sábado, 4 de janeiro de 2014

Arauto

Da razão
Escrevemos recentemente sobre o descarte de Fernando Henrique Cardoso no que diz respeito a uma possível candidatura do ministro Joaquim Barbosa a presidente da República (“Barbosa descartado”, na quinta 2). Para FHC Barbosa “não tem traquejo” para o cargo. Não se negue verdade no expressado pelo ex-presidente.

O atual presidente do STF não tem seu nome ventilado por méritos administrativos, muito menos por qualidades políticas, tampouco por propostas que correspondam a muitos dos anseios do país ainda não suficientemente correspondidos.

Atende à sanha de uma parcela da sociedade – a de sempre – que se ampara em qualquer peça que possa ser utilizada no tabuleiro para fazê-la avançar ou retornar a uma posição de controle em seu xadrez. Não àquela eminentemente político-oposicionista; mas a que alimenta em suas entranhas o que há de discurso moralista, reacionário e – por que não dizer – golpista por excelência.

Para ela Joaquim Barbosa é o que de ideal acontece. Especialmente por encarnar a sublimação do vingador.

A razão que se atribui a FHC é a de haver aproveitado a oportunidade – do alto da cátedra de ex-presidente da República – para definir, no âmbito político-eleitoral, o que já disseram em outras vertentes juristas e cientistas políticos.

Sintetiza uma reflexão singular: como candidato a presidente da Nação Joaquim Barbosa não vende nem as máscaras de Carnaval produzidas a partir da sua imagem bufã, não fora começar a ser reconhecido como aberração jurídica presente no STF, da qual foge qualquer político que se apresente lúcido. 

E que não passa de uma caricatura capturada pela mídia. 

Nesse instante, pelo que disse em relação a Joaquim Barbosa, FHC se apresenta como arauto da razão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário