A verdade o é
O imaginário popular – considerado a partir das informações que lhe chegam através do 'diálogo do monólogo", como definiu Marshal McLuhan a mensagem televisiva no contexto emissor/receptor – encontra-se preso na redoma da emoção, levando-o a extrapolar os limites da simbiose entre a verdade e o jornalismo.
Não à toa teorias sobre a atuação dos meios de comunicação levantam a tese da existência da verdade factual (a verdade dos fatos, traduzida por estes) e a verdade publicada (a transformada para atender aos reclamos de quem a publica).
Sob estas breves considerações levantamos a hipótese da verdade que encerra as pesquisas eleitorais como leitura do momento. Afinal, o que faz levar um instituto de pesquisa de opinião a anunciar/desanunciar, ir/vir, marcar/desmarcar a publicação em torno de números que afirma coletados em período predefinido, o que nos remete a não entender porque tanto vai-e-vem-do-sai-não-sai como traduziu Orlando Tejo a publicação/edição do antológico "Zé Limeira, Poeta do Absurdo", já que anunciada a morte (caso Gabriel Garcia Marques registrasse o instante)
Percebe-se, claramente, uma campanha para que Dilma não saia candidata, e sim Lula. Afirmam existir tal preferência dentre figuras várias, que vão de integrantes do próprio PT aos de outros partidos da base aliada, entrando como Pilatos no Credo empresários e quejandos.
Sabendo-se que a mídia exercita – através das pesquisas – típico processo de manipulação da informação para corresponder aos interesses da oposição, intriga que um candidato em permanente queda – como procuram demonstrar muitas destas pesquisas em relação a Dilma – insistam em seu afastamento para que em 'seu' lugar assuma o 'virtual e imbatível' Lula.
Estranho, muito estranho.
E mais estranho: todos sobem, Dilma sempre caindo, mas vencendo ainda em primeiro turno.
Como dispensar uma candidata que 'não venceria' para lançar em seu lugar um vencedor absoluto se "eu, oposição" quero a vitória no pleito.
Estranho, muito estranho! Razão por que de nossa indagação: até onde a verdade o é? Ou tudo não passa de transformar a verdade factual em verdade publicada?
Diante de tudo que o seja fica a famosa indagação de Garrincha, no curso da preleção de Vicente Feola antes do jogo com os russos em 1958: já acertaram com o povo? Porque, com toda a campanha – até contra o Brasil sediando a Copa – o governo da presidente encontra 38% de avaliação positiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário