No final dos anos 90 meu filho André estudava na Escola Preparatória de Cadetes do Ar-EPCAR, em Barbacena-MG. Sonhava ser piloto da Força Área Brasileira. Por razões outras deixou o curso, no final do terceiro e último ano, quando se preparava para a AFA, em Pirassununga.
De sua experiência na EPCAR, dois fatos são por nós considerados significativos. O primeiro, de que era ele quem fazia a guarda quando aquele helicóptero caiu na escola, nas comemorações dos 50 anos da instituição, que poderia – segundo disse – ter explodido parte de Barbacena caso tivesse atingido os depósitos de gás.
O segundo (que aproveitamos para sugerir ao governador Geraldo Alckmin), do que ouviu de um dos pilotos que levaram dois pajés a Rondônia, que padecia de uma seca há meses, sem nenhuma expectativa de chuva, onde grassava gigantesco incêncio. Os índios foram levados para 'fazer chover'.
Lá chegando – relata André, do que ouviu da testemunha presencial – afastaram-se do avião que os levara e, em campo aberto, começaram a pajelança, enquanto aguardados pelo piloto. Não tardou voltarem correndo e mandando levantar voo porque se não o fizesse o piloto logo não sairiam, tamanho o toró que já ensaiava os primeiro pingos.
E choveu como ninguém imaginava, apesar de a meteorologia afirmar que chuvas somente ocorreriam dentro de seis ou oito meses.
O complexo da Cantareira, importante reservatório para o abastecimento de parte da cidade de São Paulo e da Região Metropolitana está caminhando para o zero, já abaixo dos 10% de sua capacidade e perdendo cerca de 1% a cada um, dois dias. Deve secar – segundo especialistas – até o final de junho, caso permaneça o atual nível de precipitação pluviométrica na região. A meteorologia não sinaliza chuva para os próximos meses.
Sinal de agravamento no racionamento – delicadamente definido (e protegido pelo noticiário amigo) como "rodízio" – e de possível encolhimento nas intenções de voto para Alckmin, que vem fazendo das tripas coração para que o fato não tenha repercussão eleitoral.
Como é homem de credo conservador, o governador Geraldo Alckmin poderia pedir conselho/orientação aos companheiros da Opus Dei, e pedir pajelança para a região que abastece o reservatório da Cantareira.
Melhor chamar o pajé para tentar fazer cair chuva do que cair do poder por causa da falta da dita cuja.
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