DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Feliz Dia das Mães
Quando nos entendemos por
gente o dia a ela destinado como homenagem não trazia ainda embutido o consumismo como razão e sim o reconhecimento por tudo que representava no seio da família e da sociedade.
Comemorava-se a sua existência, sua importância num tempo
em que ainda não precisava tornar-se contribuinte da renda familiar, trabalhando
fora, tampouco chefe de família como muito ocorre contemporaneamente.
Tempo em que a família toda se reunia em torno dela para dar-lhe o melhor dos presentes: amor, estima e reconhecimento. Tempo em que "o lar" configurava não somente espaço comum à família, mas o mais profundo sentido de unidade na mais importante célula social. Tempo em que o valor atribuído à família extrapolava a simples mecânica da criação dos filhos.
Fica em nós uma saudade.
Especialmente por aquelas que não mais estão entre nós. Para todas, presentes e ausentes, nossa homenagem
particular se expressa através de “Mamãe”, de Herivelton Martins e David
Nasser, imortalizada por Ângela Maria em gravação de 1956, pela Copacabana e aqui em dupla com João Dias.
https://www.youtube.com/watch?v=Jc5x8RE1T4M
Ainda que ontem
Não podemos precisar quando
tal aconteceu. Mas não foi há 50 ou 40 anos. Mas veja o leitor o que
representava o aparelho celular à época em termos de avanço. Os títulos falam
tudo: o revolucionário “envio de texto” de um celular para outro; a
possibilidade de “, 1 em cada 50 mil casas ter acesso a internet“, compactar uma
música “para caber em três disquetes”.
Piso
salarial de professores sobe de 2.600 reais para 3.000 e o município abrirá
concurso para admitir 3,5 novos professores. No município de São Paulo.
“São
Paulo está tomando uma decisão importante de reajustar o piso do magistério.
O salário inicial passa a ser, a partir do
dia primeiro de maio, de R$ 3 mil por mês, que é um dos maiores do Brasil. Isso
vai ter um rebatimento em toda carreira, que acaba sendo beneficiada. Após 25
anos de trabalho, por exemplo, uma professora estará recebendo em torno de R$
8,8 mil. A carreira de São Paulo passa a ser uma das mais atraentes do Brasil”,
disse o prefeito de São Paulo".
"O
secretário da Educação, Cesar Callegari, também participou
do anúncio e disse que o reajuste também foi expandido para todos do 'quadro da
educação', incluindo gestores. No caso dos supervisores, o piso passa de R$
4.460 para R$ 5.146, enquanto o dos diretores aumenta de R$ 4.188 para 4.832.
Já para os coordenadores pedagógicos, o piso vai de R$ 3.692 para R$ 4.260.”
Ainda
que não o ideal, a iniciativa do município de São Paulo contribui para a
melhoria da autoestima da classe, mesmo que não reconhecida nos moldes como
ocorre em outros países, onde a carreira na educação é a mais importante.
Fundador da Telexfree é preso
Nos estados Unidos, o americano James Matthew Merrill (segundo da esquerda para direita na foto,) foi preso na sexta-feira 9.
A turma no Brasil - que insiste em não reconhecer a existência de pirâmide no negócio - deve preparar uma vaquinha para ajudar o companheiro estadunidense. Incluindo o Botafogo, patrocinado pelo esquema.
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A turma no Brasil - que insiste em não reconhecer a existência de pirâmide no negócio - deve preparar uma vaquinha para ajudar o companheiro estadunidense. Incluindo o Botafogo, patrocinado pelo esquema.
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Zero à esquerda
Sem Dirceu, Genoíno e
quejandos o ministro Joaquim Barbosa é um zero à esquerda. Um nada que somente
existe quando viola princípios e regras jurídicas para saciar a sanha dos que o encontram na reação a Dirceu (principalmente) e a Genoíno, as expressões que configuraram
a resistência ao regime autoritário e tiveram a iniciativa de integrar um grupo que
criou um partido político que atua conforme o propósito (cunho social) quando
exercita o poder.
Integrantes de um partido que
mostrou ao país e ao mundo que – gostando ou não dele – comprova a competência
da senzala diante da casa-grande.
Insanidade
A decisão de Joaquim Barbosa
pode levar muitos a imaginar que o é contra José Dirceu, ao negar-lhe o direito
a trabalhar. E muitos estão a aplaudi-lo, por se integrarem ao clube dos que
querem ver sangue e tragédia sobre petistas e PT.
Ocorre que milhares neste país
(de 100 a 200 mil) estão na mesma situação de Dirceu, porque condenados ao
semiaberto e, portanto, trabalhando fora da prisão.
A sanha insana de Barbosa
desencadeará o inusitado de fazer com que decisões
judiciais em cumprimento sejam desfeitas na esteira da ignomínia barboseana.
Caso o plenário do Supremo, em sendo provocado, não traga à normalidade o que ora é aberração.
Quem manda sou eu
Leitor da rede fez publicar
interessante fato – assemelhado ao de José Dirceu: condenado por estupro e
atentado violento ao pudor cumpria os 25 anos em regime fechado a que foi
condenado. Alcançou a progressão para o semiaberto e buscou exercer o direito
de trabalhar. Foi-lhe negado, em instância inferior pelo fato de ser autônomo,
exercendo a atividade em lugares diversos, o que prejudicaria a fiscalização
judiciária. Recorreu então ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu o benefício
em decisão unânime do STF, onde presentes, dentre outros, Gilmar Mendes, Ayres
Brito, Lewandowski.
Os fatos apresentam-se
idênticos. Mas o estuprador está por aí exercendo sua atividade.
Diferentemente
de Dirceu, perigoso petista.
Uma voz
Única voz vinculada a OAB a se manifestar, na rede, o ex-presidente da OAB-RJ, jurista renomado:
Por Wadih Damous, em seu Facebook.
"A decisão de Joaquim Barbosa em não permitir que Dirceu trabalhe fora do presídio é ilegal, esdrúxula e persecutória. Essa história de cumprir 1/6 da pena se exige quando se trata da progressão do regime fechado para o semi aberto. Dirceu tem direito ao regime semi aberto. O argumento de que trabalhar em escritório de advocacia é incompatível e configura “ação entre amigos” mostra que Barbosa tornou-se carcereiro. O que vemos é que quando se trata de José Dirceu a interpretação da lei é especial e só vale pra ele. Joaquim Barbosa é uma ameça séria e concreta à democracia e ao estado de direito".
Sherazade x Barbosa
O que une apresentadora Sherazade,
do televisivo da SBT, e o ministro Joaquim Barbosa, do STF, pode passar
despercebido de muitos. Mas há em comum o fato de ambos desrespeitarem a lei. Um,
investido da toga para promover violações; outra, incitando a violência.
De comum entre eles a paixão
pela violência. Ambos estão em busca de um cadáver.
Entre a pesquisa e a realidade
Para os analistas, inclusive
vinculados a um dos institutos (Datafolha), a pesquisa semanal, que mais próxima
está de apurar uma ‘eleição semanal’, não está servindo para nada. Ou seja, de
nenhuma utilidade concreta. Isso porque o eleitor ainda não se ligou na eleição
e parcela considerável (às vezes superior a 50%) não se decidiu em quem votar.
Para Marcos Coimbra, estão os
institutos a falar para eles mesmos. Falam para o mesmo público.
Ainda que não admitíssemos o
que está posto acima vem-nos a leitura diretamente do povo, a partir de uma
única amostragem: uma pessoa do povo, respondendo ao que púnhamos a partir das
pesquisas recentemente publicadas: viajo de coletivo na cidade, de ônibus entre
cidades, converso com o povão. E não vejo outro candidato eleito que não Dilma.
Estratégias I
A semanal divulgação de
pesquisas de intenção de votos têm uma função: utilizar-se dos meios em que são
divulgadas para constituir um pano de fundo negativo para o governo e a
candidata à reeleição.
É da natureza do sistema.
Desde que pesquisa deixou de ser retrato de um instante (comumente volúvel)
para tornar-se instrumento de propaganda eleitoral.
Isso porque, basta olhar-se a
forma como feitas – algumas induzindo respostas, inclusive – para verificar-se
quão às escâncaras está o procedimento.
Estratégias II
Estranha a insistência em por
na relação de nomes recomendados na estimulada o nome de quem não é candidato.
No caso, Lula. Entra como Pilatos no Credo.
Ocorre – e faz parte da
estratégia – vincular a imagem (positiva) de Lula a uma imagem negativa de
Dilma, pondo-os em confronto interno, com vistas a dividir o eleitorado.
Partem da idéia de que
reconhecendo o povo (incentivado para tal) que Lula é melhor e sendo Dilma a
candidata ‘eu não voto nela”. Caso não queira votar na oposição “anulo meu
voto”.
Estratégias III
Outro dado que não vem
encontrando a devida avaliação: a pesquisa espontânea, aquela em que o
entrevistado declina um nome sem que lhe seja apresentada a cartela de
candidatos (estimulada).
Na espontânea Dilma + Lula +
candidato do PT preenchem, com grande vantagem, o imaginário do eleitor.
Estratégias IV
A postura político-eleitoral
dos institutos de pesquisa fica flagrante – no caso de inserir um nome que não
é (e afirma peremptoriamente não sê-lo) – por incluir nome de ex-presidente
vinculado ao um partido (PT) quando também tem outro ex-presidente (PSDB) que
toda hora dá pitacos sobre a eleição e tem o sonho incontido de ser candidato.
Ou, quando nada, de influir no resultado.
Estratégias V
Na análise dos resultados
sempre está realçado o avanço de candidato(s) da oposição e a queda da
candidata à reeleição sem a devida análise do que tem representado um e outro fato para
a decisão.
Estratégias VI
Ou não estamos lendo ou
sonegam a informação, ou, ainda, não tem sido o entrevistado inquirido sobre o confronto no
segundo turno, caso exista. Na realidade não são feitas as análises devidas em
torno da circunstância. É assim que interessa chegar ao povo.
Isso porque há a ‘insistência’
em torno da possibilidade de haver segundo turno. Projetadas as avaliações sob
o viés da realização ou não do segundo turno é afastada uma determinante em
votos no primeiro turno: a certeza de que alguém vencerá no segundo pode levar
a uma definição de voto no primeiro para aquele vencedor futuro.
Sob esse viés as pesquisas
recentes evitam refletir sobre respostas em quem vota o eleitor no segundo
turno.
Como posto nenhum candidato de
oposição venceria Dilma no segundo. Se isso é verdadeiro cabe não afirmá-lo
para que não venha a influenciar o voto do agora indeciso que pode se tornar
definitivo (em primeiro e em segundo).
Afinal, quem escolheu (enquanto
indeciso) votar no candidato que está à frente no segundo, confirmará o voto
apenas.
Na jugular
A campanha de Eduardo Campos sentiu o ataque na jugular. Viu sua estratégia – de alinhamento às mesmas forças conservadoras que transitam com Aécio – naufragar quando a mídia mostrou que entre ele e o mineiro quem merece confiança é o de Minas.
A condição de arauto do arrocho – como Aécio – não fica bem no retrato do neo-conservador Eduardo Campos. Até porque – dirão os que nele não confiam – não é o discurso que faz o candidato, mas as práticas e compromissos de seu partido para com o que propaga.
Marina Silva percebeu. E reagiu. Sabe que os tucanos começaram a busca por financiamentos e aí não querem dividir recursos com Campos. E atacou Aécio.
Eduardo começou a perder a utilidade para a oposição à Dilma. Servirá apenas de contrapeso. Como Heloísa Helena, em 2006, e a própria Marina, em 2010.
Difícil entender
O PSDB exigiu CPI
exclusivamente sobre a Petrobras, no Senado. Brigou por isso. A ponto de
interpor mandado de segurança – e obter êxito – junto ao STF.
Agora diz que a CPI deve ser
mista.
Fácil de entender: melhor a
especulação do que a apuração da verdade.
Que alcançará petistas (alguns),
tucanos (em quantidade que pode surpreender) e peemedebistas (na quantidade
esperada). E muito mais gente.
Antiga paranóia
Temos uma dúvida
permanente: a urna eletrônica. Nela não confiamos, por falta de comprovação e
de possibilidade de conferência. Ninguém usa a urna eletrônica brasileira, a
não ser o Paraguai.
Qualquer candidato que
não supere 5% pode sucumbir a uma armação.
Não engana
Ninguém diga amanhã,
caso eleito, que Aécio enganou o eleitor. Arrochará salários, entregará o
pré-sal. Mas já antecipou.
Disparada
A disparada de Jair
Rodrigues como cantor ocorreu no primeiro quartel dos anos 60, como “Deixe isso pra lá” (Alberto Paz-Édson Menezes) criando um furor pela forma (utilização das mãos) como interpretava o
samba que antecipava o funk.
Consolidou-se para o público com o “Fino da Bossa”,
na Record, comandando o programa ao lado de Elis Regina.
E definiu-se com “Disparada” (Théo de Barros-Geraldo Vandré) no Festival da Record, de 1966, dividindo com a
“Banda” (Chico Buarque) defendida por Nara Leão.
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