Na batalha
A atuação oposicionista no que diz respeito às ações político-eleitorais parecem estar definidas no quesito desconstruir o governo e a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
A atuação oposicionista no que diz respeito às ações político-eleitorais parecem estar definidas no quesito desconstruir o governo e a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
Parece-nos, no entanto, que o processo de denúncias articuladas não é suficiente e uma outra frente foi posta no front: a candidatura do ex-presidente Lula diante do que sinalizam como inviabilidade da reeleição de Dilma.
Marina Silva, em evento em Salvador em homenagem à ex-ministra Eliana Calmon – relata Biagio Talento (Agência A Tarde) – denominou o ex-presidente Lula de a "bala de prata" que poderá ser usada pelo PT contra a Dilma caso entenda que "foi um erro tê-la como candidata".
Ao tempo da declaração circulava pesquisa mantendo o indicativo de queda nas intenções de voto para Dilma Rousseff. Observadas as circunstâncias, a declaração de Marina se torna oportuna. E alimenta a fornalha do front.
O fogo cruzado está mantendo a candidatura Dilma Rousseff na defensiva. Por um lado, municiado por denúncias e factóides que circulam diariamente; por outro, buscando desestabilizar as relações entre Dilma e Lula, o que – particularmente – manteria acesa a chama da alegria da turma do 'volta Lula'.
Os fatos, assim nos parece, encontram-se no patamar do proposto. Saber se corresponderá às ambições dos que os expressam é outra coisa.
O que fica no plano da estranheza é o fato da busca por Lula, no quesito oposição. Caso a insistência – pela oposição – resulte em sucesso e retome Lula uma candidatura não será ela a causar alegria aos que pretendem enfrentá-lo. Todos sabem.
O que pode estar sendo utilizado como estratégia pela oposição é – sabendo que Lula não será candidato – abalar a estrutura emocional da presidente Dilma Rousseff a ponto de levá-la a cometer erros através de declarações que mais alimentem a campanha oposicionista (como já aconteceu com referência a Pasadena).
Porque, até esse instante, tudo não ultrapassa o universo dos números em pesquisa e o ti-ti-ti natural a qualquer campanha eleitoral.
Sempre que disponha de artilharia e meios de utilizá-la a oposição lançará outra frente na batalha. Porque é assim que se faz guerra.
E nessa guerra não são poucos os interesses em jogo: da retomada plena do controle sobre o petróleo e a Petrobrás por grupos estrangeiros ao risco que corre a grande mídia de reduzir seu espaço caso as políticas de iniciativa do atual governo se concretizem. O que ocorrerá, fatalmente, com a reeleição de Dilma Rousseff.
Em meio a tantos interesses tudo vale no palco do vale-tudo em que se torna a campanha presidencial de 2014.
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