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Karl Marx
Difícil compreender o que
comunistas e demais adjetivações contemporâneas – chavistas, bolivarianos,
kirchenistas – andam causando de malefício ao planeta com suas influências
nefandas. Não é que a bolchevique inglesa da realeza, e como tal é Rainha da
Inglaterra, aprovou uma Lei de Medios para os britânicos.
Ou seja, reconheceu
em lei a regulação da mídia na Inglaterra, focando a denominada propriedade
cruzada para limitar o controle de um punhado de indivíduos sobre a informação
geral! Coisa que, alíás, outro país em avançada fase de comunização e censura –
os Estados Unidos – já a tinha em prática, ainda que com caráter mais liberalizante.
Recomendamos uma breve leitura pelo http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/ipub180720012.htm
para maior compreensão disto que por aqui dão de chamar “censura” quando se
trata de regulação dos meios de comunicação (no âmbito do exercício dos limites
do controle do direito de propriedade na radiodifusão), tema aberto à
necessária regulamentação legal porquanto estabelecido no § 5º do artigo 220 da
Constituição Federal.
No caso inglês, quem sabe se
não foi uma “caída” de Sua Majestade por alguma coisa que tenha escrito um
antigo morador de suas plagas?
Em terras tupiniquins...
No “país de São Saruê” a
discussão vai ocupando espaços. Por ora – segundo denuncia o blog do Rovai – o
ínclito deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara Federal, articula
acórdão entre Globo e teles contra o Marco Civil da Internet – que não é ainda
a lei medios.
Nesse caso particular,
parafraseando Leonel Brizola, o Eduardo Cunha está ‘articulando aliança entre o
coisa ruim e satanás’.
E onde este(s) senhor(s) se
faz(em) presente... olho vivo!
Um dia para os mortos-vivos
Por que não falei de mortos no
Dia de Finados? São tantos. Inclusive os vivos. Muitos vão aos cemitérios. Os
sepultados não podem questionar. Nunca sabemos de visitas aos tantos outros
mortos: os refugiados das guerras causadas para que alguns mantenham a
hegemonia sobre riquezas que nunca serão distribuídas, os desnutridos e
famintos, os internados em abrigos (foto) sem uma mísera visita de um familiar,
os padecentes de câncer, apenas esperando o dia de serem sepultados, os
desabrigados todos dormindo(?) sob marquises.
Talvez dispensados de um dia
específico, por terem se tornado apenas personagens de uma categoria de cinema
comercial: os de filmes de terror.
Portanto, cobremos o dia dos Mortos-Vivos!
Ainda vivemos
Mas há a esperança na
solidariedade que é inerente ao Homem. Como captada pelo olhar de Renart.
Arquivando
Em postagem efetivada na
quinta 31 (Dize-me com quem andas e poderei ser teu espelho) no
hattp://adylsonmachado.blogspot.com tratamos ali das relações entre José Serra
e Mauro Ricardo. Ricardo foi da Secretaria de Finanças de São Paulo enquanto
Serra dirigente (e hoje, não sabemos se permanece, na de Salvador da Bahia, que
deu de “salvar” todos os santos).
Interessa-nos notícia veiculada no www.ggn.com.br
de que reportagem do jornal O Estado de São Paulo deste sábado (o de finados) “revela que o secretário de Finanças da gestão Gilberto
Kassab (PSD), Mauro Ricardo Machado Costa, que chefiou os fiscais acusados de
causar prejuízo de até R$ 500 milhões à Prefeitura de São Paulo, mandou
arquivar, em 28 de dezembro de 2012, uma denúncia sobre o mesmo esquema
revelado na quarta-feira (30) por uma operação que prendeu quatro funcionários
públicos. O objeto da denúncia também era a cobrança de propina para a emissão
de certificado de quitação do ISS (Imposto sobre Serviços)”.
E volta a afirmar: “Costa
foi secretário de Finanças na gestão José Serra (PSDB) e secretário de Estado
da Fazenda, também de Serra. Após chefiar as finanças de Kassab, atualmente é
secretário da Fazenda de Salvador.”
Parece-nos que em São Paulo há um
problema que exige pesquisa científico-patológica: arquivamento. Uns arquivam
simplesmente (Mauro), outros em “pastas erradas” (De Grandis).
Pasolini
Em 2 de novembro de 1975
ceifaram a genialidade de Pier Paolo Pasolini. Homossexual assumido, ateu,
comunista, escritor, poeta, fascinado pelos marginais e pela marginalidade
sempre teve participação intensa nos debates intelectuais de sua época.
O que poucos sabem: em 1994,
para lembrar/comemorar os 100 anos do Cinema o Vaticano elaborou, com apoio da
crítica e de especialistas em arte, 45 filmes em três categorias, 15 para cada:
Religião, Valores e Arte. (Para orgulho particular, dispomos de quase todos os
45. Faltam-nos O Mistério da Torre (1951), de Charles Crichton e Thérèse
(1989), de Alain Cavalier).
Dentre os 15 sobre religião,
para surpresa de muitos lá não estava Os Dez Mandamentos (1956), de Cecil B. De
Mille. Mas, Francesco (1989), de
Liliana Cavani, Ben-Hur (1959), de
William Wyler, Andrei Rublev (1966),
de Andrei Tarkovsky, A Festa de Babete
(1987), de Gabriel Axel, A Paixão de
Nosso Senhor Jesus Cristo (1905), de Ferdinand Zecca, Nazarin (1958), de Luis Buñuel, A Palavra (1954), de Carl Theodore Dreyer, O Evangelho Segundo São Mateus (1966), de Pasolini.
Itabuna fazendo escola
Do que foi a mansão dos Guedes
de Pinho resta este esqueleto (com foto bem miudinha, como a mente de muitos
que assim veem nossa memória). Em Barreirinha, no Amazonas, o prefeito quer
demolir casa que Lúcio Costa projetou para Thiago de Mello.
Como na Bahia sempre há
precedente – e Itabuna em particular, ainda que nos limites de Ilhéus, já que
em breve nosso perímetro urbano ao praieiro estará anexado – por estas plagas
grapiúnas derrubaram uma casa projetada por um tal de Oscar Niemayer.
Para acompanhar o
significativo exemplo por nós espraiado paras as bandas da hiléia que ‘comove’
o planeta leia em http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2013/10/29/am-prefeito-quer-demolir-casa-projetada-por-lucio-costa/
A casa é a solução
Caso fosse nosso o raciocínio
– que temos defendido em conversas privadas – seríamos chamados de loucos. Cabe
registrar que temos nos imbuído da idéia, já aplicada por grandes corporações,
de que o importante é o resultado (a produção e a produtividade que venha a ser
exigida), razão por que produzir para uma empresa não está mais a exigir pura e
simplesmente bater o ponto, mas repercutir o que a ela interessa. Claro que nem
tudo dispensará presença – caixa na loja, o vendedor em certas atividades etc.
Mas o respeitado Domenico de
Mais (conhecido por “O Ócio Criativo”) afirma com todas as letras que a solução
para o trânsito está em “trabalhar em casa”.
Para ser olhado
Dez são os anos completados do
Bolsa Família no curso desta semana que passou. O programa reconhecido como
exemplo para o mundo, recomendado por órgãos internacionais que têm na tragédia
da miséria a não-distribuição de mísera parte da riqueza produzida, tem um nome
em nível universal: Lula.
Todos pelo MPL
Não sabemos em quem
acreditar. No povo – se é que pesquisas
ouvem o povo – ou nos “contra” o povo. Certo que a Ciência encontra grandes
prejuízos ao clima do planeta causados pela excrementação animal. O que nos leva
à certeza de que algumas campanhas presidenciais, caso radicalizem a defesa do Meio
Ambiente, transitarão pela redução do rebanho nacional, que hoje alimenta parte
substancial da população terrestre.
Hora de criar o MPL – como
sugere Bessinha. Em defesa dos ‘bovinos sem voz’.
Viva Ravi!
Como buscamos nos afinar com o
povo preferimos o quixotismo de Iolanda com a poesia e o de Eva Lima com o teatro
e, naturalmente, quejandos tais. Descobrindo que há futuro no que fazem, como a
criança – o lindo Ravi – participando de coisas que não abastecem a realidade
colunística, mas a cerebral.
Na foto a única expressão da
geração de amanhã, de logo dando os primeiros passos em livrarias e saraus
literários e ouvindo a clarineta de Jan Costa (que não aparece na primeira foto).
Nada será como antes
A licitação/concessão/partilha
– ou o nome que se lhe queira dar – constitui-se em etapa que somente ocorreu
nos moldes como moldados em razão da política de governo – não de Estado –
posta em prática pelos últimos governantes.
As discussões e debates em torno do
que seria melhor critério torna-se coisa pequena e insignificante se
consideramos a guinada ocorrida dentro da complexa temática do domínio do
controle sobre a energia como elemento inerente ao controle da hegemonia
espraiada nas últimas décadas, que já alimentou, pelo menos, duas guerras desnecessárias
e apoios explícitos a outros conflitos, escudadas todos em ‘grandeza’ de
desprendidos dirigentes/países em favor da democracia e da liberdade.
A crítica expressa ao sistema
de partilha alcançou todos os foros que pudessem melar o sistema proposto. A
bola da vez, como primeiro pontapé, seria o campo de Libra. Não desse certo com
ele estava aberto o caminho para não funcionar com os demais.
O boicote (falta de
interessados) buscava desmoralizar o processo como desinteressante para os
“investidores”. Para eles o ideal é sistema de FHC – a venda pura e simples
pela concessão, onde, por dezenas de anos você pagava uma merreca na licitação
e apenas remunerava estado e quejandos com royalties etc.
No caso particular do Brasil uma charge de Bessinha diz o que exigiria duas ou três laudas neste curto espaço.
Preferimo-la a cansar o leitor. No que pertine a Serra apenas foi o último que
explicitamente prometeu o que pretendia mais acrescer ao que outros já haviam feito...
caso eleito.
O pagode
Transitando pela catira, a
moda de viola, o samba caipira e o baião está a ‘carta’ de Tião Carreiro, o
calangueiro que botou a mão num formigueiro. O pagode do Carreiro estava pelos
lados de Goiás, Minas e São Paulo. Mas quem nega a presença do samba chula do Recôncavo
Memória ao léu
Postagem de Motta Araújo no
jornalggn.com.br/luisnassif realça a visita de Jean-Paul Sartre a Araraquara. E
ficamos nós, mais uma vez – como voz isolada – defendendo o urgente registro de
nossa memória.
A propósito de Jean-Paul
Sartre e Simone de Beauvoir, que andaram por Itabuna ciceroneados por Manuel
Leal, nenhum registro conhecemos.
Assim como o de Raquel de
Queiroz, que aqui residiu e o afirma com todas as letras em depoimento a
“Menino Grapiúna”, de Ruy Santos, resgatado em 2005 a partir de depoimentos e
registros colhidos por volta de 1992, que mais de uma vez assistimos no Canal
Brasil, um presente que nos tem sido assegurado (ao lado do Curta Brasil) pela
TV a cabo local.
Mas, não podemos deixar de
observar a dor que sentimos – os que nos imaginamos comprometidos com essa
nossa utopia: aqui quando se defende o registro da memória como instrumento
cultural para o resgate da história e alimento para as gerações futuras não
falta dirigente confundindo memória com ação social, coisa assim como confundir
lavrar uma ata com literatura.
Nando Luz
Na próxima segunda 4 o
itororoense Nando Luz fará apresentação na “Tenda Cultural” da Bienal do Livro
de São José dos Campos de seu “Acenando com Bandeira”
Um outro Tico-Tico
Público e notório no mundo da
música o que representa Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu. No universo de
uma centena de interpretações – assim consideradas pela arquitetura de arranjos
ofertada – nos deparamos com o ucraniano Uros Baric executando o clássico
brasileiro com arranjo de Édson Lopes.
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* Coluna publicada aos domingos no www.otrombone.com.br com todas as ilustrações que ainda não aprendemos a introduzir neste espaço
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