Da razão
Escrevemos recentemente sobre o descarte de Fernando
Henrique Cardoso no que diz respeito a uma possível candidatura do ministro
Joaquim Barbosa a presidente da República (“Barbosa descartado”, na quinta 2).
Para FHC Barbosa “não tem traquejo” para o cargo. Não se negue verdade no
expressado pelo ex-presidente.
O atual presidente do STF não tem seu nome ventilado por
méritos administrativos, muito menos por qualidades políticas, tampouco por
propostas que correspondam a muitos dos anseios do país ainda não
suficientemente correspondidos.
Atende à sanha de uma parcela da sociedade – a de sempre –
que se ampara em qualquer peça que possa ser utilizada no tabuleiro para fazê-la
avançar ou retornar a uma posição de controle em seu xadrez. Não àquela
eminentemente político-oposicionista; mas a que alimenta em suas entranhas o
que há de discurso moralista, reacionário e – por que não dizer – golpista
por excelência.
Para ela Joaquim Barbosa é o que de ideal acontece.
Especialmente por encarnar a sublimação do vingador.
A razão que se atribui a FHC é a de haver aproveitado a
oportunidade – do alto da cátedra de ex-presidente da República – para definir, no âmbito
político-eleitoral, o que já disseram em outras vertentes juristas e cientistas
políticos.
Sintetiza uma reflexão singular: como candidato a presidente
da Nação Joaquim Barbosa não vende nem as máscaras de Carnaval produzidas a
partir da sua imagem bufã, não fora começar a ser reconhecido como aberração
jurídica presente no STF, da qual foge qualquer político que se apresente lúcido.
E que não passa de uma caricatura capturada pela mídia.
Nesse instante, pelo que disse em relação a Joaquim Barbosa, FHC se apresenta como arauto da razão.
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