domingo, 14 de julho de 2019

De Herodes Antipas e de procuradores


Outra cabeça
Por demais conhecida a passagem do Novo Testamento (Mateus e Marcos) que trata das ambições e caprichos humanos no capítulo Herodes Antipas versus João Batista, ao sabor dos desejos de Herodíades manipulando Salomé.

Rolou a cabeça de João Batista, servida em bandeja.

Tempos atuais outras ambições e caprichos, métodos diversos, final semelhante. 

Afinal, uma ‘outra’ cabeça na bandeja atende a outro tipo de ambição.

Em meio a tudo, a indagação que nunca calará: como interesses de um punhado de indivíduos se sobrepõem ao de milhões de cidadãos que os custeia?

É que – não custa analisar – a paixão desmedida peca menos que a ambição criminosa.

Especialmente quando se ganha dinheiro com o indecoroso que pratiquemos e mesmo busquemos uma “fundação” para garantir a patranha proibida por lei.

Lecionando
Nesta terra onde tristes figuras ocupam o espaço antes destinado aos que se fizeram destinatários – de uma forma ou de outra – as regras vão-se atropelando para garantir espaços à mediocridade.

Depois do encanto com o aumento de exportações com abacates destinados à Argentina (dizem as más línguas que toneladas imensuráveis em três caminhões), de ser anunciado o novo eldorado para a economia com a sugestão de exportação de bijuterias de nióbio passamos a mostrar ao mundo que não temos limites.

Eis que surge no horizonte próximo um mercado diplomático dispensando a tradição (carreira no Itamaraty ou representação intelectual respeitada por serviços à nação, como ocorre no caso de embaixadas ocupadas por ex-presidentes ou ex-ministros, intelectuais etc.).

No nosso et coetera (etc.) abre-se espaço para simples experiência em alguma coisa referente a algum país como fundamento de indicação.

Assim, “fritar hambúrguer” nos Estados Unidos habilita a quem o fez pretender a embaixada nos domínios de Trump.

Aproveitando a deixa há quem sugira a da Itália para quem goste de pizza, a da Alemanha para quem assistiu aquele 7x1, a da França para quem tenha foto na Torre Eiffel etc.

Como há em tudo um cheiro de ironia sádica não custa lembrarmos da inesquecível criação de Péricles como o grande mestre a lecionar para estes tempos.

MEC-USAID
A indecência embutida no Tratado MEC-USAID (no imediato do golpe de 1964, sinalizando a privatização da universidade pública de então) volta ao cenário.

Na época estávamos nas ruas do Centro Histórico, em Salvador, gritando contra. 

Os estudantes e professores vencemos a batalha

PHA
Paulo Henrique Amorim nos deixa. 

Órfãos ficamos de um texto limpo e objetivo. Sua passagem pela televisão marcou era. 

Assim como o papel pioneiro na rede com o seu Conversa Afiada.

O Brasil ficando menor a cada dia.  

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