De vagas
Quatro foram as prisões fechadas por falta de 'clientes', não pelo estado físico das instalações. Certamente muitos acharão um absurdo. Afinal, no instante em que o país padece da falta de vagas para atender à demanda prisional o encerramento de atividades em quatro delas clama pelo absurdo.
Absurdo seria, caro leitor, se caso fosse no Brasil. Trata-se da Suécia - segundo o The Guardian, trazido pela Carta Capital - onde o que parece inusitado aconteceu.
Registraremos outras considerações em postagens futuras. Por enquanto, as principais razões da iniciativa sueca:
1) investimentos na reabilitação de presos, ajudando-os a ser reinseridos na sociedade;
2) penas mais leves para delitos relacionados às drogas e
3) adoção de penas alternativas (como liberdade vigiada) em alguns casos.
Por aqui a política gira em pedir mais punição, mais condenação em regime fechado e gastar com alimentação entre 3 a 4 mil reais mensais por preso, como em Pedrinhas-MA, para matar a fome de empresas ligadas ao marido da governadora Roseana Sarney.
Claro que não estamos na Suécia, onde são fechadas prisões. Aqui é necessário ampliá-las. Afinal, melhor vender refeições para presídios que abrir escolas e educar.
Muito melhor que reduzir vagas em prisões a redução de vagas em escolas de qualidade. Afinal, parte substancial de nosso ensino 'desmotivador' é, em si, uma escola de chamamento ao crime.
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