E suas revelações
Anunciada com pompa e circunstância a vitória de uma chapa, os votos de diferença, para gáudio e esperança da estrela em nível itabunense. E não seria diferente, para o observador mais desavisado. Afinal, dos 769 votos contabilizados, ainda que uns brancos e nulos tivessem alcançado 53, a chapa vencedora obteve 471 votos diante dos 245 do adversário, exatos "226 a mais que seu oponente", como registrou O Trombone.
Mas, trilhando o caminho daquela incredulidade, que muitos atribuem tão somente a Tiago apóstolo - não pelo resultado, mas pelo que poderia estar "por trás da serra" do resultado - buscamos algumas informações, em torno das quais ousamos gastar o tempo de nosso paciente leitor.
No primeiro instante, o número de eleitores petistas aptos a votar. E nos disseram estar no patamar de 1326. Portanto, às urnas não compareceu um considerável contingente de 557 eleitores, o que representa em torno de 42% de ilustres militantes que não se dignaram participar da disputa.
Alguém diria ser de pouca valia um comparecimento mais maciço. Razão veríamos caso não houvesse acirrada disputa interna, onde enfrentado o comandante maior do PT em Itabuna, atual deputado federal Geraldo Simões. (Claro que não poderíamos exigir o voto de um de seus filhos, que se bandeou para outra agremiação partidária às vésperas do pleito).
Tampouco não é crível que Sua Excelência não tenha lutado por uma expressiva maioria e tenha se esquecido de visitar esses 42% da militância votante.
Para não nos alongarmos muito, por hora, ficou-nos outro ponto a considerar: o candidato de GS, em nível estadual, perdeu a eleição em nível local, ainda que com apenas 32 votos. (O adversário de GS, segundo uma alta fonte do PT na Bahia, pode tornar-se vencedor com uma das mais expressivas votações da história do partido em terras de Rui Barbosa).
Simplificando: Geraldo Simões venceu a batalha interna em Itabuna, não seja negado. Mas, uma vitória de Pirro. Caso levemos em consideração os números, dos 1326 votos do PT local, GS só dispõe de exatos 471, ou, em números percentuais, de 35,5%, pouco mais de um terço.
Como sabemos do ávido leitor que é - o que poucos sabem - gostaríamos de recomendar ao nosso deputado federal a leitura de uma interessante obra do jacuipense Miguel Carneiro: "O Coronel Já Não Manda Mais no Trecho".
Pelo menos sozinho!
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