terça-feira, 13 de maio de 2014

Chama

O pajé
No final dos anos 90 meu filho André estudava na Escola Preparatória de Cadetes do Ar-EPCAR, em Barbacena-MG. Sonhava ser piloto da Força Área Brasileira. Por razões outras deixou o curso, no final do terceiro e último ano, quando se preparava para a AFA, em Pirassununga.

De sua experiência na EPCAR, dois fatos são por nós considerados significativos. O primeiro, de que era ele quem fazia a guarda quando aquele helicóptero caiu na escola, nas comemorações dos 50 anos da instituição, que poderia  segundo disse  ter explodido parte de Barbacena caso tivesse atingido os depósitos de gás.

O segundo (que aproveitamos para sugerir ao governador Geraldo Alckmin), do que ouviu de um dos pilotos que levaram dois pajés a Rondônia, que padecia de uma seca há meses, sem nenhuma expectativa de chuva, onde grassava gigantesco incêncio. Os índios foram levados para 'fazer chover'.

Lá chegando  relata André, do que ouviu da testemunha presencial  afastaram-se do avião que os levara e, em campo aberto, começaram a pajelança, enquanto aguardados pelo piloto. Não tardou voltarem correndo e mandando levantar voo porque se não o fizesse o piloto logo não sairiam, tamanho o toró que já ensaiava os primeiro pingos.

E choveu como ninguém imaginava, apesar de a meteorologia afirmar que chuvas somente ocorreriam dentro de seis ou oito meses.

O complexo da Cantareira, importante reservatório para o abastecimento de parte da cidade de São Paulo e da Região Metropolitana está caminhando para o zero, já abaixo dos 10% de sua capacidade e perdendo cerca de 1% a cada um, dois dias. Deve secar  segundo especialistas  até o final de junho, caso permaneça o atual nível de precipitação pluviométrica na região. A meteorologia não sinaliza chuva para os próximos meses. 

Sinal de agravamento no racionamento  delicadamente definido (e protegido pelo noticiário amigo) como "rodízio"  e de possível encolhimento nas intenções de voto para Alckmin, que vem fazendo das tripas coração para que o fato não tenha repercussão eleitoral.

Como é homem de credo conservador, o governador Geraldo Alckmin poderia pedir conselho/orientação aos companheiros da Opus Dei, e pedir pajelança para a região que abastece o reservatório da Cantareira.

Melhor chamar o pajé para tentar fazer cair chuva do que cair do poder por causa da falta da dita cuja.

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