domingo, 27 de julho de 2014

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
_____________________

Aperto de mão
O controle da informação tornou-se o instrumento da verdade. Ainda que não o seja. Absurdos tem sido cometidos desde que o domínio da comunicação passou a ser exercitado para traduzir a superioridade de um indivíduo ou de uma nação. De tempos pretéritos, quando os sacerdotes e anciãos detinham a 'verdade revelada' ao manuseio da História ao alvitre da versão/verdade de quem a registrou.

Para não irmos longe –– tanta a velocidade da informação que nos chega –– nestes últimos 10, 11 anos assistimos a destruição de países, de pessoas e mesmo da história ao sabor das versões postas por quem controla a informação.

Assim o foi com o Iraque, depois a Líbia. Para situarmo-nos apenas em dois exemplos mais distantes. Dentre a "existência" de armas que ameaçariam a segurança mundial ao "desejo" de liberdade a informação manipulada realizou destruição.

Dois fatos na atualidade imediata tornam-se objeto de manipulação escancarada: a derrubada de um avião na Ucrânia (atribuída a separatistas) e a continuidade do processo de genocídio na Faixa de Gaza.

No primeiro caso, tudo indica que foram agentes do governo ucraniano que dispararam o foguete que atingiu o avião. Mas insiste-se na 'certeza' de que foram os separatistas sob ordens da Rússia. No segundo, o sionismo que governa Israel é apresentado em luta defensiva em relação ao povo palestino como se ambos estivessem belicamente em igualdade de condições.

Tanta estupidez somente pode ser compreendida –– caso possa ser admitida compreensão para tanto –– pelos interesses de minorias em torno de tudo. 

No fundo o que está em jogo é a hegemonia de um sobre outro. Que poderia ser resolvida –– caso civilizados fôssemos –– com um simples aperto de mão sincero.


Imprensa e verdade
A deselegante postura da (não)diplomacia israelense faz exibir, em nível local, como permanecemos sob a égide do complexo de vira-lata. A agressão de um agente israelense foi por aqui apresentada como se tivéssemos sofrido uma humilhação nos moldes de embaixador brasileiro em tempos de FHC tirando sapato em aeroporto dos Estados Unidos.

Para nossa imprensa extremistas o são somente os palestinos do Hamas, nunca os sionistas de Israel.

Incomoda saber o mundo que câmaras de gás mataram judeus. Não incomoda essa outra câmara, que espreme palestinos na faixa de Gaza e não os deixa sair para que sejam bombardeados?
A propósito, oportuna a ponderação de J. Carlos de Assis: 

"O Governo de Israel disse que o Brasil é irrelevante e criador de problemas, segundo manchete de O Globo. Há nisso uma contradição. Se é irrelevante não pode criar problemas. Se cria problemas não é irrelevante. Aliás, se fosse mesmo irrelevante, não teria levado o Governo israelense ao extremo de quebrar todos os códigos diplomáticos ao ponto de insultar  o Governo brasileiro com uma ironia chula envolvendo a Copa, como se nós, brasileiros, fôssemos uns idiotas capazes de confundir massacre de inocentes com jogo de futebol.
Ainda pior que o insulto israelense a um país que sempre tratou com simpatia Israel, mesmo em momentos em que ele não merecia isso, é o comportamento da grande mídia brasileira. A invasão truculenta de Gaza é tratada como uma guerra entre iguais. O massacre de crianças e mulheres numa área confinada, sem saída, é apresentado como consequência natural do conflito. O recurso a uma violência extrema aparece como natural. E o Governo brasileiro é ridicularizado porque fala do óbvio, a saber, do uso desproporcional da força."

Revelação
Toca-nos profundamente ver o que acontece com o povo palestino. Mais que isso: apresentado como massa terrorista para justificar a permanente agressão de um Israel dirigido por sua vertente extremista, encastelada no sionismo que o fez nascer.

Nesse quixotismo de enfrentar os moinhos da informação manipulada em favor dos extremistas israelenses, encontramos o texto abaixo, de Motta Araujo, aqui reproduzido na íntegra, para registro e acesso por nossos leitores.



"O GENERAL MARSHALL ERA CONTRA O RECONHECIMENTO DO ESTADO DE ISRAEL - O Secretário de Estado do Presidente Truman, o lendário General George Marshall, o grande estrategista aliado da Segunda Guerra, autor do Plano Marshall que reconstruiu a Europa devastada, era terminantemente contra a criação do Estado de Israel e lutou tenazmente contra a decisão do Presidente Truman de aprovar o reconhecimento em 29 de novembro de 1947, atendendo a uma máxima pressão do lobby de 26 Senadores pró-Israel no Senado americano.

A decisão do reconhecimento da partição do mandato britânico da Palestina seria, segundo Marshall, um IMENSO ERRO POLÍTICO que traria um conflito permanente no Oriente Médio. A partição entregou 56% da Palestina a 650.000 habitantes judeus e 44% para 1.300.000 árabes palestinos, dos quais mais de 30% eram cristãos.

Contra a decisão do reconhecimento não estava apenas o General Marshall mas também todos aqueles que CONHECIAM O ORIENTE MÉDIO, a nata da diplomacia americana, Robert Lovett, Dean Acheson, Charles Bohlen, George Kennan,  eram a cúpula do Departamento de Estado, nºs 1, 2, 3 e 4, todos se reuniram com Truman em 10 de novembro de 1945 para debater sobre o tema.

David Ben Gurion, primeiro mandatário de Israel, aceitou a partilha contra a vontade, como manobra tática, pois sua intenção era ter TODA A PALESTINA para os judeus, não somente 56% mas preferiu aceitar na ONU a proposta na mesa, por razões táticas, segundo disse a seu circulo íntimo, detalhes no link abaixo.

Às 0 horas de 15 de maio de 1948, o Exército Britânico se retirou da Palestina e um minuto depois começaram as hostilidades entre árabes e judeus.

O registro completo dessas discussões, negociações, demarches está nas memórias do grande advogado, conterrâneo de Truman em Saint Louis,  Clark Clifford, que veio para Washington junto com Truman assim que este assumiu a Presidência, sendo nomeado muito depois por Truman Secretário da Defesa. Clifford publicou suas memórias, em parceria com Richard Holbrooke, o principal diplomata americano para o Oriente Médio no pós-guerra, memórias que foram publicadas na revista New Yorker em 25 de março de 1991.

Cifford tinha 37 anos quando chegou a Washington, viveu muito e suas memórias são um relato preciso de como seu deu a criação do Estado de Israel pelas mãos de Truman, declaradamente por causa do lobby judaico na política americana.

Ao ser interpelado pelos diplomatas com Marshall à frente porque iria cometer esse erro, Truman declarou "porque eu preciso dos votos dos eleitores judeus e aqui nos EUA não tem eleitores árabes".

Quem quiser maiores detalhes ler o relato abaixo com completa narrativa desses acontecimentos históricos que repercutem até hoje."


Mas...
Desemprego cai em junho, mas o Brasil permanece em estágio caótico segundo a imprensa econômica. Ainda que o mundo europeu-estadunidense permaneça esfacelado na UTI da recuperação anunciam como aqui o lugar das mazelas da aflição planetária.

Particularmente não negamos a existência de uma grande tragédia nacional –– a por em risco um processo de gestão positiva no plano do simbolismo nacionalista: a comunicação do Governo Federal. Não consegue enfrentar – se não desejássemos apenas saber do que ocorre –– o consenso da grande mídia que faz da gestão de Dilma um antro de incompetência e corrupção, inflação desenfreada e estagnação econômica.

Tudo de bom –– quando apresentado pela mídia diante da inevitabilidade –– está sempre comprometido com um “mas” em viés negativista.

Exibe-se o nordestino com água na torneira, mas... A transposição do rio São Francisco, anunciada por Dom Pedro II há mais de século, está prestes a ser concluída, mas... A inflação permanece sob a meta há pelo menos 10 anos, mas... a Petrobrás já retira do pré-sal mais de 500 mil barris/dia, mas...

Sinceramente, a comunicação do Governo Federal não tem competência, sim, para enfrentar nem um “mas”, “porém”, “todavia”.

Eleitor
Há quem veja em Joaquim Barbosa o eleitor mais importante depois de Lula. Por tal raciocínio uma recomendação de Barbosa levaria parcela significativa(?) de eleitores a votar em quem o ministro indicasse.

Em singular observação não entendemos esta força de Joaquim Barbosa. Mesmo porque ensaiou candidatar-se e não assumiu o ensaio, ainda que apoiado por uma parcela considerável da mídia que o tinha como paladino da moralidade e novo ‘salvador da pátria’. 
Mas, voltam a falar em Joaquim Barbosa, como o eleitor preferencial. Certamente diante da empacada situação de Aécio Neves alguém imagine JB pedindo votos para ele.

Joaquim Barbosa pode ser destemperado. Mas não temos informação de que tenha apresentado atestado de burrice em algum instante.

Certamente o fará se apoiar Aécio ou qualquer outro nome. Seria sacrificar sua ‘carreira’ política, em voo próprio, transformando-se tão somente em cabo eleitoral.

Nada muda
Na caça às bruxas e aos culpados pela derrota do futebol brasileiro na última Copa discute-se de tudo. E não se vai ao(s) cerne(s) da questão. Que não está(ão) somente nas quatro linhas.

No jogo Corínthians x Bahia, no Itaquerão, um singular e inusitado espetáculo: torcedores (que andam pagando caro pelos ingressos) tiveram que deixar o estádio antes do término da partida para que não perdessem o metrô, que funciona até a maia-noite.

Surgiram sugestões. Dentre algumas, a de que o metrô em dia de jogos no local funcione até mais tarde (ainda que prejudique a manutenção dos próprios trens e trilhos).

Ninguém questionou o porquê de os jogos noturnos começarem às 10 da noite num país onde o trabalhador precisa levantar cedo, madrugada ainda muitas vezes, para buscar o pão de cada dia que sustenta também a ida aos estádios. 

Uma imposição da TV Globo. Para não prejudicar a sua novela.

E por falar na platinada
Ainda que candente o tema nada se vê na Globo que diga respeito ao aeroporto de Cláudio.

Em que pese envolver fatos que são glicerina pura.

Farinha pouca...
Dos prometidos e anunciados 14 aeroportos do ProAero de Minas Gerais de Aécio Neves somente dois foram efetivados. (Há quem fale que o nome melhor para o programa seria “Meu Aeroporto, Minha Vida”).

Coincidência, ou não, o do município de Cláudio, em terras de um tio-avô e de propriedades de familiares. E aquele outro, em Montezuma. Que –– por fatal coincidência –– fica muito próximo de propriedades de Aécio.

Farinha pouca, meu pirão primeiro.

A turma da ironia afirma que a diferença entre os anunciados 14 e os dois realizados fica sob controle da margem de erro de 85% para mais ou para menos do Datafolha.

Maldade!
Aécio estaria arrependido de não ter incluído no ProAero a construção de um espaçoporto em Varginha. 

Pelo menos teria apoio de outros ETs que não os da imprensa que o protege e de aliados do PSDB.

Por enquanto –– até que o esquecimento sepulte o inconveniente presente, como anda sepultando o mensalão do PSDB de Minas Gerais ––  vai sendo solapada a imagem de Aécio Neves. 

Anunciou-se como a modernidade política, exemplo de administrador que gere recursos públicos sem desperdício e com transparência. Uma vestal da moralidade encantado a serpente do eleitorado. Para anunciá-lo uma mídia servil.

A imoralidade –– ainda que legal sejam os gastos –– deleta qualquer perfil do tucano. Com o risco de até a legalidade estar alimentando corrupção, haja vista o custo do aeroporto.

Alta blindagem
Enquanto mais se enrola Aécio Neves em cada justificativa que busca oferecer ao singular investimento feito em Cláudio parece se ampliar e fortalecer o escudo de proteção mantido por setores da imprensa televisada.

Ficamos de nossa parte a imaginar se fosse algum petista – de baixo ou alto coturno – envolvido pelo menos em assinar um bilhete autorizando uma quentinha para um trabalhador no aeroporto...

Fantamagórico
O aeroporto de Cláudio, como o de Montezuma, levanta a cortina de grossa bandalheira com recursos públicos em Minas Gerais, na administração de Aécio Neves.

Jogada a farinha no ventilador vai se espalhando o resultado. Descobriram que o PSDB espalhou anúncios, na campanha de 2010, de Aécio para Senador e Anastasia para governador, sobre gastos do governo Aécio de 5 milhões para recuperação e melhorias do aeroporto de Itabira. 

Detalhe: não existe nem campinho de aviação na Terra de Carlos Drumond de Andrade.

Eduardo na espreita
Não que o rapaz deseja a desgraça alheia. Mas, certamente anseia pelo afundamento/avoamento da campanha tucano-aecista.

Dúvidas de então
Difícil – comprovavam os investigadores – que o helicóptero de Perrela (aquele que transportava 450 quilos de pasta de cocaína) não tivesse abastecido em outros pontos.

Especulam em torno do aeroporto de Cláudio.

No olho alheio
A blindagem alcança Aécio. Nada se fala de corrupção. Mas, a Época denuncia o aumento patrimonial de Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) por variação de 14 mil para 184 nos 8 anos em que foi deputada (poupança de 94 mil reais).

Um colunista denominado Patury descobre que Manuela fez crescer o patrimônio em 1200%.

Mesmo que seus subsídios (Decreto Legislativo 805/10) superem 26 mil reais entende o ilustrado matemático colunista que a deputada não possa economizar uns poucos mil reais por mês. 

Considerando a possibilidade de fazê-lo em torno de 5 mil, conseguiria ao fim dos três últimos anos (36 meses), sem qualquer rendimento em aplicação, a quantia de 180 mil.

Ocorre que Manuela não é do PSDB.

Fernando Gomes
No final dos anos 70 o governo da Bahia cuidou de melhorar o aeroporto Tertuliano Guedes, em Itabuna. Tempo em que Fernando Gomes governava o município em confronto com Antônio Carlos Magalhães. 

Acusando ACM de investir no aeroporto para beneficiar Manoel Chaves, de quem o então governador da Bahia era amigo leal, a verve fernandina não perdoava: ACM construiu a maior pista de patinação da América Latina –– dizia.

O aeroporto de Cláudio, em terras de um tio-avô de Aécio Neves, próximo 6 quilômetros de propriedades do presidenciável e familiares tem servido como pista de aeromodelismo.

Está faltando Fernando Gomes em Minas. Só há um inconveniente: o político baiano está ao lado de Aécio nas próximas presidenciais.

Personagem 
Em “Cartas Chilenas”, de Tomaz Antônio Gonzaga, o governador de então da Minas colonial –– Luiz da Cunha Menezes –– retratado como déspota e tirânico, estava alcunhado no poema como Fanfarrão Minésio.

Temem que Aécio Neves se torne um fanfarrão, caso continue a apresentar as explicações para sua sede por aeroportos.

Bomba!
Do Goiás Século 21 (@goiasseculo21) no Twitter:

"24/07/14 11:00

Diretório Municipal do PSDB de Alvorada do Norte (GO), por maioria esmagadora, defendeu a substituição de Aécio Neves por José Serra."


A sorte de Aécio é que o diretório propositor é de Alvorada do Norte!

De fazer inveja
A preocupação de José Carlos Aleluia em proibir pesquisa de determinado instituto na Bahia beira o hilário.

Ainda que falte encontrar apoio do Judiciário enveredou pelo anedótico.

Itabuna e a Fé
Apresentações musicais fazem parte das comemorações por mais um aniversário de emancipação de Itabuna.

Nossa terra conseguiu a proeza de transformar o profano em espetáculo de fé religiosa.

Com detalhe inusitado: enquanto a turma canta louvando a Deus a "capeta" corre solta.

As barraquinhas que servem a dita cuja não poderiam faltar. É que não há fé que se aguente sem "capeta".

Foto
A foto no alto à esquerda bem poderia ser de nossa Itabuna.


Um certo galileu
Rogando por Paz na terra por onde andou este galileu. Onde hoje são assassinadas, sem razão, as criancinhas que Ele anunciou como exemplo de convidados para ingressar no Reino. Nos versos, melodia e voz de Padre Zezinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário