domingo, 16 de setembro de 2018

Além da queda, muitos coices!


Valha-nos Deus!
De nossa parte consideramos como publicidade enganosa. Mas Jardim, no Globo, diz que o ex-ministro José Eduardo Cardoso admite (havendo convite) voltar ao Ministério da Justiça no caso de vitória de Fernando Haddad.

Valha-nos Deus! Porque Dilma sabe (ou deve ter aprendido) o erro que cometeu nomeando o ilustre e aquele outro não menos, o Aloísio Mercadante.

Não bastasse o que vivemos em razão da incompetência daquele ilustre autoconvidado e de uma crise sem precedentes por causa disso instalada, a pretensão nos deixa naquela de 'além da queda, coice!'

Ousadia
O juiz Sérgio Moro continua a imaginar-se o ‘juiz’ do Brasil, acima de tudo e de todos, inclusive do STF. Suas declarações criticando decisão do atual presidente do STF, Dias Tófolli, bem demonstra sua limitada condição de respeitador da lei. Não admite ser contestado. Ou melhor, se põe como vítima ao julgar-se ‘contestado’.

O STF definiu entendimento/interpretação (com força vinculante) de que recursos obtidos ilegalmente para corresponder a despesas de campanha eleitoral através de caixa 2 são crimes de competência da Justiça Eleitoral. Óbvio que por envolverem campanhas eleitorais.

Assim não vê ‘são’ Moro. Que se acha competente para tudo. E, no caso concreto, faz como Joaquim Barbosa no ‘mensalão’: confunde caixa 2 (que é crime eleitoral!) com corrupção.

Arrasador
Em recente artigo publicado na Carta Capital Marcos Coimbra desencavou a fonte ideológica de parcela considerável da magistratura, ora capitaneada pelo ministro Barroso. 

Primeiro, o articulista trouxe ao instante o escrito por ‘sua excelência’ (com minúscula, mesmo, revisor!) onde responsabiliza o ‘sistema representativo’ pátrio pelas mazelas por que passamos. Na segunda frente, Coimbra disseca uma base ideológica, que vê no povo a insignificância do que representa diante de castas: Oliveira Vianna, que afirmou que “Os 200 milhões de indus não valem o pequeno punhado de ingleses que os dominam”.

Essa vocação atávica no mundo jurídico pátrio, desde os idos em que Coimbra era o máximo e fazia salivar a oligarquia colonio-imperial, nunca deixou de traduzir subserviência colonialista. Vide Rui Barbosa, e seu libelo contra a primeira dama Dana de Teffé por haver aberto as portas do Catete para o maxixe “Corta Jaca”, de Chiquinha Gonzaga. O ilustre baiano considerou uma afronta dispensar Richard Wagner em favor de manifestação músico-cultural desta terra brasilis.

Naturalmente porque manifestação do povo. Que não deveria nem mesmo eleger, conforme ilustrados pensadores. 

Fenômeno político-eleitoral
Estamos vivenciando uma singular e inaudita situação pré-eleitoral: um candidato vetado pelo sistema continua candidato no imaginário do eleitor e – ainda que ‘morto/assassinado’ – assombra o sistema.

Em análise anterior registramos a possibilidade de Lula/Haddad e Ciro Gomes passarem ao segundo turno. Ainda que plausível a hipótese de PT e Alckmin ou Bolsonaro estarem na disputa.

Naquela oportunidade aventamos a possibilidade de crescimento de Ciro no curso dos debates e programa eleitoral como alavanca para alcançar 15% a 20%. Tal ainda não ocorre, pois também vítima do boicote do sistema.

Talvez nesse particular possa ser compreendida a postura de Lula de não apoiar/concentrar em Ciro sua transferência de votos, uma vez que não teria (ele, Ciro), junto ao imaginário, a força que ele (Lula) tem para enfrentar o sistema e seria tragado como ora o é.

Para melhor entender: a transferência de votos melhor se concentra em cadidatura do PT, o partido com maior número de simpatizantes no país. Diferentemente do PDT, que não tem um Lula, tampouco tantos simpatizantes.

Brucutus
Nada temos a dizer sobre o ‘jornalismo’ da Globo. Melhor ler o que dizem os outros, repercutidos no Conversa Afiada.

Mas, profundamente animalesco, primitivo, mesquinho o que faz uma bancada de interrogadores a serviço da pequenez do comando empresarial midiático onde – ainda que entrevistando candidatos ao mais alto cargo da nação e em em jogo o próprio futuro do país – limite-se a nada perguntar sobre o projeto dos pretendentes ao Palácio do Planalto.

Para eles isso é informação. E o é: de ódio e pobreza mental. 

Afinal, a desinformação por eles alimentada faz o eleitor odiar quem eles queiram que sejam odiados.


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