Há no ar certo clima
de déjà vu. Como o de quem assiste a vivência de paixões estrepitosas
descambando em nostalgia assim que desdobrados os primeiros instantes de
sonhados encontros e os passos dos arroubos apaixonados entraram em saturação,
cansaram seus personagens. Que se refaz no trajeto do inconsciente, de que já
visto o que vê. Ou que tão somente se repete o que aconteceu outras vezes.
Mesmo lugar, mesmas pessoas, mesma história.
Comum como em todos os casos de amor não correspondido. Levando ao recôndito do sentimento o acontecido sob cores de amargura e desencanto. Uma lembrança. Até a dificuldade de compreender, no plano da dúvida, se já viu ou viveu tudo o que vislumbra.
Comum como em todos os casos de amor não correspondido. Levando ao recôndito do sentimento o acontecido sob cores de amargura e desencanto. Uma lembrança. Até a dificuldade de compreender, no plano da dúvida, se já viu ou viveu tudo o que vislumbra.
Há um clima de que
alguém enganou alguém. De quem se apresentou em dimensão diversa de sua
realidade trazendo a frustração comum como natural escoadouro em tais
instantes. Quando muito restando uma dor-de-cotovelo conforme o sentimento
nutrido em cada um pelo outro.
Há erro essencial
sobre a pessoa – em direito de família – quando um dos parceiros se apresentou
ao outro em dimensão do que não era. Seja-o no plano da identidade, honra e boa
fama, ou o levou à ignorância de pratica de fatos criminosos em instante
pretérito, ou mesmo de doença que ponha em risco a vida do cônjuge. Tudo que
leve a uma situação insuportável, decorrente da enganosa conduta.
Também podemos entender,
no plano inverso, quando alguém espera de outrem o que este não poderia
oferecer. Mas, o engano de dizer-se possível de ofertar comunga com a vontade
do que se imagina beneficiado. No fundo, um castigo comum. Como punição por
ambos pretenderem enganar um ao outro.
O ministro Joaquim Barbosa
vive – assim vemos – um estágio probatório para ocupar a galeria do
esquecimento. Talvez melhor, a ser alcançado pela percepção do reconhecimento
de sua desnecessidade. É que deixou de frequentar as manchetes como paladino da
luta contra a corrupção, de ocupar o lugar de signo de salvador da pátria que
construía a imprensa em torno de seu corpo de comum mortal. Que dele se
utilizava enquanto útil como timoneiro da AP 470.
Começa a viver clima
adverso Sua Excelência. Vaiado em alguns lugares que frequente, desde que lá
esteja quem o descobriu tão somente carrasco.
Em declaração recente
descobre Joaquim Barbosa o óbvio ululante: a necessidade de um marco legal para
a regulação dos meios de comunicação no Brasil.
A turma que o
incensava chama a isso de censura. Mas, o ministro está certo. Apenas colherá
outros frutos, porque em outro campo. Mais útil certamente quando defende a
criação de um marco legal para a comunicação do que enquanto carrasco de
institutos jurídicos. Inútil, no entanto, para os que se beneficiam da sua
inexistência (do marco legal).
São as reviravoltas que
o mundo dá. Como a separação entre dois apaixonados, de um amor à primeira
vista na terça-feira de Carnaval.
Nada, a
resposta. Apenas o déjà vu.
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