Nacional
O Tribuna da Imprensa on line – da qual capturamos a charge de Alpino – estardalhaça a partir de matéria do Estadão, escancarando em manchete: "Vergonha internacional: suíça suspende cooperação com o Brasil no caso Alston".
Está lá: "A Suíça suspendeu 'toda a cooperação judicial com o Brasil' por vazamento de dados sigilosos da apuração que envolve o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e outros alvos do caso Alstom. Marinho é investigado sob suspeita de receber propina da multinacional francesa para beneficiá-la em um contrato do setor de energia fechado em 1998, durante o governo tucano de Mário Covas.
O congelamento da cooperação alcança pelo menos outros dez casos investigados de forma conjunta ou nos quais o Brasil havia pedido informações. Esses procedimentos foram, por enquanto, arquivados. O rompimento não é definitivo, mas Berna avisou que 'está suspensa a troca de informações entre autoridades da Suíça e do Brasil' até que a Justiça suíça receba justificativa válida sobre divulgação de relatório de investigação financeira.
Não cremos que a Justiça suíça receba qualquer justificativa que mereça o nome por parte das autoridades brasileiras. Afinal, 'vazar' informações por aqui é fato corriqueiro para assegurar o sensacionalismo da imprensa.
Em nenhum país sério se admite que algo em fase de apuração torne-se público. Nesta 'terra de São Saruê' as disputas intestinas em órgãos estatais até mesmo alimentam o jogo político, em busca de espaço na mídia. Absurdos são cometidos, maculando imagens e honra pessoais. E quando nada fica comprovado resta à vítima apenas a busca (longe dos holofotes) do Judiciário para nele encontrar – quando encontra – mísera indenização financeira que em nada resgata a honra vilipendiada.
A Suíça não quis aprender conosco. E nos dá uma lição. Que nossas autoridades não aprenderão.
Afinal, a vergonha é nacional – defendida com unhas e dentes por aqueles que dela se beneficiam – que alcança foros internacionais.
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