quarta-feira, 25 de junho de 2014

Foge

Outra vez
Como divulga a Folha de São Paulo, está definido: Joaquim Barbosa não presidirá a sessão desta quarta 25. Na pauta de julgamentos estão os recursos de alguns réus presos da AP 470 – situação tida ao arrepio do entendimento pretório – que cobram o tratamento assegurado a outros milhares neste Brasil: direito ao trabalho, visto que condenados ao regime semiaberto.

A decisão monocrática de Joaquim Barbosa os mantém em regime fechado. Contra ela levantaram-se segmentos vários da sociedade brasileira – da CNBB a OAB – e em torno dela Sua Excelência não encontra apoio nem mesmo entre os pares que o acompanharam nas condenações proferidas. 

Diante do desafio do ministro Roberto Barroso de que iria julgar monocraticamente os processos que lhe foram destinados, por sorteio, depois da renúncia de Joaquim Barbosa à relatoria/execução da AP 470, o ainda presidente do STF pautou-os para hoje. Mas, não comparecerá/presidirá a sessão.

Mais uma fuga de Joaquim Barbosa. Esta, talvez, movida pela sensatez de quem conhece a si mesmo, com destaque para os arroubos da indelicadeza. Para quem deixou de lado o protocolo e a urbanidade como dirigente de sessões do STF para interferir e questionar votos proferidos que contrariassem suas teses seria difícil assistir ao que resultará do julgamento em termos de decisão.

Estimam os observadores que o placar (estamos em tempos de Copa do Mundo) tenderia a 10 votos contrários à tese de Barbosa. Estaria isolado, defendendo um ponto de vista que se sustenta tão somente na sede de vingança até hoje não explicada, de quem deixou de lado os postulados do direito para atender aos reclamos da paixão.

Sim, é bem provável que Joaquim Barbosa não encontrasse um só voto de "apoio moral". Sabe-o Sua Excelência.

Como lhe falta grandeza (já o demonstrou) resta-lhe esconder-se na coxia enquanto a peça que ensaiava foi retirada do espetáculo.

Diz a Folha que estará em casa redigindo o discurso de despedida que proferirá na última sessão, a ocorrer no primeiro dia de julho e último de poder, já esgarçado.

Oportunidade de se redimir. Pelo menos no plano das indelicadezas cometidas.

Afinal, somente lhe restará o que deixar escrito. Porque público não o terá, que preferirá assistir aos últimos jogos de oitavas de final, que começam as 13:00 e continuarão as 17:00 horas. 

Que não lhe falte à fala a repercussão na mídia a que serviu. Antes que se torne sombra.

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