domingo, 21 de agosto de 2016

Antes que as Olimpíadas terminem

Ninguém divulgou
No correr de uma semana acelerando os Jogos da Rio 2016 um fato passou ao largo, amparado na conveniência em torno de sua omissão.

Quando lançada – com o espalhafato exigido pela mídia e autoridades que deixaram de exercer função para fazer política – a Operação Triplo X vinculava (e condenava antecipadamente) o ex-presidente Lula à condição de partícipe de negócios escabrosos, onde beneficiado seria com um apartamento no edifício Solaris, no Guarujá, que resultaria de favorecimento da OAS.

Não houve desmentido que bastasse, documento que negasse. Os jornais, revistas e noticiários televisivos tinham em mãos a ‘prova’ de que precisavam para manter a execração pública do ex-presidente. 

Faltava a comprovação, a cargo da apuração que faria a Polícia Federal, que tudo realizara com autorização judicial de Sérgio Moro, dentro da Lava Jato, de onde saíam as determinações para busca e apreensão, quebra de sigilo telefônico e de dados, bancário e fiscal.

A devassa tudo buscou. Mormente diante do fato que lhe parecia concreto: Lula beneficiário da corrupção na Petrobras.

Quando por lá apareceu uma tal Mossack – operadora de picaretagens – e a possibilidade concreta de os Marinho (da Globo) envolvidos com um paraíso na costa brasileira em nome dela a coisa arrefeceu na mídia. Mas Lula já estava condenado.

Oito meses depois – no último dia 18 – saiu o relatório da Polícia Federal. Oito são os indiciados.

Inocentados Lula e familiares.

Da imprensa que o condenara nenhuma palavra.

Celebridade
Virou piada não tem jeito, leciona a sabedoria popular. Moro caiu nas graças de José Simão, para quem o juiz da Lava Jato “Contratou Bolt para pegar Lula e Rubinho para pegar a mulher de Cunha”.

E dizem as colunas sociais que Cláudia Cruz nunca deixou de aparecer com Eduardo Cunha em restaurantes. 

Última esperança
Certamente não acreditamos no retorno de Dilma. Nosso pessimista entendimento se ampara num fato singular: parcela considerável dos que votarão no Senado nem mesmo receberam um mísero voto em eleição para tanto, já que suplentes. 

Envergonhados – os poucos que a tenham – votarão para manter privilégios e mais algum para o bolso. São trilhões de doares em jogo. Só no pré-sal.

Só restará a Dilma o STF. O mesmo que nada. 

Um deles
Uma crítica ao indevido uso de estacionamento destinado a idoso nos remeteu a um detalhe: um senador – pelas circunstância de ser suplente – quando candidato distrital recebeu a retumbante votação de SEIS expressivos votos.

Trata-se do distrital Hélio José, hoje no PMDB, depois de passar pelo PSD e ser suplente de Rollemberg (PSB) a figura ficou famosa por afirmar que se indicasse uma melancia seria acatado pelo interino.

Hoje vota abertamente contra o retorno de Dilma. 

Olímpicas
Não pode ser considerado como satisfatório o evento Olimpíadas para o interino. Vaiado na estréia, fugindo do encerramento. Nenhum chefe de estado de magnitude presente.

O sucesso da Rio 2016 foi um fracasso para o interino Temer. (Perdoe-nos o leitor por citá-lo. Mas, palavrão é coisa nossa).

Fugirá o interino de cumprir a missão protocolar de passar ao Japão a “chave’ olímpica que desembocará nos jogos de 2020.


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