sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ainda que vejam

Não querem enxergar
O conflito sírio - que tem nos rebeldes o instrumento de manter aceso o conflito no Oriente Médio, para assegurar a manutenção dos preços do petróleo no patamar acima de 100 dólares e viabilizar a exploração do xisto betuminoso estadunidense - não encontra de grande parcela da mídia o meio para traduzir verdades.

Dizemos isso por uma simples razão: o último factóide, exaustivamente explorado, de que o governo de Assad teria lançado um ataque com armas químicas contra a população civil, vem sendo contrariado pelos russos - que afirmam e provam que os disparos saíram do bairro onde se alojam os rebeldes (todos armados, financiados e municiados pelo Ocidente) - e mesmo denunciado por jornalistas, o que leva os argumentos pela intervenção ao léu (se fundada neste fato isolado).

Atrocidades são mostradas, todas atribuídas ao governo sírio.

O jornal The New York Times, enquanto se realiza a reunião do G-20, publicou matéria a partir de um vídeo (onde destacou na capa a horrenda cena) de rebeldes fuzilando soldados do governo, de mãos amarradas e curvados com os rostos no chão.

Não vimos destaque na mídia que tanto fala dos rebeldes como vítimas de atrocidades.

Ainda que vejam, não enxergam. Estão a serviço de interesses, não da verdade.

Assim caminha a humanidade, para lembrar do título do filme dirigido por George Stevens, de 1956, com James Dean e Elizabeth Taylor.

No caso do Oriente Médio, para o desastre!


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