quinta-feira, 12 de junho de 2014

Dois fatos

E suas coberturas
Nesta quarta 11 dois fatos – importantes em si mesmos por aquilo que representam – tiveram abordagens bastante distintas, caso tomemos a imprensa televisada como referência para a informação de massa: a grotesca atitude do ministro Joaquim Barbosa, expulsando advogado do STF (fato inédito na história da Corte) e a inauguração do metrô de Salvador.

Quanto a Joaquim Barbosa cuidaram todos os noticiários a que assistimos (Jornal da Band, do SBT e Nacional) de desviar a grosseria e o desrespeito do presidente do STF, fazendo-os chegar ao telespectador como ‘indevida’ intervenção do advogado de José Genoíno (bem frisado) durante sessão presidida pelo oráculo da mídia que nele encontra(va) o “salvador da pátria” ideal.

Promovera o advogado – o que lhe está assegurado na lei – uma questão de ordem para que o ministro-presidente (que detém o controle da pauta) pusesse à disposição do plenário o pedido de prisão domiciliar requerido e com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, baseando-se – amparado na lei – na circunstância de que seu cliente se encontra preso em regime fechado e que a condição de “réu preso” estabelecia precedência para apreciação.

Portanto, nada de absurdo ou ‘indevido’. Indevida foi a postura de Joaquim Barbosa. Que causa escândalo.


O segundo fato – a inauguração do metrô de Salvador – não mereceu uma mísera vírgula em qualquer dos jornais televisivos citados.

Para a mesma mídia que tinha – e tem – na mobilidade urbana um dos ‘caos’ da Copa a entrega ao público de um transporte mais célere e eficiente não justificou nenhuma menção.
Assim continua a televisão brasileira: mostrando seu lado mais político (de escancarada oposição) e menos informativo. 

Os televisivos acima citados prestaram um desserviço à informação e se mantiveram a serviço da manipulação.

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