Há números recentes sobre a sucessão presidencial.
Aguardados com expectativa dentro dos círculos da polarização que se anuncia: uma (que reúne Aécio e Campos), mais atenta ao viés
de queda nas intenções de voto na candidata Dilma Rousseff; outra, em ver
mantida a configuração de vitória da situação ainda no primeiro turno.
E eis que publicada a CNI-Ibope: Dilma tem 39%,
Aécio 21%, Campos 10%, Pastor Everaldo 3% e Outros alcançando 6%. (Relevante
que o conjunto Outros nessa pesquisa – que
dificilmente soma 1% – tenha obtido 6%).
Considerando as maiores
expressões – Dilma, Aécio e Eduardo Campos, nesta ordem – à luz de outras
avaliações nos últimos 40 dias, temos em
03/05 o Sensus apontando 35%, 23% e 11%; em 09/05 o Datafolha trazendo 37%, 20%
e 11%, o Ibope, em 10/06 cravando 35%, 22% e 13% e a CartaCapital/Vox Populi,
no dia 13/06, mostrando 40%, 21% e 8%.
Dirão muitos – dos contrários à reeleição de Dilma
Rousseff – que o andamento da Copa do Mundo neutralizou a percepção do eleitor na última pesquisa, tornando-o esquecido das eleições porque ofuscado pelo brilho do mundial da FIFA.
Por outro lado, há os que tendam a uma leitura mais fria por enxergarem o momento sob outro prisma: pode a
promovida queda de intenções de voto em Dilma haver sofrido uma estancada. Ou seja, atingido o limite e simplesmente se exaurido.
Tudo porque, nem mesmo o bombardeio diário em relação a Dilma Rousseff – realçando baixos índices de aprovação de seu governo, inflação descontrolada, país em derrocada na economia etc. – impede que tenha ela pelo menos o mesmo número de votos de todos os demais candidatos reunidos.
Certamente tal fato – parar de cair – estranha. Alguma coisa
não está a contento, para quem pretende vencer a eleição presidencial de 2014 combatendo nas hostes da oposição e vê sua estratégia começando a capengar.
Para os que elegeram o "não vai ter Copa" como instrumento político-eleitoral nenhum fato novo justifica a quebra da 'rotina' de queda nas intenções de voto na
Presidente exibida nos últimos meses.
Até porque, se utilizada como argumento – ainda que em andamento – foi a abertura da própria Copa que gerou uma degradante imagem que poderia fazer mais reduzir a intenção de votos em Dilma: as vaias e xingamentos no Itaquerão.
Até porque, se utilizada como argumento – ainda que em andamento – foi a abertura da própria Copa que gerou uma degradante imagem que poderia fazer mais reduzir a intenção de votos em Dilma: as vaias e xingamentos no Itaquerão.
No entanto, pode estar ocorrendo a lógica: o estoque de críticas
e fatos contra a presidente Dilma Roussef perde força, não mais se sustenta.
Espremeram tudo, e nada! Esgotado o repertório.
Ainda que a exposição dos candidatos da
oposição tenha sido elevada ao cubo não produziu resultados além do sofrível.
Nenhuma ‘coisa do outro mundo’. A espontânea reflete isso: Dilma tem 25% na
recente CNI-Ibope, onde Aécio 11% e Campos 4%.
Para quem a imaginava como um apoio à campanha da oposição agora se vê diante de outra percepção: a Copa tende mais a favorecer Dilma, ainda que a
seleção não conquiste o título.
Isso em razão de algo fácil de ser compreendido pelo eleitor: isolado o futebol da eleição dele restará somente o que tenha sido positivo para o Brasil. E qualquer fato positivo relacionado à realização da Copa no Brasil será tributado à Presidente, que veementemente a defendia enquanto a oposição criticava sua realização.
Certo que a outra Copa começa, assim que terminada a da FIFA.
Com o início da campanha e do horário eleitoral.
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