domingo, 5 de fevereiro de 2017

Triste sina de ser Brasil


Nada esperar para o futuro de um país onde parcela considerável de sua gente orgasma com a tragédia alheia, avançando não mais em proporção aritmética a inefável conduta. O exemplo do andar de cima chega aos de baixo e tudo segue como se apenas houvesse ocorrido um tropeço passageiro. No entanto, a inexorabilidade contida em tudo reverte contra todos.

Que o diga a apologia aos assassinatos todos cometidos pelos marginalizados não oficiais e oficiais, clamados e aclamados em relação a uns por programas televisivos e radiofônicos – tão deletérios quanto o que noticiam, em espúrio conluio – nocivos à saúde, física e mental, sacrificando as gerações que surgem, que caminham para tornar-se as perdidas que aí estão, onde o ódio e a vingança tornam-se valores . E a não-vida, como valor, elevada aos píncaros da submissão à mesquinhez do que a propagam.

A Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público instaurou Reclamação Disciplinar contra um procurador de Minas Gerais por suas postagens em relação a então moribunda Marisa Letícia. O mínimo dele expelido girou em torno de pedir que sua morte logo acontecesse.

No particular da atitude do Conselho do MPF queremos crer que nada ultrapassará – quando muito – a uma advertência e o ilustre permanecerá expelindo sua bílis nos processos que lhe cheguem, onde provavelmente ‘liquidará’ com os pequenos que não façam parte de seu sonho de consumo social.

Mas nos causa espécie – a razão de abordar tão infame assunto – o fato de que tal está a ocorrer no Brasil do terceiro milênio.

E o fato que motiva este escrever não se passa isolado na figura de um provável (muito provável!) doente mental que ultrapassou o teste psicológico que lhe tenha sido submetido – aquele conhecido psicoteste – depois de ultrapassada a fase de aprovação em avaliação escrita – onde pesa menos os valores desenvolvidos pela humanidade e mais o aprendido em ‘cursinhos preparatórios’ – e ora recebe remuneração às custas da população que paga impostos.

O que vivemos não se esvai em atitudes como a do tal senhor. Presente está em outras tantas. Como a de uma médica que vaza informações da paciente por ela acompanhada (ainda que não devesse por adianta da Ética a sua opção política ou ideológica), assim como naqueles que espoliam o país dizendo defendê-lo no plano dos interesses da nacionalidade, nos que fazem do exercício funcional trampolim midiático, que nunca alcançariam pelos méritos profissionais.

E nem mesmo seja esquecida atitudes como de alguns poucos delegados da Polícia Federal a postarem imagem de uma presidente da República para a prática de tiro ao alvo e besteiras tantas cometidas por outros ‘alguns poucos’ procuradores da República, Promotores de Justiça e mesmo Magistrados que liberam vazamentos nada importantes para um processo mas visando ferir a imagem pessoal das pessoas que pretendem atingir.

Em meio a tantas bandidagens somente a de negros, pobres e espoliados em geral são objeto da sanha por combater – a qualquer preço – as marginalidades todas que se nos acometem.

Muito triste a sina de ser Brasil, abrigando tal estirpe de inumanidade. À espera de sua triste e longa noite.

Jânio de Freitas
Depois de registrar a inutilidade das denominadas ‘delações premiadas’, ápice do que poderia ser considerado incompetência de ministério público e polícias na apuração de provas a partir de documentos apreendidos com ordem judicial, conclui, considerando as condenações morinas, que “como crime, a delação compensa!”:

“O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram agora condenados a oito anos e quatro meses de prisão. Receberam em conta na Suíça US$ 4,5 milhões, pagamento parcial pelo trabalho na campanha de Dilma/Temer. O pagador, Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, deu como origem do dinheiro um desvio no contrato, com a empresa Sete, de construção de plataformas ou sondas para a Petrobras. Participantes também do desvio, no lado da Sete, Edson Vaz Musa e João Carlos de Medeiros Ferraz.

Condenados os três por Sergio Moro. Skornicki a 15 anos e meio, cumpridos assim: entrega US$ 23,8 milhões de desvios vários, não sai de casa até o fim da semana que vem, e depois só ficará lá à noite e nos fins de semana por um ano. Vaz Musa recebeu oito anos e dez meses de prisão, transformados em permanência no doce lar durante os fins de semana por dois anos. E Medeiros Ferraz, condenado a oito anos, teve-os igualados a "serviços comunitários", só.

Quem recebeu o dinheiro, sem participar da trama, é condenado a oito anos e quatro meses. Quem operou o desvio criminoso de um excedente ilegal contra a Petrobras, e com esse dinheiro fez um pagamento também ilegal, esses são premiados: vão para casa e para as ruas.

Assim é a moral e é a justiça da prática de delações premiadas. Com ambas, dizem, o Brasil será outro. Será: quem disser que o crime não compensa fará papel de idiota.” 

De fazer inveja
Não sabemos se o registro de FHC em artigo publicado no Globo traduz ironia ou anedota. Nele afirma que "A venda de empresas a estrangeiros na bacia das almas não é o caminho mais saudável para o futuro".

Também não sabemos o que del diria o Barão de Itararé. Nem mesmo se diria!

Quem não mais tem como escutar são os bancos públicos privatizados, a Vale do Rio Doce, a Telebras, as concessionários de energia elétrica etc. etc. etc.. 

Que foram o caminho saudável para FHC em seu tempo de ‘bacia das almas’.

Por enquanto
O ministro Roberto Barroso concedeu liminar suspendendo os efeitos da 'doação' às teles de patrimônio público superior a R$ 100 bilhões, autorizada pelo Congresso na calada da noite, como sói ocorrer na atuação de gatunos.

Aquela picaretagem está suspensa. Por enquanto.

A que ponto chegamos
Não bastasse o que já afirmou Gonzaga Belluzzo em relação ao juiz Sérgio Moro – um idiot servant – há muito no magistrado que somente pode ser explicado a partir de um divã de psicanálise. Fora disso seria postura de mau caráter em relação a muitas coisas e uma patológica vocação para o exercício do poder.

Ou aquela paradoxal humildade em nível de exibicionismo global (de Globo, mesmo”).

Nosso augusto guardião deu – tanta a ousadia que lhe dão – de emitir opinião – o que acha – de indicação de um Ministro do STF para ocupar uma função.

Tão diminuto se confirma ser, que a sua burlesca postura de imaginar reconhecimento por emitir opinião antiética nos leva imaginar que não está a fazê-lo (opinar) mas a bajular. 

Afinal inferior elogiando superior lá no sertão sertanejo tem outro nome: puxa-saco.

Não insistam!
Essa insistência em colocar Aécio Neves em meio ao turbilhão oriundo das denúncias da Odebrecht cheira (ops!) a coisa de sonhar.

Afinal, como sabemos, contra ele ‘nada vem ao caso’. 

O que queremos  dirão eles  é outra mina. No momento apenas parcialmente explorada/destruída.

Às avessas
Há um novo conceito no mercado: o da popularidade às avessas. Para atender aos ‘invejáveis” índices alcançados pelo interino tornado presidente, simplesmente MT nas delações da Odebrecht.

Afinal, 13% o acham melhor que Lula. 

Falando em empresários
Corruptores estão às levas por aí. É da essência da selvageria capitalista. 

Onde há dinheiro por ganhar há quem o dispute. 

Não dando para todos alguém há de ser preferido e outro preterido.

Para começar
14 mil famílias perderam o imóvel adquirido pelo sistema financeiro... e o dinheiro que já haviam pago por eles. 

Laranja madura
"Na beira da estrada está bichada ou tem marimbondo no pé" – diz o cancioneiro popular nos versos de Ataulfo Alves, imortalizada por Noite Ilustrada.

Deu no Estadão: iniciativa do sistema bancário/financeiro de instalar uma ‘força tarefa’ para salvar empresas/empreiteiras. Uma demonstração da gravidade da situação. 

Não havendo uma saída imediata não tardará a crise chegar de sola nos bancos.

Inadimplência não soa bem nas gerências e diretorias dos bancos. 

Quando é casa própria, toma-se; empreiteira, ajuda-se. Para não explodir tudo.

Pobre explodindo é uma coisa, grande is very important.

Inacreditável!
Sabemos que a política expansionista de Israel sob comando sionista não encontra apoio dos judeus em plenitude com a Torá.

Mas, nunca imaginaríamos o encontro registrado no vídeo abaixo.


Ainda que tomemos como uma encenação haveremos de reconhecer, em dimensão cinematográfica: excelente argumento, excelente diretor e excelentes atores.

                   

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