Etapa derradeira
Neste imediato está engendrado o destino eleitoral
de Dilma Rousseff à seleção brasileira. Assim o traçou a oposição apoiada no
seu braço midiático, com respaldo em pesquisas de opinião. Ditas pesquisas não
representam credibilidade em si mesmas, considerando quem as analisa. Ou seja, somente
refletem valor conforme contribua para este ou aquele candidato.
Mas não se negue o uso da
inteligência quando da elaboração do roteiro.
A seleção brasileira em campo é a Copa no Brasil. Os
humores sofreram alterações, conforme a conveniência ou a inexorabilidade dos
fatos. As pesquisas acompanharam os humores, muitos adredemente construídos.
Chega ao fim, quanto aos objetivos, tanto a Copa como as pesquisas na fase a
que se propuseram.
As críticas à realização da Copa foram alimentadas
há um ano, dentro dos protestos de junho; as pesquisas – e singulares
metodologias – a partir de fevereiro.
Reunidas num só objetivo (atingir Dilma)
encontram – no aniversário dos protestos de 2013 – o início do Mundial de
Futebol da FIFA, quando a presidente está em patamares de queda nas intenções
de voto e o argumento “não vai ter Copa” perdeu força diante da efetivação do
certame a partir de amanhã.
Todo o alegado como fracasso (aeroportos, segurança,
fluxo turístico, estádios, energia, até surto de dengue etc.) desaparece como
justificativa contrária ao Governo e à Presidente, desde o instante em que as
‘profecias’ não se materializaram. A colheita político-eleitoral da oposição
fica sem aqueles argumentos.
Desenvolver-se-á então o esgotamento do tema Copa
trabalhando com os resultados a serem obtidos pela seleção brasileira. Neste
jogo – meio a meio – sabem os opositores que a conquista do hexa pode
beneficiar a candidatura de Dilma. Apostando na derrota, lançarão sobre a
Presidente a pecha do desperdício para ‘resultado nenhum’.
Torcidas distintas: a dos políticos e a do brasileiro
comum. Que estará alheio aos interesses eleitorais e só a eles retornará a
depender do que ouvir depois de encerrada a Copa do Mundo.
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