Não é unanimidade
No último dia do ano o ministro Joaquim Barbosa esteve no
Renascença Clube, que fica no Andaraí. Para quem não sabe – como não sabíamos –
é um clube para negros e negras associados em torno do compromisso de manter
suas tradições no Rio de Janeiro, valorizando líderes e seus ícones, uma vez
que tem isso como objetivo.
O Clube todo ano elege um Zumbi no Dia da Consciência Negra. Desta vez Joaquim Barbosa. Lá já
foram homenageados Abdias Nascimento, Ruth de Souza, Zezé Motta, Nei Lopes, Candeia,
entre outros.
Joaquim Barbosa foi aplaudido. Mas não lhe faltaram vaias.
Não sabemos – em ambos os casos – se o foi por traduzir em sua trajetória – de negro
e pobre que ascendeu – uma contradição que muitos entenderam elogiável
(aplausos) ou criticável (vaias).
Mas, por qualquer dos fatos, nos vem o expressado pelo
deputado federal Edson Santos – fala aqui observada sob prisma semântico: “Às vezes meus irmãos do movimento
negro me perguntam porque eu não apoio Joaquim, já que ele é um irmão de cor.
Eu respondo citando Cruz e Souza, poeta negro: os negros que seguram o
chicote para bater em outros negros, não são meus irmãos”.
Claro que o deputado pode não ser referência. Afinal,
integra um dos quatro “P” contemporâneos, acrescido aos três anteriores destinados
à cadeia.
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