domingo, 17 de fevereiro de 2019

Quão perdidos!


Quão perdidos estamos. Basta ver. E perceber no que vemos o pouco que enxergamos. 

A civilização contemporânea avançou muito nos últimos séculos e multiplicou-se nas décadas mais recentes. Alcançamos a possibilidade de quase autêntico tele transporte, tanto que já nos vemos e nos sentimos ao vivo conversando com quem queiramos. 

Desde que disponhamos dos meios para tanto.

Eis a questão: desde que disponhamos dos meios para tanto.

A presente reflexão gira em torno de um fato concreto: por razões técnico-tecnológicas não tivemos como postar nossa coluna no domingo passado. Computador com problemas, levado à assistência técnica.

Os que nos tornamos responsáveis por aquilo/aqueles que cativamos, de pés e mãos amarradas, sabíamos da procura do texto pelos fieis leitores (o que confirmamos quando do retorno), sem que nada pudéssemos fazer.

E, em tempos apocalípticos, nos vimos diante do inexorável, quando cessarem as transmissões que dependem de satélites, das quais dependemos nós e esta humanidade tecnologizada (a tribal não o perceberá, a não ser indiretamente).

Sejam por fatos alheios ou, o mais terrível, por conveniência de quem os controla.

E aqui tratamos do tema de forma purista, humanista, republicana. 

Porque sobre a manipulação dos avanços tecnológicos, usados ao sabor de interesses, já estamos nos acostumando.

E há quem ache normal.

Os pontos se unem
Registramos neste espaço (Também têm seu pirão, onde disponibilizado o link da Pública) um fato pouco aventado pela mídia, que tanto traça paralelos entre a crise fiscal do país com custo de remuneração dos  servidores públicos e de aposentados. Ali estava o percebido por alguns escalões militares, inclusive ganhos em dólar.

Intriga a muitos o fato de o militar ser – ou dever ser – nacionalista por excelência e convicção vir a apoiar um golpe de estado e alimentar as políticas de entrega do patrimônio e dos segredos que asseguram(riam) a soberania do país face ao mundo (pré-sal, Amazônia, nióbio, urânio, processamento de urânio,  submarino nuclear, indústria bélica, incluindo a aeronáutica/Embraer etc. etc.).

Documento veiculado pelo Sul21 escancara as razões por que tal está acontecendo: a aliança das Forças Armadas brasileiras com os Estados Unidos.

No fim, uma minoria de integrantes das Forças Armadas será a grande beneficiada de tudo. Como aquela insignificante parcela da classe dominante encastelada nos quartéis da sociedade civil.

Quando se materializar o conflito e vidas tenham de ser sacrificadas certamente não será a de comandantes militares e sim a de soldados, fuzileiros e marinheiros. 

Naturalmente filhos dos desvalidos, porque de políticos, de magistrados, de procuradores, de generais, almirantes e brigadeiros não o serão.   

De quem receberá as ordens
A gravidade dos fatos nem de longe está sendo discutida nas instâncias institucionais às quais cabe. 

Mas, o Brasil e as Forças Armadas brasileiras (a reboque) podem deflagrar uma ofensiva militar à Venezuela recebendo ordem dos Estados Unidos.

A mais atual força de ocupação para derrubar um governo eleito.

Em Santo Domingo, em 1965, foi assim.

E assim estamos: ou os Estados Unidos ordenam (e se desmoraliza nosso país) ou (hipótese impossível) o governo brasileiro o faria (e assumiria uma violação à política externa e às próprias leis que a regem). 

Mas, quem dará efetivamente a ordem?

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