Do erro
A presidente Dilma Rousseff criticou a forma como o Tribunal de Contas da União, em razão de suas recomendações que podem resultar - se já não resultaram - na paralisação de obras de importância para o dia a dia da população.
Como bem observou Paulo Moreira Leite em texto reproduzido no Conversa Afiada (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/11/09/pml-o-que-e-verdadeiramente-imoral/) as denúncias que hoje afligem o âmago do PSDB - aqui considerado em sua maior expressão nacional, o paulista - em relação às obras do metrô, certamente muito do que ele hoje existe não existiria. E o que tem a ver a população que dele precisa?
Denúncias do TCU têm sido uma constante. Em que pese dispor de "tribunal" em seu nome não tem ele força judicante, a não ser em casos específicos interpretados pela jurisprudência como tal, que não cabem no presente comentário.
Suas denúncias são de capital importância - e muitas vezes de pouca ou nenhuma repercussão. São em si um alerta poderoso para governantes e a nata da bandidagem que se beneficia das mutretas que se tornaram cultura neste "país de São Saruê".
No entanto, paralisar uma obra em razão de irregularidades que nela existam é a forma mais elementar de negar a força e o poder contido em outras duas instituições republicanas: o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Na leitura deste mísero escriba é como se estivesse a dizer: como MP e PJ não funcionam a contento eu puno o povo.
Aí reside o tamanho do erro.
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