À fanfarronice
Neste país de "São Saruê" o Poder Judiciário vai se expondo ao ridículo. Não porque o seja como Poder da República. Mas pelo expressar de alguns membros do STF, dados a imiscuir-se onde não chamados, utilizando-se de espaço midiático que não condiz com a Ética a que devem(riam) estar submetidos.
Não bastasse os absurdos cometidos no curso da AP 470 - que começam a cair no noticiário comum, especialmente quando vierem à luz os fatos presentes no inquérito 2474 da Polícia Federal, alijado por Joaquim Barbosa do conjunto probatório da AP 470 justamente porque certamente absolveria muitos dos condenados por crimes a eles atribuídos - a 'fala fácil' do ministro Gilmar Mendes demonstra postura incompatível com o cargo e a clara visão político-partidária que está a assumir.
De todos sabido que multas em valores absurdos foram aplicadas a alguns (até porque impossíveis de ser cumpridas com recursos próprios) o que gerou uma mobilização de militantes petistas para arrecadar fundos para pagar as de José Genoíno e Delúbio Soares.
A arrecadação superou expectativas. E deixou de ser apenas 'arrecadação' para tornar-se mobilização por uma tomada de consciência e de luta a envolver um processo de enfrentamento e de denúncia contra as suas condenações.
Pois não é que o ministro Gilmar Mendes (envolvido até o pescoço com situações constrangedoras, como sua aliança com o banqueiro Daniel Dantas) busca a imprensa para levantar a suspeita de que tais doações podem ser fruto de lavagem de dinheiro de corrupção e pede que o Ministério Público tome a iniciativa de apurar tal irregularidade!
Não fora o ridículo, beira a fanfarronice. Para não dizer que nos chama a todos de idiotas.
O mesmo Gilmar Mendes que é proprietário de um Instituto educacional que cultiva o nada salutar hábito de prestar serviços, sem licitação, ao poder público. Como ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, envolvido até o pescoço com denúncias que estão sendo apuradas pelo Conselho Nacional de Justiça.
Este Gilmar Mendes que também se dá 'ao luxo' de denunciar o que nunca prova, como aquele famoso grampo no STF nunca aparecido em áudio.
Um fanfarrão e boquirroto que se utiliza do cargo que exerce para respaldar comportamento nada compatíveis com o decoro.
Caberia, quando pouco, o ajuizamento de ações individuais, de cada doador, contra Sua Excelência pela prática dos crimes de injúria e difamação
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