domingo, 14 de fevereiro de 2016

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Aguardar e conferir
Do Valor, capturado através do Conversa Afiada: “Com a forte queda dos preços do petróleo e os custos ainda altos de exploração e produção, o lucro das principais petrolíferas do mundo foi praticamente a zero no ano passado. O Valor levantou os balanços de Royal Dutch Shell, Exxon Mobil, Chevron, BP, Statoil e Pemex e constatou que o resultado líquido das seis empresas ficou em US$ 1,6 bilhão durante 2015, recuo significativo de 98% perante 2014.”

Há analistas no Brasil – sempre eles – que esperam o balanço da Petrobras com graves perdas.

Podem se surpreender. Afinal, extraindo petróleo do pré-sal a US$ 8 o barril e dispondo de uma rede de distribuição interna a situação da estatal brasileira pode em muito diferir das congêneres estrangeiras.

Redução do lucro certamente ocorrerá, mas não a praticamente zero como com as estrangeiras. É só aguardar para conferir.

O mundo
Hoje permeados pela dengue mais de 150 países. (153, para a presidente Dilma, discursando em evento de combate ao transmissor no Rio de Janeiro).

Mas, para uma deputada tucana de São Paulo (naturalmente) Dilma é culpada pela endemia/epidemia. 

China em frangalhos
A análise de economistas comprometidos com a matriz e dissociada de compreensão em torna da geopolítica põe a redução do PIB chinês como uma hecatombe para o país... e para o mundo. Que somente seria salvo utilizando-se de políticas de exacerbado controle fiscal para assegurar aos emprestadores (mercado financeiro) a confiança em continuar emprestando seu dinheirinho estéril.

Já escrevemos em algum instante neste blog que a China pensa para tempo futuro distante. E devagar vai enganando os trouxas. Não os estadunidenses, que percebem as peças acionadas pela China em seu tabuleiro universal.

Chineses acabam de adquirir o pleno controle da suíça Syngenta, gigante e líder global em defensivos agrícolas, vencendo disputa com a estadunidense Monsanto.

Como diz Rui Daher, na Carta Capital: "Estratégia geopolítica é cada vez mais importante, meus caros, e nós aqui destruindo a Petrobras e o know-how no setor de construção de grandes obras nacionais e internacionais."

Não registra Daher – neste aspecto – a que e a quem servem os que buscam destruir nosso parque tecnológico e a Petrobras em particular. São os que não passam de mente indigente tirada a inteligente (obrigado Stanislaw Ponte Preta) em geopolítica e inteiramente desprovidos de compromisso para com o país.

E que nunca entenderão Fernando Pessoa (Navegar é Preciso):

“Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue   
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir  
para a evolução da humanidade.”  

Economist
Para a revista britânica – em reportagem sobre corrupção no Brasil – “A Justiça brasileira é antiquada e estranha”. O “poder incomum” de juízes como Moro somente ocorre – segundo a revista – “porque a lei brasileira confere esse tipo de poder incomum” a ponto de utilizar desregradamente a detenção pré-julgamento como regra comum quando “a maioria dos países” só a utiliza “como último recurso”.

O que não cabia a Economist relatar é que neste país sem Ministro da Justiça, onde alguns procuradores e delegados da Polícia Federal fazem política partidária escancaradamente, constranger para obter prova não só lhes dá mídia como supera a incompetência técnica em obtê-las pelos meios tradicionais. 

3 bilhões/dia
Não imagina o leitor o que representa a especulação financeira aceita e administrada pelo Banco Central como sustentáculo da ‘credibilidade’ brasileira perante as demais nações.

Ainda que as reservas internacionais estejam próximas de US$ 400 bilhões (o que daria mais de R$ 1 trilhão) de nada representam para o país (povo/nação) quando nos debruçamos sobre os gastos previstos no Orçamento vigente, que estima as obrigações para com a dívida/rolagem e seu serviço em mais de R$ 885 bilhões. 

Quase 3 BILHÕES DE REAIS POR DIA.

Mito caindo
Dentre os aprovados na Unicamp 51,9% são oriundos de escola pública, o que vai destruindo o mito de que só ingressava na universidade quem estudasse em escola particular.

A mudança deve ser tributada ao quesito oportunidade. Antes, o funil do vestibular aliado ao reduzido números vagas; recentemente, aumento de vagas (criadas dezenas de universidades federais) e o ENEM como instrumento de acesso.

Da sede ao pote...
Os sonegadores de sempre se imaginam inalcançáveis. Estão aí aqueles envolvidos na Operação Zelotes que deles se esqueceu para correr atrás de Lula.

Especialistas em picaretagens seus personagens ficam a imaginar que nenhum respingo lhes caia às costas. (Até porque – caso caia – não lhes falta proteção em todos os escalões).

No entanto, em tempos de internet e de blogs futucando tudo as coisas não ficam tão fáceis assim.

É o que acaba de ocorrer com a descoberta dos donos da empresa onde os Marinho da rede Globo foram buscar apoio para a construção de um triplex em Paraty.

E descobrem que a empresa está envolvida na Lava Jato, como escancara Helena Sthephanowitc no RBA

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...ao tiro no pé
Muitos dos que acusam Lula/PT/Dilma de escândalos estão até às fuças envolvidos neles.

O detalhe é que de acusadores podem tornar-se acusados. Não que se diga que algo vá ocorrer com a família Marinho do sistema Globo. (Quem há de ser louco de imaginar que um juiz como Sérgio Moro, premiado pelo sistema administrado pelos Marinho vá punir quem  o reconhece em sua vaidade? Afinal, a sua Lava Jato tem por exclusivo objetivo fazer política em favor da oposição capitaneada pelo PSDB. No mais, se a empresa envolvida no triplex dos Marinho é investigada na Lava Jato é típico daquele não vem ao caso).

Mas estão caindo na boca do povo. Helena desmontou a rede.

Difícil é a Procuradoria-Geral da República investigar o que ocorre e por que ocorre.

Enquanto isso...
Correm os ‘senhores’ para fazer Justiça. ‘Senhores’ aqui são a elite oligárquico-patrimonialista deste país, de priscas eras. Lula precisa ser alcançado – assim pensam e exigem. A seu serviço alguns integrantes de variados órgãos estatais (PGR, MPF, PF, Judiciário).

Enquanto isso, nem a determinação judicial (abaixo) foi cumprida, desencavada por Fernando Brito no Tijolaço. Naturalmente por interessar aos Marinho, beneficiados pela omissão judicial iniciada e não materializada.

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A propósito
Mais uma declaração de Martina Silva – na condição de defensora do Meio Ambiente – é aguardada com ansiedade: sobre a construção do triplex da família Marinho (da Globo) em Paraty, invadindo área primária de Mata Atlântica, onde terceiro não podem entrar, porque a praia, de uso comum, está isolada para atender aos 'proprietários'.

A outra declaração esperada: sobre o desastre ambiental de Mariana.

Ligações perigosas
Assim registra o GGN, referindo-se a possíveis(?) relações entre Paulo Roberto Costa e os Marinho, declarando aquele que havia constituído uma consultoria (A Costa Global) “que teria como missão fazer o "casamento" de investidores com donos de projetos. Entre eles, estaria a venda do terreno da família Marinho, onde está a mansão.” 

Enquanto isso vamos curtir o bom gosto e a vida no paraíso, com os Marinho!

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Letrados
Diante de certas declarações assumidas por alguns Procuradores da República há quem os reconheça aprovados pelo glorioso fato de terem sido ‘decoradores de apostila’. Até o concurso, naturalmente. 

Faz sentido. Afinal, não precisam ser avaliados – e não o são – em Geopolítica, Economia Política, História, Geografia, Sociologia.

Disso ninguém lembra!
A lista do HSBC anda esquecida. Talvez venha a ser lembrada a partir das informações obtidas recentemente pela CPI do HSBC. 

Garimpando o Swissleak, traz o 247  "Família Steinbruch, capitaneada pelo empresário Benjamin, aparece com a maior fortuna brasileira no HSBC e, provavelmente, uma das maiores do mundo: nada menos que US$ 543 milhões; dono do grupo Vicunha, que enfrentava dificuldades no setor têxtil, Benjamin deslanchou depois de contratar, ainda em 1995, o filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Paulo Henrique, como assessor especial; na era das privatizações, Benjamin comprou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Light e até a Vale, sempre com apoio do BNDES ou dos fundos de pensão estatais; em nota, a família Steinbruch afirmou que não irá comentar 'vazamentos ilegais'".

Steinbruch não deixa de ter razões para não comentar a matéria. Primeiro, porque é preciso respeitar a sua privacidade (o que inclui o patrimônio); segundo, porque será difícil entender – que do início dos anos 90 – o seu Grupo Vicunha tenha gerado recursos para encampar participação em três privatizações (CSN, Vale e Light).

E – mais difícil – a razão por que tudo foi conseguido depois que contratou o filho de FHC para assessorá-lo.


Próxima etapa
Pelo andar da carruagem – e a insistência em prender Lula – e à falta de ‘denúncias’ consistentes é possível que passemos à fase crucial de colheita de provas contra o ex-presidente utilizando-se de métodos conhecidos... pela Inquisição. 

se disser que foi o lula
                                                                       Ilustração de Cynara Menezes
Nem peticionando
Os fatos contidos na petição (clique) de João Santana ao juiz Sérgio Moro – não fora escancarar o abuso de autoridade, de poder e quejandos – nos deixa a contemplar uma outra vertente: e a OAB?

Risível aqui...
Não há como imaginar como terminará a coisa. Citamos ‘coisa’ porque os fatos não mais se apresentam como tais, reconhecíveis e palpáveis, identificáveis em sua dimensão e personalidade. Trata-se da postura do Ministério Público Federal (os estaduais são outra história) – onde a Procuradoria-Geral da República cumpre destaque, na pessoa de seu representante Rodrigo Janot – diante das denúncias – reiteradas em delações premiadas – envolvendo o senador Aécio Neves em escândalos vários, como o de Furnas (onde detinha um terço da propina).

A ‘coisa’ deu de beirar a galhofa. 

Para uns ‘mineiro não é só solidário no câncer’ – como salpica Nelson Rodrigues em relação ao que teria ouvido de Otto Lara Rezende (posto em “Bonitinha Mas Ordinária” – ou de que o tucano mineiro – não bastasse a solidariedade – não correria nenhum risco pelo simples fato de ser tucano. Ou mesmo de que Janot brinca de esconde-esconde com Aécio.

O que deixa a entender é que a atuação político-partidária do juiz Sérgio Moro – até que cobre apuração em relação a um tucano ilustre (e não lhe faltam citados em sua Vara) – contamina ou simplesmente repercute a vontade de parcela do MP.

...risível acolá
A Polícia Federal e investigadores vários (incluindo ávidos procuradores) também transitam na esteira da galhofa. 

Correm – também – atrás de Lula, mas não conseguem descobrir dono de meia tonelada de cocaína, ainda que encontrada em helicóptero com proprietário conhecido. 

Sem falar naquele avião de Eduardo Campos, ainda sem dono. 

Cansando
A insistência em pegar Lula leva o cidadão comum – ainda que não goste do ex-presidente – a vê-lo como um perseguido. Já não há mais como esconder a intenção.

Para todos os que sabemos que corrupção no Brasil é endêmica a busca por incriminar petistas – e agora Lula especialmente – leva à desmoralização de ações que poderiam contribuir – em muito – caso não buscassem o vedetismo para corresponder a interesses político-partidários-eleitorais - para realmente reduzir a bandidagem de colarinho branco.

Não à toa a turma está cansando de só ouvir falar em PT-Dilma-Lula. 

Pesquisa da Vox Populi afirma que a Lava Jata não mais detém aqueles 67% de aprovação. Ora começa a patinar no percentual que a sustentará sempre: 26%, o mesmo que ampara a votação da atual oposição.

A descoberto
A análise de Luiz Nassif em O xadrez da Lava Jato e a incógnita Janot – afastados os senões que sobre ela venham a ser postos – deixa ao Procurador-Geral da República Rodrigo Janot a responsabilidade por conter o desvario que acomete figuras a ele subordinadas, o que alcançaria – por tabela – Polícia Federal e alguns juízes.

Toda a análise não disfarça a flagrante atuação político-partidária das peças citadas. Inclusive o próprio Janot em relação ao senador Aécio Neves.

Dispensando Freud
Antes imaginava-se que este criminoso comportamento do então ministro Joaquim Barbosa, no STF, se devia ao fato de que havia apenas uma relação espúria entre ele e o global Luciano Huck. 

O famoso inquérito 2474 – que inocentaria todos os acusados na Ação Penal 470, o denominado mensalão petista, do crime de corrupção, por ausência de dinheiro público – e prova que o tal ‘mensalão petista’, que não passava de Caixa 2 – ficou escondido, retido por Barbosa, como escancara Miguel do Rosário no Cafezinho (Barbosa escondeu laudo por filho) para que o nome de seu rebento não viesse à tona. 

A verdade nele contida não atendia ao seu compromisso de estampar corrupção. Não havia prova contra ela. O inquérito, da Polícia Federal, instaurado a pedido dele Joaquim, o confirmava.

O laudo demonstrava que o dinheiro da Visanet não era dinheiro público. E, mais que isso: da quase totalidade foram comprovados os gastos para o fim a que se propunha a Visanet (divulgação, patrocínio, propaganda etc.), inclusive parcela considerável para a rede Globo (fato confirmado por um seu diretor a uma CPI no Congresso) e autorizados ao tempo de FHC.

Mas a sanha de Joaquim Barbosa – por razões que só Freud explica – escondeu o inquérito.

Freud  do Além  se dispensou, declarando que o fato 'é caso de polícia, não de psicanalista'.

Seriedade
O alerta do secretário Paulo Bicalho, da Saúde, de que há risco concreto de 50% da população contaminada por dengue, zika ou chinkungunya até abril reflete a seriedade como administra a pasta.

Por sua vez  em leitura simples  a situação é grave.

Por outro lado, a população não pode se dar ao luxo de apenas esperar solução do Poder Público, quando o 'poder' de evitar criadouros é de cada proprietário ou residente no imóvel.

Batido o martelo
Em nível petista para Itabuna o nome de Geraldo Simões assumiu a pré-candidatura, como definido pelo Diretório Estadual do Partido aqui


Onde há fumaça...
Falam  à boca pequena  que um pré-candidato a prefeito será rifado. A sua negativa confirma o fato explorado.

A outra negativa  de admitir lutar por uma vaga de vereador  sinaliza para efetivação da campanha mais cara para assumir cadeira no Plenário Raymundo Lima.


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