Não mais basta
Indignado com o que entende como não
reconhecimento do de bom que tem
acontecido no país – assim deduzimos – um internauta fez circular a sua reação
com uma série de indagações, pautadas entre orgulho
e vergonha (talvez até inspirado na
'vergonha' fenômeno-nazariana para com as obras da Copa), e disparou aos 'do contra
e quejandos':
Que perguntem os 'revoltados'... aos 9,5 milhões de estudantes matriculados no Enem... aos
milhares de operários da construção civil, crescente a cada dia... aos
milhões de trabalhadores que compraram carro 0 nos últimos anos... aos
mais humildes atendidos pelo Mais Médicos... aos jovens formados pelo
Pronatec... aos mais de 50 mil trabalhadores da construção
naval... aos milhares de brasileiros que foram ao feirão da Caixa comprar
sua casa própria e aos milhões de beneficiados pelo Minha Casa
Minha Vida se estão sentindo Orgulho ou Vergonha”.
E inverte a ponderação indignada para concluir que quem sente vergonha do Brasil “é aquele doutorzinho que não atende os mais humildes e agora
tem o Juan, a Margarida, o Pablo para fazê-lo... é a dondoca do trânsito que
para seu carro importado no sinal e se enraivece ao ver parando ao seu lado um
trabalhador simples com seu 0 quilômetro do lado dela... ou aquele
representante da Big House que pega um avião pra Miami e que olha para o lado e
lá está o porteiro do prédio vizinho indo fazer as mesmas compras que ele”.
Seu
conclusivo estágio de indignação nos fez volver à época em que tínhamos mais
tempo para o papo com amigos.
Um deles – em dia de conversa jogada fora – nos provocou
a atenção para o fato de que os mais ricos (incluindo os nouveau) estavam mudando o hábito e deixando de colocar nomes
estrangeiros nos filhos para fazê-lo com Tiago, João, Manoel etc.
Indagou,
então, se supúnhamos a razão por quê.
Diante
de nossa ignorância repercutiu sua tese: ricos puseram nomes estrangeiros
quando isso afirmava sua diferença de classe em relação aos despossuídos e seus
Tiagos, Pedros, Joões etc. No dia em a turma do andar de baixo passou a estrangeirar
a família o retorno foi incontinenti. Para manter a distância!
Retomando
a indignação posta no início, caso haja tal dimensionamento por quem
se imaginava diferente por ter uma TV de muitas polegadas, um microondas, uma
geladeira/freezer, um carro, ou que viajava de avião dentro e para fora do país e fazia cruzeiros em transatlânticos de luxo temos que não há solução. A não ser o espernear e sentir vergonha.
É
que não mais basta mudar a nominação dos filhos para restabelecer o status.
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