domingo, 25 de outubro de 2015

Destaques

DE RODAPÉS E DE ACHADOS
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Supremacia
Em nível de guerra convencional  afirmam especialistas – a Rússia superou os Estados Unidos. Desenvolveu um sistema de interceptação de comunicações  o Khibiny (L175V)  que deixou atônita a OTAN e, naturalmente, o próprio Tio Sam. O que pode ser confirmado desde o incidente do US Donald Cook, em 2014, e na recente intervenção na Síria. É o que registra Thierry Meyssan no Red Voltaire, ora disponibilizado por Ricardo Cavalcanti-Schiel em tradução

Simplesmente o sistema de interferência russo deixou surdos e cegos as forças e aparatos bélicos da OTAN, o que inclui também os radares (todos cegos).

Não bastasse, os sistema russo de mísseis de cruzeiro 3M-14T (tipo os Tomawauk americanos) teve acerto de 100%, voando entre 50 e 100 metros do solo para atingir alvos a 1.500 quilômetros de distância, que invalida o famoso escudo da OTAN que deu origem à expressão ‘guerra nas estrelas’.

No atual estágio os EUA estão com as calças na mão, em caso de uma guerra convencional.

Ótima oportunidade para as partes sentarem à mesa em defesa da paz mundial, incluindo no cardápio a reformulação do Conselho de Segurança da ONU e uma nova Conferência de Yalta para a redivisão geopolítica do planeta.

Nossa utopia é que tal se desse desenvolvendo um grande pacto em que a cooperação internacional fosse a razão de uma nova geopolítica. Tendo como ponto central reduzir as desigualdades e extinguir a fome no planeta.

Paranoia ou conspiração, que seja!
Mas não custa duvidar, mesmo que não se venha a admitir ou a acreditar. O que Paulo Henrique Amorim (clique) especula em texto se fosse dito nos imediatos antecedentes do pretérito 1964 seria descrito como fantasia. Mas – detalhe – aconteceu. E ninguém brinque com interesses de potências no que diz respeito à geopolítica. E petróleo é o móvel da geopolítica contemporânea.

Destacamos do que está dito por PHA:

“A Presidenta Dilma Rousseff recebeu uma análise minuciosa, que associa os americanos à fúria vingadora do Moro.

Os agentes da inteligência russa que fizeram a análise encontraram o portador adequado para depositá-la na mesa presidencial.

A Lava Jato tem o objetivo central de prender o Lula.
...
Bumlai se tornou o “batom na cueca” do Lula – segundo os moristas pendurados no PiG.

Mas, a Lava Jato, segundo a análise russa, vai além da cana do Lula.

A Lava Jato é um instrumento para desmontar a Petrobras.

E destruir o campo político que mantém a Petrobras sob o controle do povo brasileiro!”

Também disponibilizamos a entrevista de André Araújo ao Desenvolvimentistas 

Quando a Lava Jato atenta contra o Estado brasileiro e sua soberania 


Neste espaço temos afirmado – como o fazemos em conversas com amigos – que o que está por trás de toda a crise política ora gerada no Brasil é o pré-sal. O controle do pré-sal. Envolver a Petrobras por falcatrua deste ou daquele que a vem mutilando desde tempos idos (de Sigeaki Ueki, passando por Joel Rennó...) não justifica destruí-la.

Mais que isso: a destruição passa, necessariamente, por quem a defenda ou políticas que a fortaleçam.

São trilhões de dólares em jogo. O que valem as reservas do pré-sal.
O século XXI no Brasil não se distingue dos anos 50 e 60 do século XX quando em disputa áreas para corresponder aos interesses de potências hegemônicas.

Nem o método difere.

Perigo à vista
Declarações de militares enquanto no exercício da função deveriam limitar-se à sua dimensão institucional. Nunca política. Quando militar envereda por emitir opinião política está a serviço de alguma coisa nada producente às instituições democráticas.

É que para ver seus interesses pessoais e corporativos atendidos não falta na chamada sociedade civil quem legitime futuras noites escuras e tenebrosas.

Lição chilena
Caso a televisão brasileira seguisse o exemplo é bem possível que os casos de pedido de volta da ditadura se reduzissem.

Por lá a TV chilena exuma suas imagens e expõe mentiras e farsas pró-Pinochet como divulga Mário Magalhães em seu blog

Memória
Ontem completaram-se 40 anos da prisão e hoje do assassinato de Vladimir Herzog nos porões do DOI-CODI paulista.



Ele sabia I
FHC confessa que sabia. Afinal, não há como negar a confissão por ele posta em livro de que tinha conhecimento de que a Petrobras era um ‘escândalo’ em seu tempo (dele). E, o mais grave: de que não tomou qualquer iniciativa para coibi-la.

Não nos esqueçamos que o guru do entreguismo nacional não se bastou em entregar a Petrobras; dispensou-a da licitação obrigatória através do Decreto 2745, abrindo caminho para o aprofundamento dos ‘escândalos’.

Para quem arrotava que as apurações em torno da Petrobras – no viés da Lava Jato – deveriam alcançar os “altos hierarcas”, para insinuar responsabilidades de Lula e Dilma a confissão deixa claro a seguinte interpretação: considerando que praticou o crime de prevaricação (não fora o de responsabilidade) ao insinuar a responsabilidade alheia fê-lo (obrigado, Jânio) porque sabia que em relação a si mesmo estava prescrito o crime.

Resta-lhe, no entanto, com sua moral de ocasião, a imoralidade e a hipocrisia de quem tem a cara de pau para jogar pedra no telhado alheio quando de vidro é o seu.

Ele sabia II
Não faltará quem o veja – ele sempre encontra quem o explique até no inexplicável – como quem presta serviço à pátria. O (des)serviço posto em sua confissão  de que a Petrobras era um “escândalo” em seu tempo  já no primeiro mandato – não passa de exercício de uma ‘verdade’ que não podia esconder. Ou falava ou ficava como omisso.

O fato de que Joel Rennó era um escroque está às claras na denúncia de Paulo Francis – que o levou ao enfarte assim que processado nos EUA e não tinha como comprovar o que dissera (em 2005 Rennó foi condenado a devolver quantia superior a 47 milhões) – e escancarada está não só nos arquivos do programa Manhattan Connection (idos de outubro/novembro de 1996) como no documentário “Caro Francis” (2010), de Nelson Hoineff (disponível no Youtube), que trata sobre sua vida onde – sem pejo algum  há depoimentos de José Serra e do próprio FHC reconhecendo ciência dos fatos denunciados por Francis, posto aqui em um de seus trechos.



Outra de Haddad
Redução de impostos em defesa da sustentabilidade urbana. Isso o que pretende o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, ao sinalizar com a redução do IPTU para quem dê destino de sustentabilidade a prédios e moradias no espaço paulistano.

Para tanto, basta haver certificação da existência de reúso de água, uso de energia solar, tratamento de resíduos sólidos e cobertura de teto com vegetação.

O prefeito de São Paulo que anda pagando por inovar (agora mesmo o Ministério Público paulista está multando a Prefeitura porque está utilizando - aos domingos -  a Avenida Paulista para gente e não só para carros) corre o risco de se ver obstado por querer mais vida sadia para a população.

Entre a seca de Geraldo Alckmin e as inovações de Haddad há quem prefira – sem perguntar ao povo paulistano o que acha – o primeiro. 

A razão reside no fato de que Haddad é do PT e Alckmin, do 'inatacável' PSDB.


Cenário decepcionante
Não se trata do Brasil especificamente, como gostariam muitos ‘brasileiros’ de nascimento e estadunidenses de coração e alma.

O ‘decepcionante cenário’ é o da economia mundial, como observa Paul Krugman em entrevista a Folha de São Paulo. (clique)

Não está lá
O ministro Teori Zavaski negou acesso ao filho de Lula à delação premiada de Fernando Baiano fundado num fato elementar: Lulinha não era citado na delação. 

O advogado do filho de Lula conseguiu – naturalmente onde deveria conseguir, porque por lá vazamento é da natureza escorpiônica dos processos que ali tramitam (desde que a delação cite petista) – o inteiro teor da referida delação. 

Em nenhuma vez fora citado.

Mas o Globo escancarou em manchete que fora ele beneficiado de esquema, segundo a (não) afirmara Baiano em delação.

Só resta processar o Globo e a Globo. Depois do estrago na imagem, fruto da repercussão das matérias.

Condenado e exonerado
Coisas desta terra brasilis; a exoneração do delegado Protógenes Queiroz em decorrência de sua condenação, pelo STF, mostra a quantas monta a interpretação pretória neste país e – de singular consideração – a rapidez que o judiciário oferta ao processo quando o quer.

A espetacularização foi a razão da condenação judicial contra Protógenes, tido como responsável por vazar para a Globo a imediata prisão de Celso Pitta, já que não foi acolhida a outra acusação: de que manipulara a prova processual.

Já as espetacularizações e vazamentos na atualidade... ficam para outro instante. 

Não vêem ao caso.

Contra Dirceu, um Janot, contra Aécio, outro
Posicionamento assumido pela PGR/Rodrigo Janot contra Dirceu nos leva a estranhar porque, diante de provas contundentes, contra Aécio Neves Sua Excelência retarda ou recusa promover pedido de investigação ou denúncia contra o senador mineiro.

Movimentações
Ainda que não confirmadas (estariam contidas em denúncia de Janot ao STF, baseadas em documentos da Suíça), as movimentações de Eduardo Cunha em contas no exterior podem superar os 400 milhões de reais.

São – até este instante – 58 transações por 29 contas bancárias  aqui

Blasfêmia
Provoca o jornalista Juan Arias, do espanhol El Pais, considerando as posses de Eduardo Cunha, que envolvem oito veículos de luxo, incluindo um Porsche Cayenne de meio milhão de reais: 

"Lendo a notícia sobre o Porsche Cayenne registrado em nome da empresa Jesus.com, propriedade da família Cunha, não pude deixar de me perguntar o que pensam essas centenas de milhares de evangélicos sinceros, que, fiéis a seus princípios religiosos, sacrificam, cada mês, de boa fé, uma parte de seus pequenos recursos para alimentar uma Igreja cujos membros mais responsáveis se revelam milionários e, o que é pior, acusados de enriquecimento ilícito."

Isso mesmo, caro leitor: o que causa espécie ao jornalista, de natureza blasfematória: dito Porsche em nome de uma de 'suas' empresas, a Jesus.com 

Barrigômetro
Em jornalismo “barriga” é o noticiamento que não corresponde aos fatos e à verdade. Coisa muito comum em nível de Veja, Época, Folha de São Paulo, O Globo, JN, Estadão etc. nesta contemporaneidade.

Nada a estranhar que o Estadão – aumentativo que não mais corresponde ao que representa em termos de jornalismo – tenha expressado a 'verdade' de que Fernando Haddad cogitava deixar o PT AQUI logo desmentida em 

twitter fernando haddad ...

Quosque tandem
A indagação levada a termo em Latim metaforiza o surrealismo que ‘legitima’ a aquisição pela TV Globo da TV Excelsior de São Paulo.

O fedor está prestes a aparecer, Como o afirma Carlos Newton em Justiça pode devolver TV Globo/SP a seus verdadeiros donos

Té quando? Depende do Judiciário.

Verdade
Ainda que vejamos senões aqui e ali em falas de Ciro Gomes está mais certo que errado. 

Em uma delas certíssimo: “A covardia do PT..." em enfrentar o instante em que vive, como posto em entrevista a Hélder Lima, na RBA aqui.

Complexo
Nosso complexo de vira-lata – expressão cunhada por Nelson Rodrigues em relação ao humor do futebol brasileiro de então, resquício do maracanaço de 1950 (bem menos que aquele 7 x 1 de 2014) – alastrou-se em todas as vertentes.

Na arquitetura esquecemos a universalidade de Oscar Niemayer para transformar rincões do Rio de Janeiro em cópias urbano-estadunidenses. 

Qualquer porcaria lá de fora – se dos EUA – é venerada e reproduzida.

No que diz respeito à corrupção, no entanto, somos postos (em outra vertente do viralatismo) como primeirões. Afinal, faz parte do complexo sermos bandidos, porque menores ficamos. Há quem até aceite ser ‘bandida brasileira’ em filme estadunidense, como a Bundchen.

Podridão
Para demonstrar quão espúria é a atuação do ministro Gilmar Mendes – que nada fica a dever a qualquer escroque em qualquer parte do mundo – não custa relembrar que Sua Excelência determinou, agora em 2014, o arquivamento de denúncias contra o deputado Eduardo Cunha que o envolviam na prática de crimes financeiros. AQUI

É este Gilmar, na condição de ministro na alta corte judiciária do país, que se senta com o próprio Eduardo Cunha em café da manhã para planejamento do impeachment de um presidente da República.

Mais podridão
Também não custa relembrar que ditas acusações contra Eduardo Cunha remontam a 2006, quando então encaminhadas ao STF pelo Procurador-Geral da República Antônio Fernando de Souza, mantida nos escaninhos da Corte pelo ministro Joaquim Barbosa.

Detalhe: o ex-Procurador-Geral da República Antônio Fernando de Souza é hoje o advogado de Eduardo Cunha.

“Recorta e cola”
Qualquer aprendiz de informática sabe que “recorta e cola” nada mais é que ctrl-c x ctrl-v. Ou seja, aproveitar algo pré-existente para texto recente/novo. Nenhum professor tolera o ctrl-c/ctrl-v.

A declaração de Reale Jr. de que o novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff muito se sustenta no famoso ctrl-c/ctrl-c bem dimensiona o que representa em si em termos de seriedade e fundamentos: a mesma coisa/nada. E acresce um dos ícones do golpismo, o Reale: “com grande esforço intelectual”.

Na prática, alimento para o furdunço que alguns ofertam às instituições democráticas. Em um país sério  não mereceria um rodapé de página; aqui gera manchetes.

“Vamos ver até onde vai o Supremo. Não é de confiança”, afirma-o, em comentário no Conversa Afiada, Geraldo Simões. 

Não sabemos se o grapiúna ou um homônimo.

Antônio Lopes
Clique para obter Opções Fingindo como poeta, que finge que é dor a dor que deveras sente (obrigado Pessoa) o macuquense Antônio Lopes nos envia sutil recado.

Na próxima segunda 26, na Feira de Livros da UESC, às 18h30min, primeiro lançamento de seu “Com o Mar Entre os Dedos”, saindo do forno. 

Que todos busquem a prosa leve de Lopes, ainda que outros que na Feira estejam lançando obras se sintam em ‘desvantagem’ com tanto ‘privilégio’.


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