domingo, 15 de janeiro de 2012

De Rodapés e de Achados - Dia 15 de Janeiro

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
AdylsonQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  
Adylson Machado

                                                                              

Morreu Dr. Clemente, fundador da APAE

A Folha de São Paulo noticiou na segunda 9 a morte de Antônio dos Santos Clemente Filho, aos 91 anos, fundador da APAE nos idos de 1961. Pai de um portador da síndrome de Down, nele encontrou o motivo para desenvolver a instituição que fez espalhar pelo Brasil e pelo mundo.
Dr. Clemente, como era conhecido, deixa um legado e um exemplo de servir, de amor ao próximo. Traduzido na dedicação daqueles que a ela servem Brasil a fora.

Exemplo a ser seguido

Os que combatem as causas da obesidade ficarão alegres e pasmos. Alegres por saberem que a rede McDonald’s deixou um determinado país por causa dos prejuízos, ou seja, das poucas vendas. Pasmos, porque o “determinado” se chama Bolívia. É o que diz o comentarista Sérgio Caldieri na Tribuna da Imprensa on line de terça 10: 
“Após 14 anos de presença no país e apesar de todas as campanhas feitas e por fazer, a cadeia se viu obrigada a fechar os oito restaurantes que mantinha abertos nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra. 
Trata-se do primeiro país latino-americano que ficará sem McDonald’s e o primeiro país no mundo onde a empresa fecha por ter seus números no vermelho por mais de uma década”.

Da terra do McDonald’s

custos da guerraEnquanto milhões passam fome, não por falta de alimentos, mas de dinheiro para adquiri-los, o Tio Sam alimentando sua indústria da guerra, gasta bagatelas para manter-se imperador do mundo. O quadro ao lado, do blogue Palavras Diversas, acessado no Luiz Nassif OnLine, de segunda 9, traduz as despesas com a guerra do Iraque, até maio de 2011, não fora o custo de 4.323 soldados americanos mortos e o desastre moral representado por Abu Ghrab.
São mais de um trilhão de dólares no período

A universidade ocupada

Não deixa de ser chocante a agressão policial sem qualquer motivo aparente, apenas como reação à resposta do estudante que afirma sê-lo por sua “palavra”, contestada pela “autoridade” que não está preparada para abordar e averiguar.
E tudo acontece no campus da USP. Em tempos de ditadura militar a invasão de universidades era escândalo inominável. E isso aí?
O fato lamentável não tem como ser desmentido. Está na rede, em vídeo.



Patético

Não podemos afirmar se o termo se adéqua à administração ilheense ou ao vereador que conseguiu aprovar o Pai Nosso obrigatório na rede municipal de ensino. Na esteira, declarações que transitam entre a incompetência ou, misturando alhos com bugalhos, fazer média com setores religiosos.
Não bastasse a inócua existência de uma Comissão de Constituição e Justiça na casa legislativa ilheense, que não consegue analisar tal tema sob o prisma da constitucionalidade, a ponto de a proposta chegar ao plenário, não fica bem a Procuradoria-Geral do Município, a quem cabe analisar cada lei aprovada, antes da sanção do Prefeito.
Das duas uma: ou a PGM não foi consultada, ou aderiu ao “ficar bem com todos”.
Precisa, quando nada, explicar o que realmente aconteceu, sob pena de deixar os profissionais do direito que lá trabalham sob camisa de onze varas.

Wagner e o Leão

Adiantam que o Governador não ficou satisfeito com declarações de seu secretário João Leão.
Antes de se zangar com o leão, cabe ao governador lembrar como chegou ele (o Leão) ao governo. Afinal arrebanhar por arrebanhar adesões é jogar no escuro.
Para nós, é o que dá mexer com leão sem ser domador.

Xadrez

Ainda que absurda, como observaram alguns amigos sobre o texto “...tudo se espera”, da semana anterior, que aventa o major Serpa como vice de Geraldo/Juçara e Josias Gomes como vice de Jabes Ribeiro, um deles estaria confirmado e outro pode ser substituído por uma indicação sua caso o PP se alie ao PT, o que muito agradaria a GS.
Nesse caso, rifados ficam os companheiros de GS em Ilhéus para a chapa majoritária.

Lavagem

Geraldo Simões e a esposa Juçara Feitosa, ao lado do filho Thiago, participaram da lavagem do Bonfim.
Também Wenceslau Júnior. Todos pedindo proteção para 2012.
Sendo aquele evento o início das “lavagens”, certamente a próxima presença dos itabunenses será na do Beco do Fuxico, no 4 de fevereiro.
Aguardemos os aplausos. Conferir não custa!

“Proteção” chegando

As orações de Geraldo Simões estão sendo atendidas. Ou a caminho de sê-lo. Se o Centro de Convenções não foi o instrumento ideal – apenas serviu para aproximar GS e FG, com a valiosa intermediação de Raimundo Vieira – a rádio Difusora pode tornar-se a “oração” que faltava ao petista.

Rádio

A Difusora está sendo adquirida por Geraldo ou por interposta pessoa a ele vinculada. As tratativas serão consolidadas na próxima segunda-feira, no encontro que ocorrerá entre Geraldo, Fernando, o empresário e, naturalmente, Raimundo Vieira, em Salvador.
Como moeda entram, de um lado, a emissora, o prédio, os estúdios no Jardim do Ó e o terreno onde instalada a antena. Envolve um universo de três milhões de reais. E, o que muito interessa a Fernando, a promessa de intervenção de GS junto ao Judiciário para aliviar um determinado processo criminal que incomoda FG.
Nesse particular FG ficou comovidamente agradecido a GS.

Ele merece

Em recente convescote em Luzimares Raimundo Vieira foi tratado como sultão pelos anfitriões. Apresentado a políticos e amigos da casa, paparicado com canapés e excelente uísque.
Ciceroneado por Juçara.

Para confirmar

Que não tremam os petistas de Itabuna: Fernando Gomes dará apoio à candidatura Geraldo/Juçara. Faz parte do negócio. De forma velada, para não “estragar” a imagem do petista.
Ainda que, ostensivamente, FG esteja “convencido” e orientando Roberto Minas Aço Barbosa, alimentado em dois possíveis argumentos. Que pode “convencer” Roberto a apoiar GS.
Em terras grapiúnas fica confirmada a máxima de que em política não há inimigos, apenas adversários.
Hora de pagar a conta
Espera-se que GS, com a Difusora na mão, não esqueça de Milton Menezes, o polêmico radialista que perdeu espaço no rádio grapiúna por defendê-lo.

Prenunciado

Começam a se confirmar o que já aventado neste espaço, em várias oportunidades: considerando “o tiro ao pombo” (todos contra GS), o PMDB já desarticula a pretensão de Geraldo. Falta oficialmente fazê-lo o PR.
Mantida a candidatura do PCdoB, ainda resta a Geraldo sonhar com PDT...
Já que conquistou Fernando Gomes.

Titica no ventilador

Os blogues Políticos do Sul da Bahia e Pimenta na Muqueca abriram espaço para Aldo Bastos, envolto em avalanche de denúncias, não pelo volume financeiro, mas pela natureza dos fatos: corrupção.
A fala de Aldo mais está para a famosa “emenda pior do que o soneto” quando ameaça processar Antônio Nahud Junior – a la Maluf – para “provar o que falou”.
Enquanto o tema estiver se esvaindo na blogosfera o estrago será menor. Afinal, esquece o dirigente que já andou por Salvador recentemente, justamente para explicar sua “contabilidade”. E que não foi convidado em razão de seus “lindos olhos”.

Respingando em Geraldo/Juçara

Uma ação judicial levará à plena comprovação das denúncias. Até por prova testemunhal, sabe-se que Aldo jogava na lata de lixo documentação desviada. E tem gente que desamassou e guardou o material, com datas bastante coincidentes com certos fatos.
O tema respingará em Geraldo e Juçara, ainda que esta não soubesse – assim queremos crer – que os santinhos e cafés da manhã com artistas, eram fruto do inusitado caixa dois de Aldo, estes promovidos justamente no espaço do Centro de Cultura Adonias Filho.
O que também constitui irregularidade – ocupação de espaço público para fins eleitorais.

Sigilo

Por si só, a promoção de cafés da manhã e santinhos, custeados por Aldo Bastos, já constituem algo muito estranho.
A não ser que as reservas financeiras do rapaz tenham bala na agulha.
Que então libere seu sigilo fiscal e bancário, desde que “ingressado” no CCAF a pedido da mãe de Geraldo.
O que pode ser determinado por um juiz, dentro da ação judicial.

Mostrando serviço

A paranóia que tomou os blogues, sob a égide de comentários, atribuindo a fonte das denúncias contra Aldo até a Miralva Moitinho, beira a irracionalidade. Poucos limitaram-se a pedir apuração.
Parcela considerável fica no campo da paixão.
Muitos não atentam que o fato é grave: tanto a corrupção de Aldo Bastos como a “defesa” de GS. Mas em muitos textos a paixão, para mostrar serviço a GS.
(Não custava pedir “à mãe” que peça a Geraldo).

Geraldo na defesa

A defesa de Aldo, assumida publicamente por GS demonstra não o risco que o político assume em defender o indefensável: corrupção. Mas aprofunda a idéia que tem norteado sua imagem política nos últimos anos: a de que quem fala ou opina contra ele ou contra os seus é inimigo. A defesa pela defesa não é boa virtude para um político.
Mormente quando se tem um tema tão candente e atual como corrupção.
Que, por sinal, alcança o governo Jaques Wagner.

Currículo

É que, não fora Geraldo Simões na parada, como responsável pela indicação de Aldo, ninguém estaria preocupado com o ainda dirigente do CCAF.
Ele, Aldo, por demais conhecido no meio artístico, já construiu currículo. Que Geraldo não conhece.

Assumindo responsabilidade

No entanto a “defesa vazia” sustentada na mediocridade de argumentos como o de que denunciar a corrupção de Aldo é campanha de adversários do PT não só beira a insanidade, como aprofunda a responsabilidade do partido, que luta em Itabuna contra o que afirma ser descalabro e corrupção e os tem como argumentos do discurso que alimentará a sua campanha municipal em 2012.
No entanto, como enfrentará a denúncia contra Aldo se a tem como contra o partido?

Significativo

Muito interessante que Aldo Bastos tenha se tornado este especial “paradigma” petista em Itabuna. Não será estranho para muitos petistas históricos que andam se escondendo para não ter que defender “alianças” e “correligionários” tipicamente espúrios, negação viva da história do PT.
Aldo, em si, apresenta, para atender a coerência contemporânea do PTdoGS, haver trilhado inclusive pelo fernandismo. Coisa menor! Coisa menor!
Afinal, Geraldo Simões não procurou o próprio Fernando Gomes através do embaixador Raimundo Vieira para “defender interesses de Itabuna”?

Aguarde

Na programação 2012 da Rádio Difusora teremos novidades: o programa “Conversa Com Geraldo” e entrevistas semanais com Geraldo (naturalmente), Juçara, Miralva, Marcão, Aldo etc.

Jogando a toalha

Estamos desistindo de ver publicados pelo jornal A Região os nomes de “ex-diretores” do HBLEM, “ex-secretários municipais” e “ex-diretores de fundações” itabunenses. Assim como os dos “empresários” que fazem parte daqueles “25 nomes de Itabuna e Ilhéus” denunciados pela combativa criação de Manuel Leal.

Tom Zé

Citado em alguns setores para assumir o Ministério da Cultura, caso Ana de Holanda integre a relação dos que ajudarão a refazer o Ministério da Presidente Dilma, Tom Zé – irreverente e brilhante – oferece uma criação esteticamente regular, característica, seja-o no plano da articulação melódica (onde mantém sua marca desde os tempos do tropicalismo), seja-o no plano de letras elaboradas (por ele ou por outrem, com as quais sinta-se afinado), como a paradoxal “Tô” (Tom Zé-Elton Medeiros), aqui cantada por Zélia Duncan.


Cantinho do ABC da Noite

cabocoPor todos sabido que Alencar Pereira não atende pessoas que estejam “mais prá lá”. Mas não perde a oportunidade de anedotar a circunstância.
Como naquele dia em que o desconhecido, fala pastosa e embolada, mais para papagaio aprendendo a falar, imaginava que o ABC da Noite fosse apenas mais um boteco.
Cabôco Alencar, depois da tradicional desculpa de que “a batida acabou”, lecionou:
- É o que dá ter comércio na encruzilhada. Toda hora chega um despacho!
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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de "Amendoeiras de outono" e " O ABC do Cabôco", editados pela Via Litterarum

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