Semana que finda. Mais uma a demonstrar um
coacho teimoso. A cantida de sapo — porque repetida
— dispensada de avaliações profundas
sobre este imediato que muito representa para o futuro do país. Ainda não
amparada na imprescindível toada por buscar outras vertentes de discussão para
o país longe do mesmismo nosso de cada dia, de cada semana.
No frigir dos ovos um viés permanece na
cartilha que lemos. Na da oposição soletra-se ‘genocida’, ‘fora’, ‘impeachment’,
‘CPI da Pandemia’, ‘prevaricação’; na da situação ‘perseguição’, ‘STF’, ‘endurecer’.
Não vemos — de concreto
— qualquer coisa que se nos afirme o país
trilhando na estrada da esperança, de dias melhores, não fosse através do noticiário
que apoia ou se acautela, que exalta ou ataca.
Lemos que o ‘lulismo’ se consolida. Afirma-o
André Singer, no 247, que sobre o fenômeno editou pela Companhia as Letras, em 2018, “O
Lulismo em crise: Um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016)”.
Independente do fato de que tal efetivamente
ocorre e que há elementos que, através dele, sonhos possam ser materializados,
vemos matizes de outro instante histórico com igual densidade: o getulismo.
Um e outro demonstram ao analista o grau em
que se encontra o instante político nacional: ser contra ou a favor de Getúlio (antes)
ou de Lula (hoje).
Não bastasse, os elementos sob o prisma geopolítico,
que até pouco tempo pareciam página virada da história, fazem-se presentes de
forma escancarada — sem o
mínimo pudor — com gente
de segundo escalão dos Estados Unidos sendo recebida pelo governo atual como
expressão de importância ímpar, quando apenas agente voltado para aprofundar a
desagregação interna como forma de garantir ao seu país maior parcela no pirão alheio,
já que tradicional ‘elaborador’ de golpes institucionais, implantação de
ditaduras etc. etc..
Parcela da sociedade indo às ruas: uns, para
apoiar o governo; outros, para cobrar seu afastamento.
Por seu lado o governo mais uma vez fere
postulados fiscais e pretende desconhecer parecer contrário à sua pretensão de anunciar
edição de Medida Provisória para atender aquela parcela da sociedade a ele
vinculada e que pode assegurar apoio a um golpe: nada mais nada menos que a
instituição de um programa de crédito imobiliário (Habite Seguro) na ordem de
100 milhões de reais para agentes de segurança (247) para financiar, através da
Caixa Econômica, imóveis de até 300 mil reais.
Em meio à crise no abastecimento de energia
que se anuncia e elevação do custo da continha nossa de cada mês, de déficits
engordando as contas governamentais, volta ao dia o fato de que aquele
percentual (1,16%) de militares inativos e pensionistas que representam 15,4%
do rombo (UOL) assegura pensões que superam dezenas de milhares de reais a filhas de
militares, uma delas chegando a receber 117 mil em um mês, segundo dados
disponibilizados pela Controladoria Geral a República e veiculados pelo Brasil 247.
Acolá pipoca denúncia de corrupção no governo
de quem dizia combatê-la até a alma
Os mesmos novos velhos tempos.
E para não desmentir que os novos repetem os
velhos tempos aí está a ‘conselheira’ CIA, recebida e aplaudida pelo inquilino
do Alvorada.
Gostaríamos de ver escutada a cientista
política Daniela Mussi em torno de um tema tão caro à atualidade: educação
popular. Talvez muitos repensassem o que andam escrevendo/defendendo nas redes.
E abandonassem — em defesa
efetiva do país — essa guerra
insana entre o Bem e o Mal.
Então sairíamos dos novos velhos tempos.
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