sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Inserção

Geopolítica
A inauguração do porto em Mariel, em Cuba, onde aportados recursos oriundos do Brasil, inclusive financiados pelo BNDES, geraram uma histeria em noticiários televisivos. Como anunciam parece que o Brasil doou recursos do povo brasileiro aos cubanos a fundo perdido.

A má fé é tamanha que não entram no cerne da questão: os recursos financiaram empresas brasileiras (gerando empregos no Brasil) que estarão com uma cabeça de ponte no Caribe para ocupar comercialmente aquela região. Isso para não dizer que foram gerados mais de uma centena de milhar de empregos com o porto cubano, em produtos comprados aqui, trabalhados por brasileiros.

O volume financeiro é elevado a cântaros de cornucópia (esvaindo pelo ralo) como se tais recursos resolvessem o problema do Brasil. A esse propósito ninguém pergunta os cerca de 500 milhões dólares da sonegação da Globo – só em 2002 – ou os bilhões de propina (que podem alcançar a cifra de 9 bilhões de dólares) desviados do metrô e trens de São Paulo etc. Há muito Cacciola foi esquecido, apesar de levar 1,5 bilhão de dólares. Ninguém se lembra de patrimônios originados do povo através de empresas estatais doadas/entregues a preço vil pelo neoliberalismo tucano de FHC, como a Vale do Rio Doce, a Telebras, apenas para ilustrar

A sanha dos discursos coléricos busca se amparar em apoiar uma ditadura. Como se não fossem ditaduras a China, Arábia Saudita, Afeganistão etc., todos amigos e parceiros de negócios para os Estados Unidos.

No fundo, no fundo, coisa de colunismo colonialista. Se fossem os Estados Unidos em Cuba tudo bem... Brasil, não!

Para os céticos recomendamos uma entrevista a Heródoto Barbeiro de Thomaz Zannoto, diretor de departamento de relações internacionais e comerciais da FIESP através de http://jornalggn.com.br/noticia/a-importancia-do-porto-de-mariel-para-a-economia-brasileira 

Detalhe: o entrevistado informa que recursos brasileiros para Cuba se iniciaram ainda com Fernando Henrique Cardoso.

É preciso compreender que negócios são negócios. Dinheiro não tem pátria. E que ninguém dá dinheiro a ninguém: empresta. E de Cuba o Brasil tem recebido regularmente as parcelas emprestadas.


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