Outras revelações
Concluído o processo de apuração o presidente eleito do PT em nível estadual alcançou a expressiva soma de 74,45% dos votos. Praticamente 3/4 do resultado. Ou seja, três em cada quatro eleitores votaram em Everaldo.
Não houve unidade no confronto, tanto que o adversário do vencedor, Ernesto Marques, obteve 20,1. O que significa dizer que uma parcela de praticamente 5,5% não queria nem um nem outro.
Por demais compreensível a difícil unidade no PT, até em disputas internas. Faz parte da chamada participação democrática das bases. Jocosamente o dizemos - sem pretender ferir susceptibilidades - que natural como expressiva representação às vezes até um "bloco do eu sozinho", para lembrar famosa figura do carnaval carioca no passado, que saía às ruas portando um estandarte onde se lia a expressão. A galhofa do carioca, no entanto, não pode ser aplicada a muitos grupos no PT.
Um partido que mudou muito na conformação de suas "bases". Quase fomos às gargalhadas quando um prócer da agremiação paulista assumiu a defesa do "companheiro Kassab". Não porque lhe cabe o princípio da dúvida em relação às denúncias que vão surgindo, mas por fazer parte da base parlamentar do governo, fato maturado desde que o ex-prefeito paulistano reinventou o PSD.
Mas tudo o que está dito acima novamente se vincula ao texto anteriormente postado (Eleições no PT de Itabuna e suas revelações). Alguns até entenderam que a recomendação literária que fizemos ao deputado Geraldo Simões estaria limitada a vê-lo como político da República Velha, também denominada de Primeira República.
Na verdade Geraldo vai comer o pão que não imaginava quando da composição do Diretório Municipal. Para quem ficou com apenas pouco mais de 35% dos votos - assim mesmo perdendo em Itabuna para o adversário em nível estadual.
Vai ter de demonstrar grande capacidade para aglutinar uma composição que venha a corresponder ao projeto político que tem desenvolvido e por desenvolver. O que inclui isolar inteiramente do processo local possível influência da cúpula estadual.
A batalha tende a ser mais dura. Não sabemos se exigirá cavalgadas, carreatas, passeatas, comícios etc. Mas, pelo menos, muita saliva!
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