sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Representação

Contra Barbosa
Uma representação foi protocolada no Conselho Nacional de Justiça contra o ministro Joaquim Barbosa em razão de sua conduta - e os prejuízos materiais dela advindos para o erário público - na decretação da prisão de condenados na AP 470, que pode ser acompanhada no website do CNJ, onde recebeu o número 100013835840597-13546. A íntegra da representação pode ser encontrada em http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/a-representacao-no-cnj-contra-barbosa

A conclusão do requerimento tem o seguinte teor: “Face ao exposto, requer o processamento da presente representação, a qual deverá ser julgada PROCEDENTE, impondo-se ao representado a pena de advertência e obrigando-o a devolver aos cofres públicos a quantia que fez o Estado gastar desnecessariamente.”

Destaca o texto o "rigor" diferenciado do ministro Joaquim Barbosa no tratamento de iguais, como se vê abaixo:

A conduta do representado pode ser considerada indigna do cargo que ele ocupa. Afinal, ele deveria agir como um guardião da CF/88 e desrespeitou-a acintosamente ao tratar com mais rigor alguns réus (os petistas José Genuíno e José Dirceu) e com bastante generosidade outro co-réu igualmente condenado (o petebista Roberto Jefferson, por exemplo).  Sua alegação de que o petebista está doente é irrelevante, pois um dos petistas (José Genuíno) também era acometido de grave doença noticiada nos autos e correu risco de morte ao ser preso enquanto o outro foi poupado do espetáculo.”

Trazemos a lume tais fatos – não para proselitismos em torno de A ou B – mas para repercutir o que vem causando náuseas aos mais diferentes tipos de cidadãos (dentre os que tratam o caso sob o viés da razão), incluindo a "surpresa" refletida em alguns pares, como também ponderado por Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo (“O show de erros”) disponibilizado em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2013/11/1374324-o-show-dos-erros.shtml


A representação contra o ministro Joaquim Barbosa encontrará reação nos que nele veem a salvação do país. Mas demonstra, à sobeja, a lucidez que a razão exige diante do desgaste institucional que o ministro vem acarretando ao STF e que passa a clamar dele mais respeito à Nação. 

Afinal, o indigitado representado é presidente da maior expressão de um dos Poderes da República Federativa do Brasil: o Poder Judiciário.


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