sábado, 30 de novembro de 2013

Difícil

De explicar
A remuneração a ser percebida por José Dirceu - anunciada num patamar de 20 mil reais - cria espasmos no imaginário comum. Natural que o vejam como um privilegiado. Afinal, é assunto (o Dirceu) permanente na mídia.

Ainda que a relação de trabalho ocorra entre particulares o entendimento é de que a benefício financeiro ultrapassa as regras do mercado.

Para nós, caso fosse de dois, três, quatro ou cinco mil reais dita remuneração não alteraria a postura deste imaginário. Afinal, o trabalhador que a perceberá não é um 'trabalhador' comum e sim um ex-ministro da República, oriundo do Partido dos Trabalhadores e que se encontra condenado pela Justiça(?).

No entanto, difícil de explicar. Muito menos de convencer. Tanto a remuneração como este texto.

À procura de um bêbado para o equilibrismo
Aldir Blanc - imortalizado pelo hino que alimentou a campanha da anistia (O Bêbado e o Equilibrista), em parceria com João Bosco, interpretado divinamente por Elis Regina - perdeu a paciência com Joaquim Barbosa e o conceito de Justiça defendido pelo ilustre presidente do STF e sapecou o seguinte texto:

"Os podres dos puros
Por Aldir Blanc 
No momento em que escrevo, o delator Roberto Jefferson continua solto. Consta que o bravo tribuno Barbosinha disse: “Não tenho mais pressa”. Se isso for verdade, a Cega anda viciada e uns são mais condenados do que outros. Réus que pegaram regime semiaberto permanecem ilegalmente encarcerados.
O circo de mídia, imagens monótonas de ônibus e avião durante horas, com a repetição do mantra “…a prisão de José Dirceu e José Genoíno…”, no dia da proclamação da ré-pública, pelo amor de meus netinhos e bisneto, essas armações falam por si sós.
Em que Papuda está preso Mamaluff? Não acredito na Justiça brasileira. Se políticos foram presos por violar suas funções, o mesmo se pode dizer dos juízes. Sugestão: coloquem um tubo de gás no meio do Supremo. Vai pintar fedor…"


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