A voz corrente para uma corrente
da sociedade: anistia. Para alguns eleitos, naturalmente.
Aprende, ao vivo e em cores, o caro e paciente leitor que não está em pauta a
“anistia”, mas a narrativa que dela se faz para a apropriação de interesses em jogo.
Diversamente de outras anistias concedidas a pretendida tem singularidade muito própria à terra brasilis, o que – muito apropriadamente – nos leva a defini-la como a ‘nova’ jabuticaba brasileira: anistiar quem nem mesmo foi condenado.
E para demonstrar que em
nível de jabuticaba o Brasil é ímpar – e inova sob seara surrealista – também
se busca que nem o poder estatal incumbido de apurar e julgar exerça o que lhe
determina a Constituição.
Como os pretendidos à anistia são
um punhado de coitadinhos poderíamos – aproveitando a narrativa que
ocupa o noticiário – propor estendê-la de forma explícita e nominada aos
deputados que subscrevem o projeto.
Ah! E como há intimidade entre os
interesses também incluir os que estão sob investigação por desvio de dinheiro do
Orçamento Público (parte de 200 bilhões de reais nos últimos quatro anos).
E como corre em meio a pedidos de
anistia a sofrência de intestinos sensíveis sob observação não custa reconhecer
tudo como tempero de um mesmo cardápio que naquele órgão se metaboliza.
Cuidemos, por precaução, de
tamparmos nossas sensíveis narinas, que não podem ser alvo de anistia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário