão’: disse ele ao Estadão “que o PSDB cumpriu seu dever denunciando o mensalão do PT. Mas o PT prevaricou, ao não denunciar o mensalão do PSDB”.
Naturalmente,
como tem os holofotes a seu favor, esqueceu de informar que o seu mensalão tucano (redundância) em
muito antecedeu ao do PT e que a gloriosa turma de Minas foi competente,
justamente por retirar dinheiro público efetivamente dos cofres mineiros.
Diferentemente do PT, que – afora as conclusões de Joaquim Barbosa – ainda está
para ser provado (tanto o mensalão como o dinheiro público, visto que o esforço
de JB para afirmar que a VISANET era empresa pública anda caindo pelas tabelas,
não fora os recursos dela saídos terem sido aplicados em propaganda).
Mas, retomando a
Álvaro Dias e sua tentativa de nos fazer idiotas, conseguiu Sua Excelência uma
futura profissão, ou concorrer por ela. É que diziam que o palhaço do Congresso
era o Tiririca!
Escancarando
Vizinha de
Itabuna a interlocutora – descompromissada com qualquer proposição política –
levanta a preocupação com o que ocorre com administrações regionais.
Diz não entender como alguém que recebe remuneração de diretoria possa estar sempre em Comandatuba e gastando/investindo fortunas.
Diz não entender como alguém que recebe remuneração de diretoria possa estar sempre em Comandatuba e gastando/investindo fortunas.
O ‘servidor’ veio
de fora para Itabuna. Onde encontrou verdadeiro paraíso.
Imagine o leitor
que tal comportamento esteja multiplicado!
Bola fora
A FICC demonstra
não compreender o que representa para a comunidade de Ferradas a estátua de
Jorge Amado na entrada do bairro. Tanto que anuncia – considerando motivos de
segurança (houve prática de vandalismo contra o monumento) – que “Jorge” não
mais indicará que ali é a terra onde nasceu.
Entende a
instituição que melhor instalada estará na sede da Universidade Federal.
Desconhece as
razões que levaram à existência da estátua e tudo de simbólico que ela
representa para o novo imaginário da terra do “menino grapiúna”.
Caso dialogue com
o ferradense deverá mudar de idéia.
Marchinha
Em tempos de
antanho (quase tão antigos como a expressão antanho), ainda que de poucas
décadas, os carnavais se faziam a partir de novembro, quando lançadas as
marchinhas. Sua temática envolvia da sátira de costumes à política.
“Sassaricando” aventava o voyerismo carioca; “Cachaça”, “Saca Rolha” e “Turma do Funil”, sobre a recorrente gandaia da branquinha; “Índio Quer Apito”, no imediato da Brasília em construção; “Cabeleira do Zezé”, resposta à beatlemania; “Tomara que Chova”, para a falta de água nas torneiras cariocas; “O retrato do Velho”, sinalizando o retorno de Getúlio Vargas; “Eu Quero É Rosetar”, que invadia a “moral familiar”, tanto que censurada etc.
Os carnavais
foram apropriados pelo capital, plenamente. Tornaram-se negócios para donos de
bloco, escolas de samba etc.
Caso voltássemos
ao tempo das marchinhas certamente esta vencedora (entre as 119 inscritas) de
um Concurso em Belo Horizonte seria sucesso nacional, pela oportunidade.
Melhor entenda
ouvindo “O Baile do Pó Royal”, de Alfredo Jacson, Joilson Cachaça e Thiago
Diberto, interpretada por Aláecio Martins, Daniela Godoy, Eduardo Macedo e
Marina Cyrino.
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* Coluna publicada aos domingos em www.otrombone.com.br
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