DE RODAPÉS E DE ACHADOS *
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Mentem e escondem
Os Estados Unidos encampam a
iniciativa de uma agressão armada a Síria sustentados no uso de armas químicas
pelo governo de Assad. No entanto, para a inspetora da ONU, Carla Del Ponte,
quem as usou foram os rebeldes.
Tal fato já havia sido demonstrado pelo governo russo, com o registro por satélite dos ataques a partir de redutos que querem derrubar o governo e que contam com apoio estadunidense.
Tal fato já havia sido demonstrado pelo governo russo, com o registro por satélite dos ataques a partir de redutos que querem derrubar o governo e que contam com apoio estadunidense.
Ninguém divulga a informação da inspetora da ONU. Ensaia-se outro Iraque.
Confessando o caráter
A Globo reconhecer haver sido
um “erro” o seu apoio ao golpe militar de 1964 não melhora sua imagem, tampouco
a de sua história. Muito menos a de sua trajetória.
Golpe é coisa de sua gênese e
de sua genética. O jornal O Globo foi das grandes vozes contra Getúlio Vargas e
sua política nacionalista. Assim como contra o presidente João Goulart, outro
de projetos em defesa do Brasil. Isso mais antigamente, porque recentemente
tudo que diz respeito ao interesse da nação encontra óbice da Globo, como
ocorreu com a campanha das Diretas Já!
Como na história do escorpião,
é da natureza do sistema Globo o golpismo. O que a TV Globo faz nada mais é do
que utilizar-se do mais poderoso instrumento de que dispõe para o golpe de
plantão. Haja ou não motivo, se alguém entender que golpe contra as
instituições democráticas encontra motivo que o justifique.
Jorge Pontual e a medicina de Cuba
Sua dimensão golpista se dá em
várias vertentes e diferentes dimensões. Uma das mais recentes: haver
indisponibilizado a fala de seu jornalista à Globo News (voltou atrás, depois
de protestos), onde Jorge Pontual elogia – com todas as letras – a Medicina de
Cuba. Para Pontual “a gente tem de tirar o chapéu. A Medicina cubana é um
exemplo para o mundo”. Clique em http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Sigtj8LaLV0#t=14
Tomando doce de criança
Não bastasse andar às voltas
com sonegação bilionária, utilizando-se de inconfessas contas em paraísos
fiscais, surge a denúncia de que a Globo retém 90% da arrecadação do “Criança
Esperança”, como reproduzimos neste espaço a partir de http://folhacentrosul.com.br/geral/1680/globo-repassa-so-10-do-crianca-esperanca-para-a-unesco-afirma-wikileaks
Na folha de bananeira
Não será considerada uma boa semana
para Fernando Henrique Cardoso, o decantado FHC “príncipe dos sociólogos” para
inúmeros “baba ovos” da imprensa, que nele têm uma singularidade intelectual,
coisa que só eles vêem.
Acabado de sair como personagem de uma estranha
negociação particular, adentra o gramado – figura futebolística pertinente ao
instante – para tornar-se personagem de policial chinfrin, onde não é o
detetive.
Dizia-o Tancredo Neves que
político não deve receber doações, tampouco comprar e vender. Fazia-o para
traduzir o romano princípio de que “não basta à mulher de Cesar ser honesta,
precisa parecer”.
Fato nunca suficientemente
explorado pela imprensa que o exalta, o ex-presidente – no exercício da Presidência
da República – deixou-se aquinhoar com um singelo presente de um compadre: uma
fazenda para os lados de Buritis, em Minas Gerais. Para onde enviou, inclusive,
forças federais – sem ordem judicial – para defendê-la quando ameaçada de
invasão (ninguém disse à época que tal fato constitui improbidade
administrativa, pelo uso indevido de recursos públicos para atender interesses
particulares).
Descobrem agora – na esteira
do propinoduto tucano-paulista – que FHC comprou, no imediato de sua saída do
Planalto, um apartamento em Higienópolis, área nobre da capital paulista,
diretamente de uma das figuras (banqueiro) que se encontram investigadas pela
lavagem do dinheiro desviado de trens e metrô paulistano.
Acaba de ser “condecorado” –
lançado na sexta 30 pela Geração – com um libelo de Palmério Dória: “O Príncipe
da Privataria”.
Fato naturalmente “esquecido”
pela grande imprensa.
Assim se constrói a vergonha
Pedindo desculpa “se for
preconceito” a sueca tupiniquim vê
falta de “postura” e de “cara de médico” nas médicas cubanas.
Dedicada a Eliane Catanhêde
Que viu no avião cubano que
trouxe profissionais para integrar o Mais Médicos como um “avião negreiro”.
Aguardemos da ilustrada colunista um libelo a Castro Alves. Declamado nas
localidades onde os médicos brasileiros (insuficientes para corresponder às
necessidades da demanda médica) não se fazem presentes.
“A Coleção Invisível”
O filme de Bernard Attal teve
locações em Salvador e Itajuípe (onde se concentra o desenvolvimento do
enredo). Da região trabalharam atores e produtores desta terra de Jorge Amado.
Destaque especial para Itabuna,
ainda não suficientemente reconhecido: a pick-up Ford-Wilys azul JOE-1459.
Revivendo e fazendo história
A música arrebata à meditação,
mormente envolvendo o ambiente de uma igreja executada através de um órgão de
tubos, instrumento raro, “capaz de dar às cerimônias do culto um esplendor
extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus”, como verberado na
Constituição Apostólica Sacrossanctum Concilium no artigo nº 120, um dos
documentos do Concílio Vaticano II.
A Catedral de São José, da
Diocese de Itabuna, reinaugurou na sexta 30 o seu órgão de tubos, o único do
interior da Bahia (outro há em Salvador, e poucos no Brasil), instalado em 1959
e desativado há mais de 30 anos. O nosso órgão é originário de um dos 80
construídos por J. Edmundo Bohn, filho de alemães que instalou uma fábrica em
Novo Hamburgo-RS em 1934.
O órgão da Catedral de São
José – que passou por processo de restauração durante seis meses pelo organista
e organeiro paulista José Carlos Rigatto, que também o eletrificou – acompanhou
a missa solene e foi objeto instrumental do programa depois da celebração, onde
a maestrina Zélia Lessa e o Coral Cantores de Orfeu, as Professoras Maria
Tereza Olina de Oliveira, Lourdes Dantas Andrade e Conceição Sá desenvolveram
nove números, de Beethoven a Villa-Lobos, passando por Chopin, Elgar, Somma,
Mendelssohn, Haeldell, Rachmaninoff e Schumann.
Para surpresa dos presentes, o
próprio José Carlos Rigato executou alguns temas de Tocata e Fuga em Ré Menor,
de J. S. Bach, coroando uma noite para a história da Música Sacra itabunense.
História por contar
O fato, a história e a origem
do órgão (empenho de Laura “Dona Senhora” Conceição e sua “campanha do cruzeiro”)
aguardam registro mais extenso, no contexto da importância de ser um dos dois
únicos da Bahia e se unir aos 22 anteriormente registrados pela Associação
Paulista de Organistas (elaborado por Dorotéa Kerr) como existentes no país, em
dados levantados até 1985, registro que remonta ao século XVI como período em
que instalado o primeiro órgão de tubos no Brasil, na Capela Nossa Senhora do
Rosário, da antiga missão de jesuítas, em Embu.
Passarinho cantando
Mavioso canto sinaliza para o
desconforto por que passa político local com uma indicação sua para cargo no
governo estadual. Que o levou a pedir a saída do indigitado, fato ocorrido
durante evento promovido pela Secretaria Estadual de Cultura em Itabuna.
Mais mavioso será o canto
quando a figura se afastar do espaço onde denigre a imagem da cultura baiana e
mesmo a do Governador Jacques Wagner, sem falar nos prejuízos que tem causado à
grapiúna.
Aguardar para conferir.
Tardio interesse
Acompanhando a campanha
soa-nos estranho que esteja a ocorrer depois que o prefeito Azevedo deixou o
governo municipal. Muitos dos que encabeçam a campanha pela rejeição de suas
contas de 2011 – agora que Azevedo é ex – perderam a oportunidade de fazê-lo
com referência às contas de 2009 e 2010 quando o Capitão ainda estava no cargo.
Não queremos crer que alguém
esteja se sentindo ferido por não ter sido atendido em seus interesses
particulares quando Azevedo prefeito. Mais precisamente: que o alcaide tenha
negado pedidos e, por causa disso, comendo a fria ração da vingança.
Quaisquer que sejam os
interesses, tardia a manifestação. Cheirando a oportunismo e hipocrisia.
Tico-Tico no Fubá
A guitarra flamenca (nosso
violão) assim se denomina como tradutora das características da música
espanhola, onde realçados arpejos e técnicas específicas oriundas da cultura
cigano-andaluza para a dança. Suas introduções clássicas (como em Granada, de Agustín
Lara) a tornam inconfundível.
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Coluna publicada aos domingos em www.otrombone.com.br
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