quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Rescaldo

Das eleições e do STF
Caso tomemos o processo eleitoral pelo ângulo das paixões, e estejam elas consideradas sob a metáfora do incêndio e o eleitor como bombeiro, o rescaldo deixa, ou reitera, algumas lições, dentre elas a de que, para definição do voto municipal, quem vai às urnas mais avalia os problemas reais, aqueles que o afetam, que estão diante de si, e menos os problemas nacionais.

Sob esse aspecto, em nível nacional, em pleno processo do denominado mensalão petista, tornado julgamento político do partido pela inoportunidade em que promovido (como o sonhava a oposição e o desejava a mídia que a sustenta e a defende) o resultado do primeiro turno demonstra que a população não deu a mínima para o que diziam os senhores ministros e a repercussão massificada na mídia como pão nosso de cada dia.

Não só o crescimento no número de prefeituras conquistadas pelo PT, que passam de 550 para 628 (avanço de 14,2% até agora), enquanto minguaram percentualmente o PMDB (que caiu de 1093 para 1025), com redução de 6,2% e o PSDB, que sai de 787 para 693 (queda de 11,9%).

Destaque-se para o fenômeno real de queda da participação do DEM/PFL e do PSDB o número de prefeituras conquistadas pelo recém criado PSD, que chegou a 491, o que demonstra ocupar o vazio que vai ficando na esteira daqueles partidos.

Profundamente emblemático, para alimento do raciocínio que encabeça estas considerações, a eleição de Osasco, em São Paulo. Por lá, João Paulo Cunha era o candidato petista, afastado do pleito em decorrência de sua condenação pelo STF. Venceu o PT, com o candidato que substituiu o deputado.

Ao que parece, como rescaldo da Ação Penal 470 no resultado das eleições, mais ficará no imaginário da população não o simbólico que representa o julgamento em curso no STF, mas a máscara e a capa do novo personagem carnavalesco, o ministro Joaquim Barbosa. 


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