Descartado
Encantou o país durante pelo menos um ano. Tornou-se
referência no combate à corrupção, assim o entendeu parcela significativa da
população que o aplaudiu a partir da visibilidade dada pela mídia quando
assumiu punir muitos – se não todos os possíveis – ainda que faltassem provas
contra alguns. Para tanto pouco importava a existência de violações à lei ou a princípios
universais do direito.
Na catarse nacional – sempre carente de um Dom Sebastião
redivivo de Alcacequibir –, da qual viveu, vive e (sobre)viverá a classe
dominante, passava a encarnar a esperança de regeneração de uma sociedade que,
através dele, se encontraria escapada do domínio do mal sob o condão de um
legítimo ‘salvador da pátria’.
Fernando Henrique Cardoso jogou a pá de cal nas pretensões
de Joaquim Barbosa – se as tinha, como o demonstrava – de candidatar-se ao
cargo maior da Nação. É dito por Ricardo Chapola, do Estado de São Paulo:
“O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ‘não tem traquejo’ para ocupar a Presidência
da República na hipótese de o ministro decidir se candidatar ao Planalto. Para
FHC, Barbosa não possui as características necessárias para liderar o País e
sugeriu que seria ‘mais positivo’ se ele eventualmente se candidatasse ao
Senado ou à Vice-Presidência.
Ao
senado, sonha o PSDB do Rio de Janeiro; à vice, o PSDB de Aécio Neves.
Barbosa está descartado. Não pelo prazo de validade, mas de
utilidade.
De sua cruzada fica apenas o papel de carrasco.
De sua cruzada fica apenas o papel de carrasco.
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