terça-feira, 15 de julho de 2014

Vidência

Sob análise
A imprensa alemã ressaltou, em matéria de Astrid Prange, da redação brasileira da Deutsche Welle, a elogiosa postura dos brasileiros em separar Copa de política, ainda que a imprensa nacional tenha ‘previsto’ uma competição explosiva, inspirada nos protestos de junho de 2013.

Sábio o povo – observador competente – a merecer as considerações do jornalismo alemão. Evidente que dista muito uma coisa da outra, em razão das características de cada realidade. Na relação futebol vitorioso versus sucesso eleitoral a história recente o demonstra.

No entanto há quem insista em vincular resultado de futebol às eleições presidenciais.

E neste país de crenças e crendices (onde integrante da comissão técnica da seleção quase esgota o estoque de sal grosso no Mineirão no dia em que jogaram Brasil e Alemanha) não falta quem se lance ao além em busca de resultados pelo viés mais da sorte que da técnica. Na metafísica desta turma o espiritual é capaz de alterar o resultado da soma 2 + 2.

Fica então somente aos olhos estrangeiros a percepção de que certas coisas não se misturam. E, novamente, a Alemanha paira sobre nós.

Mas, retornando ao país e às suas idiossincrasias, a campanha de um candidato já se tornou vencedora do certame eleitoral. Assim podemos concluir, a partir do divulgado.

Euforia no terreiro e no estado de graça orgástico, que é o estado onde passou a habitar parcela considerável da oposição diante das conclusões de Carlinhos de Apucarana, vidente que se tornou atração do Fantástico depois de prever resultados, finalistas da Copa, contusão de Neymar, goleadas e quejandos.

A turma está empolgada. Não faltou quem exigisse mistura das coisas onde a repórter alemã não viu mistura. Mas, para um vidente que acertou tudo em relação ao futebol disputado na Copa por que não perguntar quem será o futuro presidente do Brasil? Peremptório afirmou Carlinhos de Apucarana que Aécio Neves será o futuro presidente.

Bom teste para a vidência!

Que fica sob suspense até outubro (para uns) ou novembro (para outros). Para análise da vidência. 

Que busca alcançar o milagre de mudar o que as pesquisas e a campanha da grande imprensa ainda não conseguiram.


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