Ao deus mercado
Os juros básicos voltaram a subir. A inflação como desculpa, caindo não em decorrência da manipulação da SELIC. No entanto, o discurso que o mercado e sua “mão invisível” esperava foi atendido: dificultar o consumo e criar expectativas positivas para o sistema que vive de juros e pensa a partir deles como se fossem fonte de riqueza geral.
As lições mundo a fora – a Europa como centro, onde 27 milhões estão desempregados – parecem ainda não ter força de convencimento de que a ordem mundial, para corresponder ao capital em detrimento do homem como razão da existência, mais leva à fome e à desagregação social.
E não enxergamos o simbólico exemplo do que esta ordem representa, quando em meio aos mortos de Bangladesh se encontravam as marcas famosas encontradas nas lojas de luxo, “vestindo” os corpos dos miseráveis sacrificados no tear da globalização, porque a mão de obra barata, concorrente aos desempregados do primeiro mundo, de custo miserável, é o sonho de consumo das elites que a planejam.
Certamente não será essa a melhor lição para o Brasil, que se ensaia temente ao deus mercado e em seu altar volta a por oferendas.
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