Coadjuvante
Eduardo Campos, na condição de
liderança maior do PSB, cuidou de desconsiderar a proposta que Lula tinha para
ele: a de ser o candidato a presidente em 2018, como forma de alternância de
poder sem prejuízo do projeto de governo desenvolvido pelo PT. Não há como não
deixar de lembrar que quase às vésperas do desenlace do processo eleitoral para
2014 Eduardo levantava loas a Lula, Dilma e ao governo encabeçado pelo PT.
Mudou de postura em relação ao
futuro e fugiu da proposta de Lula. Lançou-se candidato a presidente e
encabeçou uma coligação em torno de seu nome e de suas propostas. Em
determinando instante acolheu Marina Silva, que não conseguira emplacar o seu
próprio partido, o REDE.
Aproveitando a exposição de Marina
em 2010 tornou-a sua candidata a vice. Marina nunca negou que estaria no PSB
tão somente até conseguir registro para seu REDE. Marina era a coadjuvante
ideal para Eduardo.
Ainda que constituíssem algumas
alianças ‘inconvenientes’ para viabilizar palanques (o presidente do PSB,
Roberto Amaral, chegou a declarar que “O PSB não será Viagra do PSDB”), algumas
delas foram enfrentadas por Marina.
A morte de Eduardo Campos
transformou Marina Silva de coadjuvante a personagem principal e jogou no colo
dela a cabeça de chapa do PSB na disputa para a presidência.
Os conflitos entre Marina e Eduardo
nunca deixaram o PSB coeso em relação à aliança celebrada por Eduardo. Não pode
ser afirmado que entre PSB e Marina haja confiança. Tanto que houve a proposta
de que assinasse um compromisso de manutenção dos acordos e compromissos de
campanha de Eduardo (alguns contrários ao que pensa Marina). Quem pede/exige
documento assinado é porque não confia.
No frigir dos ovos a coadjuvante
levou a melhor e tornou o PSB que a acolheu em seu coadjuvante. Dividirá mais
que unirá. Ainda que digam que não.
E o PSB que caminhava para ocupar
espaço e maior participação no mundo partidário tende a retardar a caminhada. Tudo porque as circunstâncias o levaram à coadjuvância, a tornar-se 'viagra' de Marina.
Programa eleitoral
O primeiro programa eleitoral na
Bahia já delimitou a campanha: Paulo Souto atacando a situação batendo na tecla
segurança e saúde; Rui Costa apresentando as realizações do período Wagner (que
não apareceu no programa).
Caso o eleitor leve em consideração
o horário eleitoral Rui Costa tomará consideráveis pontos de Paulo Souto. E a
comparação entre os dois períodos (dois governos de Souto e dois de Wagner)
pode surpreender o carlismo/soutismo.
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