Grave
Hoje registramos a importância do ENEM para o ingresso de estudantes de escolas públicas na graduação. Surge-nos, no entanto, grave denúncia de Simon Schwartzman em seu blogue, de que está ocorrendo migração de estudantes paulistas, através do SISU, para ocupar vagas em outros estados, onde o curso de Medicina é o mais "ocupado" pelos paulistas.
Se louvamos o universo de cotas, iniciativas - legítimas, diga-se de passagem - como as denunciadas tendem a abrir uma discussão, por nós defendida: a necessidade de estabelecer cotas nas universidades públicas estaduais para os naturais. Ou seja: escolas custeadas pelo erário de determiando estado da federação deveriam reservar um percentual de vagas para os naturais daquele estado.
O processo ajudaria a preservar, em favor dos naturais de cada estado, um número de vagas, deixando as restantes para disputa nacional.
Nesse particular, dos males o menor: ainda que mais acirradas as disputas por vagas em São Paulo para os que não são de lá, mais livres ficam os concorrentes de cada um dos demais estados para encontrar uma vaga na graduação.
Quando alguém argumentar que isto feriria o princípio da isonomia afirmamos que a existência de cotas ocorreu justamente para preservá-la. E que a sugestão diz respeito apenas às universidades estaduais.
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