A divulgação da celebração de um contrato de patrocínio entre o Botafogo de Futebol e Regatas e a Telexfree levantou suspeitas, não bastasse a reação indignada do Ministério Público. Se dúvidas há sobre a plausibilidade do negócio, alta a probabilidade de operação que pode redundar em lavagem de dinheiro.
A Telexfree se encontra com seus bens bloqueados no Brasil sob suspeita de promover pirâmide financeira, que resultou em prejuízo de bilhões de reais a mais de um milhão de brasileiros, já que não há informações sobre os valores que manipula em outros países. A prática é vedada pela legislação pátria.
A suspeita mais se aprofundou pelo fato de o contrato ter sido assinado em Miami, nos Estados Unidos, para onde se deslocou o dirigente botafoguense Sérgio Landau, que se saiu com esta pérola de explicação/justificativa: "Como firmamos a parceria com eles, queríamos conhecer a sede e tudo foi assinado lá. Só por isso. Não há nenhum problema".
Ou seja, precisava Sua Senhoria conhecer a sede da empresa para confiar no que estava prestes a consumar.
Seria bem mais simples conversar com Procon, Ministério Público federal e estadual e uma juíza lá no Acre, que decretou o bloqueio. Bem mais fácil e mais barato.
Temos que com uma desculpa tão esfarrapada a emenda ficou pior do que o soneto. E pode confirmar a existência de mutreta na coisa.
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