DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Enrolada
Nunca afirmemos que a ciência desenvolvida em favor da
tecnologia eletro-eletrônica chegou ao limite. Tão só desconhecemos o que já elaborou para décadas adiante. Apenas
aguardando oportunidade de etapas anteriores destinadas ao obsoletismo darem espaço à comercialização de seus avanços, que aguardam pacientes a oportunidade de chegarem às prateleiras.
Aí está a LG e seu anúncio na quinta 10: televisão de
18 polegadas com tela de resolução de quase 1 milhão de megapixels (o que
corresponde a 1200x810 pixels) inteiramente flexível e transparente, possível
de ser enrolada/dobrada, como se fora papel ou tecido.
Há quem defenda
“O
renascimento internacional da propriedade pública é anátema ao mundo da
elite. Mas, é vital para a recuperação genuína da Economia.
A privatização não está funcionando. Nos prometeram democracia acionária, competição, custos reduzidos e serviços melhores. Após uma geração, a experiência da maior parte das pessoas tem mostrado o oposto. De energia a água, ferrovias a serviços públicos, a realidade tem sido monopólios privados, subsídios perversos, preços exorbitantes, sub-investimentos lastimáveis, exploração e aprisionamento corporativo.
Os cartéis privados ditam as regras aos reguladores. Consumidores e políticos são ludibriados pelo sigilo comercial e complexidade contratual. A massa trabalhadora tem seu salário e condições de trabalho reduzidos. O controle de serviços essenciais passou para gigantes corporativos com base em outros países e frequentemente de propriedade do Estado. Dessa forma, as empresas e serviços privatizados apenas passam para as mãos destes outros Estados.
Relatórios e mais relatórios tem mostrado que serviços privatizados são mais caros e ineficientes do que a contrapartida de propriedade pública. Não é surpresa que a maior parte das pessoas que nunca apoiaram uma única privatização, não acredite nos privatizadores e nem queiram seus serviços administrados por eles.”
A privatização não está funcionando. Nos prometeram democracia acionária, competição, custos reduzidos e serviços melhores. Após uma geração, a experiência da maior parte das pessoas tem mostrado o oposto. De energia a água, ferrovias a serviços públicos, a realidade tem sido monopólios privados, subsídios perversos, preços exorbitantes, sub-investimentos lastimáveis, exploração e aprisionamento corporativo.
Os cartéis privados ditam as regras aos reguladores. Consumidores e políticos são ludibriados pelo sigilo comercial e complexidade contratual. A massa trabalhadora tem seu salário e condições de trabalho reduzidos. O controle de serviços essenciais passou para gigantes corporativos com base em outros países e frequentemente de propriedade do Estado. Dessa forma, as empresas e serviços privatizados apenas passam para as mãos destes outros Estados.
Relatórios e mais relatórios tem mostrado que serviços privatizados são mais caros e ineficientes do que a contrapartida de propriedade pública. Não é surpresa que a maior parte das pessoas que nunca apoiaram uma única privatização, não acredite nos privatizadores e nem queiram seus serviços administrados por eles.”
Não pense o leitor tratar-se o texto acima de
intervenção comunista/lulista/dilmista/petista. Nada mais que trecho de um artigo de Seumas Milne, no
The Guardian inglês, em 9 de julho de 2014.
Dilma, uma brasileira
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista a Renata
Lo Prete (TVNews) escancarou algumas verdades.
Em relação à organização e ao
planejamento da seleção: “Temos que fazer o que a Alemanha fez após a
Eurocopa em 2000″.
Diante do mantra de estádios vazios: “Só existe o risco de
um estádio virar elefante branco se não reformarmos o futebol brasileiro”.
Isso, por que “Temos todas as condições de renda pra encher estádios”.
Por fim, o que todo brasileiro passou a enxergar melhor: “Temos que mudar o futebol brasileiro”.
Gol da Alemanha
Por fim, o que todo brasileiro passou a enxergar melhor: “Temos que mudar o futebol brasileiro”.
Gol da Alemanha
O que fica na vila de Santo André, na Costa do
Descobrimento (foto), não deixa de ser
um legado da Alemanha, por sua seleção.
Um outro legado foi deixado, no dia 8 de julho: o alerta de que precisamos deixar de imaginar que somente nós avançamos enquanto os outros regridem.
Um outro legado foi deixado, no dia 8 de julho: o alerta de que precisamos deixar de imaginar que somente nós avançamos enquanto os outros regridem.
Por explicar
Quando interessa II
"Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão. Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF. Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC. Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol. Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está. Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó."
Nota do blog: Não sabemos o que pretendeu Juca Kfouri com a expressão final "...futebol a pó". A palavra pó – dizem –, assim como bafômetro, incomoda Aécio Neves. Em que pese o sucesso de uma música carnavalesco-mineira deste ano (Baile do Pó Royal), que fez/faz grande sucesso em Minas Gerais https://www.youtube.com/watch?v=2YMOKVIgkgk
Reflexões III
O outro lado
Os alemães teriam feito um belo vídeo em homenagem ao Brasil mas
tiveram que removê-lo a pedido de Paula Lavine, ex de Caetano, porque usaram a música
Tieta sem prévia autorização. Uma pena, porque o vídeo agradou muito.
A informação circula na rede.
No entanto estranhamos o fato diante de duas possibilidades: 1. os
autores simplesmente cobrariam o que lhes seria de direito ao invés de exigir a remoção da obra; 2. os alemães poderiam simplesmente ter substituído o tema sem prejuízo da divulgação do trabalho.
Há algo por explicar.
Quando interessa I
Entenda o leitor. A sequência abaixo – onde Xico Graziano, o coordenador da campanha digital de Aécio se expressa – bem demonstra o oportunismo tucano.
Quando interessa I
Não há como não trazer a Copa para a política. Assim
fizeram integrantes da oposição, com destaque para tucanos. Para eles a Copa
representaria um fracasso para o Governo e, por consequência, afetaria a reeleição de Dilma Rousseff. Embutido estava o “temor” de sucesso da seleção
brasileira.
No instante em que a deselegância lançava
impropérios chulos contra a Presidente na abertura da Copa Aécio Neves
aproveitou-se da circunstância para dizer que ela colhia o que plantara (no que
foi seguido por Eduardo Campos). Ou seja, como argumento eleitoral até palavrão/pornografia
serve.
Assim que desmoralizada a campanha contra a Copa a
seleção se tornou o cavalo de batalha desta mesma parcela de oposição que anda
buscando qualquer coisa em que se apoiar, a ponto de o candidato Aécio Neves
haver estampado na rede: “Governo Dilma pagará pela eliminação do Brasil”. Não
tardou o mesmo Aécio guinar: “Aécio critica político que confunde Copa com
eleição”.
Quando interessa II
O candidato Aécio Neves precisa encontrar um meio de
merecer confiança em relação ao que expresse. Sabendo-se das críticas que
reconhecem a CBF como um centro de corrupção, não custa Aécio explicar a razão
por que de sua amizade com Ricardo Teixeira (antes) e José Maria Marin (agora).
E se teria ‘aquilo
roxo’ para enfrentar o sistema que sustenta a Globo – quem efetivamente domina
o futebol brasileiro, como já o disse com todas as letras Alex, líder do Bom Senso FC: "Quem manda é a Globo" – e que tanto o exalta
e o aplaude.
Juca Kfouri tratou do assunto Aécio/CBF em seu blog:
Nota do blog: Não sabemos o que pretendeu Juca Kfouri com a expressão final "...futebol a pó". A palavra pó – dizem –, assim como bafômetro, incomoda Aécio Neves. Em que pese o sucesso de uma música carnavalesco-mineira deste ano (Baile do Pó Royal), que fez/faz grande sucesso em Minas Gerais https://www.youtube.com/watch?v=2YMOKVIgkgk
Reflexões I
Quando encerrarmos a coluna a Copa terá findado,
aguardando apenas a definição do vencedor. No que diz respeito ao Brasil, o
imediato de uma participação sofrível – para não dizer pífia. Afinal, foram 14
gols sofridos em sete jogos. Uma
média de 2 por jogo. Bem maior que a de gols feitos: 1,57. Tivemos um saldo
negativo de 3.
Nos próximos dias a atuação da seleção será avaliada
em todos os prismas. Da preparação – tratada sem o devido respeito – à
exploração comercial em benefício não do futebol mas de patrocinadores e
parceiros da CBF e de jogadores.
Reflexões II
Podemos concluir que é difícil enxergar o que está a
nossa volta. Quem está de fora percebe-o melhor. Como o zagueiro Paul Breitner, da
seleção alemã, em entrevista ao Bola da Vez da ESPN, em abril de 2013, que
assistimos em reprise, e hoje descobrimos na rede, para ser conferido
pelo leitor através do link https://www.youtube.com/watch?v=H1Sp12LdUh8Reflexões III
A entrevista oficial concedida pelo goleiro Júlio César, no imediato do término do Brasil x Alemanha trouxe à baila o que poucos perceberam: uma vigorosa indireta nos críticos e nas críticas a jogadores, individualmente, como se sobre eles pesasse tão somente a infalibilidade.
Disse ele, mais ou menos o seguinte: “Preferia perder de 1 x 0 por culpa minha do que por 7 x 1” onde todos serão responsabilizados.
A lição indireta imediata remete ao Brasil x Holanda de 2010, onde o jogador ficou marcado. (Em que pese idêntica saída, contra a mesma Holanda, neste sábado).
Reflexões IV
A seleção brasileira padece, há muito, de recursos
técnicos para superar marcação cerrada, bloqueios defensivos compactos.
Reflexões V
Da Copa ficou uma certeza: arbitragens sofríveis.
Talvez porque tenhamos visto melhor os lances, tantas as câmeras em campo.
Reflexões VI
Talvez queiram amenizar a inconveniente interferência da "imprensa" que manda. Mas não podemos esquecer que o helicóptero da Globo aterrissava nos treinos da seleção; que Luciano Huk levava cadeirante para ver treino e sensacionalizava o fato em seu programa.
A seleção continuava extensão do Projac.
Reflexões VII
Ninguém em sã consciência pode afirmar que a seleção
brasileira está jogando o “seu futebol”. De certo aquilo que podemos denominar
de ‘identidade’ tem-se esvaído a cada transferência de jogador brasileiro para
a Europa, especificamente.
Dia desses um torcedor menos apaixonado lembrava que
mais parecia indicar que a Europa leva o jogador brasileiro para tirar-lhe as
características. Não deixa de ter razão. Ainda que pareça absurdo tal complô.
Nossos craques jogam aqui um futebol com o qual
(pela identidade) vencemos os demais ou, pelo menos, competimos convencendo. No
entanto, o mesmo atleta que aqui se configura com um ‘estilo’ assim que
praticando outra escola a ela se adapta – pelas circunstâncias técnicas que lhe
são exigidas – e perde as características que o levaram a ser comercializado.
Quando retorna nunca mais é o mesmo.
Reflexões VIII
A primarização a que lançado o futebol brasileiro
ficou evidente. Porque não foi a ‘seleção’ e os que a integravam o grande derrotado, mas a
estrutura do futebol brasileiro. Corroída pelo descaso de dirigentes, pela
ausência de políticas públicas consentâneas com a prática de esportes em um
país continental, pela manipulação que nos levou a simples exportador de brotos
verdes e não do produto deixado crescer para o consumo. De exportar
matéria-prima e vê-la produto acabado lá fora. Como está a ocorrer com crianças
brasileiras já contratadas e/ou treinadas no exterior.
Há décadas
o futebol se ‘profissionalizou’, transformado em um venturoso negócio para quem
o exercita. Não à toa desde então o Brasil perdeu a condição de país do
futebol, embora não aceitemos essa realidade e insistamos em assim designá-lo.
Não
há como negar que a até popularidade do futebol perdera a espontaneidade de sua
prática, em essência. Aqui, como em outros países da América Latina, na eterna
relação colonizador-colonizado, passamos a fornecedor de matéria-prima.
Não
mais surpreende – e há quem até torça para alguém seu seja objeto de tal
atenção – que meninos de tenra idade com aptidão para o esporte – identificados
nas ruas e nos campos de várzea – sejam imediatamente cercados por ‘agentes’
levando os pais a assinarem contratos e a perceberem por eles desde a infância.
A
derrota na semi-final para a seleção da
Alemanha pode ser considerada uma metáfora ue nos ajude a entender o futebol de agora como o mundo das finanças, ambos unificados para garantir altos negócios.
Não poderia dar em outra coisa: no universo futebolístico perdeu sentido em relação às seleções dos melhores de um país, porque importância maior passaram a ter os
clubes tornados empresa.
A globalização financeira tornada futebol. Simplesmente. É o lado que escondem.
Álibis
Torcedores encontrarão desculpas: contra a Alemanha tivemos as ausências de Neymar e Tiago Silva; contra a Holanda, os erros da arbitragem em relação aos dois primeiros gols.
Mesmo assim, no quesito arbitragem, perderíamos de dois a zero: um pênalti não assinalado em Robbin e o lícito terceiro gol.
Outra Copa, outro tempo
A Copa de 1978, na Argentina, ao ser encerrada, justificou poema de Carlos Drumond de Andrade (abaixo). Que a Liberdade política lembrada pelo poeta em tempos de ditadura seja outra neste 2014: a liberdade para nosso esporte, o futebol em particular.
havendo tenacidade,
ganhará, rijo, e de cheio,
A Copa da Liberdade.
Enquete da BBC de Londres aponta Brasil como a melhor Copa da história
Outra Copa, outro tempo
A Copa de 1978, na Argentina, ao ser encerrada, justificou poema de Carlos Drumond de Andrade (abaixo). Que a Liberdade política lembrada pelo poeta em tempos de ditadura seja outra neste 2014: a liberdade para nosso esporte, o futebol em particular.
Foi-se a Copa?
Foi-se a Copa? Não faz mal.
Adeus chutes e sistemas.
A gente pode, afinal,
cuidar de nossos problemas.
Foi-se a Copa? Não faz mal.
Adeus chutes e sistemas.
A gente pode, afinal,
cuidar de nossos problemas.
Faltou
inflação de pontos?
Perdura a inflação de fato.
Deixaremos de ser tontos
se chutarmos no alvo exato.
O povo,
noutro torneio,Perdura a inflação de fato.
Deixaremos de ser tontos
se chutarmos no alvo exato.
havendo tenacidade,
ganhará, rijo, e de cheio,
A Copa da Liberdade.
Fica a Copa
De mais importante fica para nosso orgulho de brasileiro a imagem do país levada ao mundo. Tanto que fechamos a coluna com o trazido da BBC através do jornalggn.com.brEnquete da BBC de Londres aponta Brasil como a melhor Copa da história
Jornal GGN – Não bastassem os elogios da imprensa internacional por meio de artigos, editorais e afins, além dos comentários em massa nas redes sociais, agora uma enquete feita pela BBC de Londres apontou o que já se dizia: a Copa no Brasil foi a melhor da história, segundo as pessoas que se manifestaram. O resultado favorável ao país chegou a 39%, bem acima do segundo colocado: a Copa da Itália, em 1990, com 10,5%.
A lista segue com a Copa da Inglaterra, em 1966, com 8,8%; A Copa da França, 1998, com 8,4% e da Alemanha, em 2006, com 8,1% das pessoas ouvidas. A lista ainda tem, na ordem, México, em 1970 (4,7%); Coreia do Sul e Japão, em 2002, com 3,9%; México, em 1986, com 3,6%; Espanha, em 1982, com 3,3%; EUA, em 1994, com 3,0% e África do Sul, em 2010, com 2,5%.
Fecham a lista dos países que já sediaram copas o Uruguai, em 1930, com 1,1%; Alemanha, em 1974, com 0,8%; Argentina, em 1978, com 0,7%; Suíça, em 1954, com 6%; Suécia, em 1958, com 4%; França, em 1938, com 3%; Chile, em 1962, com 0,1%; Itália, em 1934, com 0,1% e novamente Brasil, em 1950, com 0,1%.
"Começar de Novo"
De Ivan Lins e Victor Martins – pelo título da canção – o recomeço como proposta.
De Ivan Lins e Victor Martins – pelo título da canção – o recomeço como proposta.
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