domingo, 1 de setembro de 2013

Alguns destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS *

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Mentem e escondem
Os Estados Unidos encampam a iniciativa de uma agressão armada a Síria sustentados no uso de armas químicas pelo governo de Assad. No entanto, para a inspetora da ONU, Carla Del Ponte, quem as usou foram os rebeldes. 

Tal fato já havia sido demonstrado pelo governo russo, com o registro por satélite dos ataques a partir de redutos que querem derrubar o governo e que contam com apoio estadunidense.

Ninguém divulga a informação da inspetora da ONU. Ensaia-se outro Iraque.

Confessando o caráter
A Globo reconhecer haver sido um “erro” o seu apoio ao golpe militar de 1964 não melhora sua imagem, tampouco a de sua história. Muito menos a de sua trajetória.

Golpe é coisa de sua gênese e de sua genética. O jornal O Globo foi das grandes vozes contra Getúlio Vargas e sua política nacionalista. Assim como contra o presidente João Goulart, outro de projetos em defesa do Brasil. Isso mais antigamente, porque recentemente tudo que diz respeito ao interesse da nação encontra óbice da Globo, como ocorreu com a campanha das Diretas Já!

Como na história do escorpião, é da natureza do sistema Globo o golpismo. O que a TV Globo faz nada mais é do que utilizar-se do mais poderoso instrumento de que dispõe para o golpe de plantão. Haja ou não motivo, se alguém entender que golpe contra as instituições democráticas encontra motivo que o justifique.

Jorge Pontual e a medicina de Cuba
Sua dimensão golpista se dá em várias vertentes e diferentes dimensões. Uma das mais recentes: haver indisponibilizado a fala de seu jornalista à Globo News (voltou atrás, depois de protestos), onde Jorge Pontual elogia – com todas as letras – a Medicina de Cuba. Para Pontual “a gente tem de tirar o chapéu. A Medicina cubana é um exemplo para o mundo”. Clique em http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Sigtj8LaLV0#t=14

Tomando doce de criança
Não bastasse andar às voltas com sonegação bilionária, utilizando-se de inconfessas contas em paraísos fiscais, surge a denúncia de que a Globo retém 90% da arrecadação do “Criança Esperança”, como reproduzimos neste espaço a partir de http://folhacentrosul.com.br/geral/1680/globo-repassa-so-10-do-crianca-esperanca-para-a-unesco-afirma-wikileaks

Na folha de bananeira
Não será considerada uma boa semana para Fernando Henrique Cardoso, o decantado FHC “príncipe dos sociólogos” para inúmeros “baba ovos” da imprensa, que nele têm uma singularidade intelectual, coisa que só eles vêem. 

Acabado de sair como personagem de uma estranha negociação particular, adentra o gramado – figura futebolística pertinente ao instante – para tornar-se personagem de policial chinfrin, onde não é o detetive.
  
Dizia-o Tancredo Neves que político não deve receber doações, tampouco comprar e vender. Fazia-o para traduzir o romano princípio de que “não basta à mulher de Cesar ser honesta, precisa parecer”.

Fato nunca suficientemente explorado pela imprensa que o exalta, o ex-presidente – no exercício da Presidência da República – deixou-se aquinhoar com um singelo presente de um compadre: uma fazenda para os lados de Buritis, em Minas Gerais. Para onde enviou, inclusive, forças federais – sem ordem judicial – para defendê-la quando ameaçada de invasão (ninguém disse à época que tal fato constitui improbidade administrativa, pelo uso indevido de recursos públicos para atender interesses particulares).

Descobrem agora – na esteira do propinoduto tucano-paulista – que FHC comprou, no imediato de sua saída do Planalto, um apartamento em Higienópolis, área nobre da capital paulista, diretamente de uma das figuras (banqueiro) que se encontram investigadas pela lavagem do dinheiro desviado de trens e metrô paulistano.

Acaba de ser “condecorado” – lançado na sexta 30 pela Geração – com um libelo de Palmério Dória: “O Príncipe da Privataria”.

Fato naturalmente “esquecido” pela grande imprensa.

Assim se constrói a vergonha
Pedindo desculpa “se for preconceito” a sueca tupiniquim vê falta de “postura” e de “cara de médico” nas médicas cubanas.

Dedicada a Eliane Catanhêde
Que viu no avião cubano que trouxe profissionais para integrar o Mais Médicos como um “avião negreiro”. 

Aguardemos da ilustrada colunista um libelo a Castro Alves. Declamado nas localidades onde os médicos brasileiros (insuficientes para corresponder às necessidades da demanda médica) não se fazem presentes.

“A Coleção Invisível”
O filme de Bernard Attal teve locações em Salvador e Itajuípe (onde se concentra o desenvolvimento do enredo). Da região trabalharam atores e produtores desta terra de Jorge Amado.

Destaque especial para Itabuna, ainda não suficientemente reconhecido: a pick-up Ford-Wilys azul JOE-1459.

Revivendo e fazendo história
A música arrebata à meditação, mormente envolvendo o ambiente de uma igreja executada através de um órgão de tubos, instrumento raro, “capaz de dar às cerimônias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus”, como verberado na Constituição Apostólica Sacrossanctum Concilium no artigo nº 120, um dos documentos do Concílio Vaticano II.

A Catedral de São José, da Diocese de Itabuna, reinaugurou na sexta 30 o seu órgão de tubos, o único do interior da Bahia (outro há em Salvador, e poucos no Brasil), instalado em 1959 e desativado há mais de 30 anos. O nosso órgão é originário de um dos 80 construídos por J. Edmundo Bohn, filho de alemães que instalou uma fábrica em Novo Hamburgo-RS em 1934.

O órgão da Catedral de São José – que passou por processo de restauração durante seis meses pelo organista e organeiro paulista José Carlos Rigatto, que também o eletrificou – acompanhou a missa solene e foi objeto instrumental do programa depois da celebração, onde a maestrina Zélia Lessa e o Coral Cantores de Orfeu, as Professoras Maria Tereza Olina de Oliveira, Lourdes Dantas Andrade e Conceição Sá desenvolveram nove números, de Beethoven a Villa-Lobos, passando por Chopin, Elgar, Somma, Mendelssohn, Haeldell, Rachmaninoff e Schumann.

Para surpresa dos presentes, o próprio José Carlos Rigato executou alguns temas de Tocata e Fuga em Ré Menor, de J. S. Bach, coroando uma noite para a história da Música Sacra itabunense.

História por contar
O fato, a história e a origem do órgão (empenho de Laura “Dona Senhora” Conceição e sua “campanha do cruzeiro”) aguardam registro mais extenso, no contexto da importância de ser um dos dois únicos da Bahia e se unir aos 22 anteriormente registrados pela Associação Paulista de Organistas (elaborado por Dorotéa Kerr) como existentes no país, em dados levantados até 1985, registro que remonta ao século XVI como período em que instalado o primeiro órgão de tubos no Brasil, na Capela Nossa Senhora do Rosário, da antiga missão de jesuítas, em Embu.

Passarinho cantando
Mavioso canto sinaliza para o desconforto por que passa político local com uma indicação sua para cargo no governo estadual. Que o levou a pedir a saída do indigitado, fato ocorrido durante evento promovido pela Secretaria Estadual de Cultura em Itabuna.

Mais mavioso será o canto quando a figura se afastar do espaço onde denigre a imagem da cultura baiana e mesmo a do Governador Jacques Wagner, sem falar nos prejuízos que tem causado à grapiúna.

Aguardar para conferir.

Tardio interesse
Acompanhando a campanha soa-nos estranho que esteja a ocorrer depois que o prefeito Azevedo deixou o governo municipal. Muitos dos que encabeçam a campanha pela rejeição de suas contas de 2011 – agora que Azevedo é ex – perderam a oportunidade de fazê-lo com referência às contas de 2009 e 2010 quando o Capitão ainda estava no cargo.

Não queremos crer que alguém esteja se sentindo ferido por não ter sido atendido em seus interesses particulares quando Azevedo prefeito. Mais precisamente: que o alcaide tenha negado pedidos e, por causa disso, comendo a fria ração da vingança.

Quaisquer que sejam os interesses, tardia a manifestação. Cheirando a oportunismo e hipocrisia.

Tico-Tico no Fubá
A guitarra flamenca (nosso violão) assim se denomina como tradutora das características da música espanhola, onde realçados arpejos e técnicas específicas oriundas da cultura cigano-andaluza para a dança. Suas introduções clássicas (como em Granada, de Agustín Lara) a tornam inconfundível.

Dentre seus maiores cultores o guitarrista espanhol Francisco Sánchez Gomes, conhecido como Paco de Lucía. Ouvi-lo em estudos vários e interpretações como para Concierto de Aranjuez (de Joaquin Rodrigo) – em que pese preferirmos a interpretação de John Willians – nunca nos permitira sabê-lo intérprete de Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, onde aparece bem jovem executando a peça brasileira em três andamentos. http://www.youtube.com/watch?v=k6Nw0Hm_wTM#t=20

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Coluna publicada aos domingos em www.otrombone.com.br

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