A mediocridade
Não temos pejo algum em levantar nossa tristeza em relação à posição de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal quando decidem em torno da admissibilidade dos embargos infringentes para réus da AP 470. Tristeza para não traduzir a indignação e revolta que permeiam todos que estudaram Direito e aprenderam o valor e a importância de princípios seculares.
A paixão que assoma o posicionamento de algumas de Suas Excelências nos deixa estupefato diante de declarações como a do ministro Marco Aurélio durante entrevista à rádio Jovem Pan:
“Eu costumo dizer que a divergência que maior descrédito causa para o judiciário é a divergência interna, é a divergência intestina."
Algum marciano dirá, levando em conta a declinação do ilustre e ilustrado membro do STF, que a Corte a que pertence somente julga à unanimidade.
Para não gastarmos mais palavras melhor ficarmos, para defender os que discordam, com o dito por Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra".
Antes o STF fugia de tal adjetivação. Para alguns de seus atuais membros busca chegar a ela.
Abunda a mediocridade.
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