domingo, 2 de outubro de 2016

Atentai-vos todos!

Atentai, Ocidente!
Leia-se, Estados Unidos e todos os que se amparam em reservas em dólar americano onde o lastro não pode ser confirmado/verificado/conferido. Afinal, trilhões  ou mais de um quatrilhão  de dólares circulam mundo afora sem que possamos afirmar que o Tesouro dos EUA disponham dos meios (reservas) para resgatá-los.

Neste primeiro dia outubro de 2016 a China tornou sua moeda como de “reserva internacional”. Uma pequena parte descerá a montanha como bola de neve, engolindo aos poucos os que dependam do dólar como reserva.

Não tardará (trinta, quarenta anos, no máximo) a China exigir reservas em sua moeda aos países com os quais venha a transacionar. Coisa feita pelo FMI através do FMI e Banco Mundial, capitaneados pelos EUA.

Obs: Entenda o leitor o que temos registrado  em nível de geopolítica  em razão da diplomacia brasileira depois de Lula (G-20, BRICS, Banco dos BRICS etc. etc.). Uma das razões do 'quase tudo' que ora nos acontece. Basta ver a guinada promovida pelo interino tornado permanente.

Prejuízo irrecuperável
Incalculável no que representa para o cidadão comum que depende do serviço público de saúde. Sofrível já o é. Ficará pior, muito pior. Redução de recursos – na ordem de 654 bilhões  segundo dados fornecidos por Patrus Ananias, amparado em dados do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde – no curso de 20 anos ao tempo em que a população cresce demandando por mais saúde pública.

Coisa das antas que ocupam o poder e estão a serviço dos interesses privados.

Não à toa falam na criação de um ‘plano de saúde’ para os atuais beneficiários do SUS.

A lei da Globo I
Os critérios utilizados pela TV Globo para debates – no quesito participação – variam conforme o humor e a conveniência. Mais precisamente a conveniência. Entenda-se essa como atuação político eleitoral em muitos casos.

Em Itabuna dois candidatos ficaram de fora do debate. Alegação: seus partidos não tinham representação no Congresso.

Em São Paulo, nas eleições de 2014, a Globo negou participação ao petista Alexandre Padilha porque tal não apontava percentual suficiente estabelecido pela Globo. E por aí vai.

À míngua de uma definição da Justiça Eleitoral a Globo vai fazendo a sua lei.

A lei da Globo II
Os prejuízos para a Democracia são relevantes. No primeiro instante, por negar ao candidato a exposição de suas idéias. 

Afinal, se a Justiça Eleitoral o admite como candidato e – como tal – a escrutínio do eleitor não pode esta ou aquela iniciativa (a não ser prevista na lei) inviabilizar que o eleitor tenha acesso às informações do candidato.

Presumir que o horário eleitoral cubra tal mister beira o nonsense, uma vez que partidos há em que o tempo disponível mal chega para expressar o nome e o número.

Alegar que a restrição enseja ‘qualificação’ traduz autoritarismo.

A lei da Globo III
Em Itabuna – demonstra-o pesquisa isenta – um candidato nanico cresceu várias vezes o seu percentual na espontânea (de 0,1% para 1,3%) depois dos debates de que participou. Outro – nas mesmas circunstâncias – saiu de 0,2% para 0,5%.

Exceto, naturalmente o promovido pela afiliada local da Globo.

Que, misteriosamente, é sempre o último.

Democracia em frangalhos
Assim a brasileira neste instante. Dela nada a esperar. As eleições municipais – por tudo o que estamos vendo – foram reflexo dessa anomalia democrática: políticos são todos iguais; e ladrões. 

Como a ditadura franca não se instalou vivemos a balbúrdia de muitos nem mesmo saberem em quem votar no instante do ‘frigir os ovos’.

Ganham – no instante em que o clamor por mudança se repete – os de sempre, os mesmos que se alimentam do processo viciado que todos dizem combater.

E os meios de comunicação fazem crer que sim.

Assim o Moro
Decretou sigilo em inquérito que envolve tucanos paulistas. A famosa lista da Odebrecht recebeu o crivo do sigilo absoluto, onde – pasme o leitor! – até solicitações de advogados interessados serão analisadas “caso a caso”.

O segredo para tanta cautela é que – pelo menos até agora – há tucanos e peemedebistas e – ao que parece – nenhum petista.

Quando o óbvio se torna exceção
Os tempos são outros, efetivamente. A mediocridade e o descrédito por que passa o Judiciário brasileiro a partir da postura de alguns de seus membros fará com que se torne histórico e revolucionário o voto de um desembargador por reconhecer e defender o óbvio.

O que aconteceu com o voto (único) do desembargador Rogério Favreto do TRF-4, em defesa da punição ao juiz Sérgio Moro por violações a leis. 

Quiá-quiá-quiá-quiá
A coisa anda assim. Prendem e como não acham as provas que dizem existir – em suas ‘convicções’ – pedem a prisão pela eternidade.

Ficção kafquiana. Para os que entendem como válida a permanência de Palocci preso.

Rir torna-se o único remédio
O Ministério Público Federal tem como compatível com suas rendas a evolução do patrimônio de Antônio Palocci, informa o Conjur, tanto que requereu pelo arquivamento do procedimento contra ele instaurado.

Moro e sua ... turma dizem que não.

Por ‘convicção’ mantém a prisão de Palocci.

Só resta o riso para enganar! 

Furada
Patrícia Faermann em texto no GGN desarticula integralmente as ações que sustentariam as convicções do MPF em relação a Lula. Mostra a falta de escrúpulos de Rodrigo Janot e sequazes.

Onde não havia ninguém do PT inseriram João Vaccari Neto, oportunidade em que incluíram o partido PT dentre as dezenas de averiguados do PP e PMDB, como se nele estivessem dezenas de políticos do partido.

Não perde oportunidade
Quando o perde para o uso do verbo haver não estamos no caminho da construção de uma Nação. Símbolo maior da unidade nacional o idioma sustenta, na base, aquela construção. Falar – e dominar bem – o idioma sinaliza o compromisso individual.

Alguém que, em artigo para jornal de circulação nacional, demonstra não compreender a relação temporal no texto – entre passado e futuro – sinaliza a quantas anda muita ‘gente boa’ nesta terra brasilis.

É o caso de Marina Silva e seu brilhante texto na Folha de São Paulo onde registra esta pérola: "Estamos há poucos dias...".

Não encontrou um mísero copydesk como apoio.

Buscando amparo
Há quem esteja a afirmar que Fernandinho Beira-Mar já busca meios jurídicos para trazer ao país o dinheiro que teria lá fora, garantia assegurada por lei em tramitação no Congresso para beneficiar depósitos ilícitos no estrangeiro, que se tornariam lícitos com a lei.

Fernandinho enxerga. Na falta de informações para uma delação premiada que tenha Lula como alvo buscará o benefício da lei que aprovam para os semelhantes a ele no quesito utilização de paraísos fiscais.

De volta para...
Causou espasmos – de alegria, para alguns; de indignação, para outros – a anulação de processos contra 74 PMs acusados de participação no morticínio de Carandiru.

Sob a égide das nulidades só faltou o processo voltar à estaca zero. 

Ou antes de zero. Ou seja, antes da invasão do Carandiru.

Para começar tudo de novo. 

O nível
A baixa exigência intelectual e cultural é a tônica de concursos. Exige-se neles a informação formatada em torno deste ou daquele tema (Direito, Economia, Filosofia etc.), nunca o tema no contexto da universalidade de temas.

Muito a propósito a texto da Katarina Peixoto e sua teoria do domínio do fato à brasileira no contexto da proposição filosófica da ‘receita de ovo frito':

"Eles não dão aulas em dois ou três expedientes, após doutorado e mestrado, recebendo bolsas simbólicas que mal compram livros e pagam passagens de ônibus. Eles não são obrigados a ler e escrever em mais de um idioma. Não são julgados por pares e pelos que dependem de seu trabalho, para se formarem. Eles não respondem a ninguém e vivem num estado orçamentário e burocrático cujo nível de accountability é irredutivelmente separado do que se passa na vida fiscal, orçamentária e institucional, do país.

Tocando no ciático
Em entrevista ao portal Sul21 o ex-ministro Eugênio Aragão entrelinhou o seguinte: 
...
O fascismo se caracteriza pelo uso de argumentos extremamente simplórios que parecem intuitivos, para pessoas de pouca inteligência. É desse tipo de argumento que o fascismo se utiliza: "todo o judeu é explorador", "todo índio é preguiçoso" e coisas do tipo que vêm acompanhadas por falácias enormes de modo a que pessoas desprovidas de inteligência possam cair nesta farsa.

Sul21Ainda sobre a Lava Jato, há quem relacione essa operação hoje a interesses de empresas e mesmo governos de outros países em riquezas como a do pré-sal. Na sua avaliação, há uma espécie de dimensão geopolítica nesta operação?

Eugênio Aragão: Não sei. Eu acredito que o Ministério Público pode estar sendo usado, mas o Ministério Público é tão endógeno na sua visão, tão perdido em cima do seu próprio umbigo que não sei nem se tem inteligência para isso. Eles podem estar sendo usados, sabendo ou não sabendo. Não existe gente preparada em Curitiba com essa estratégia toda para bolar uma coisa dessas.

Sul21: E quanto ao juiz Sérgio Moro?

Eugênio Aragão: Também não acredito que ele tenha capacidade para isso. O juiz Sérgio Moro é uma pessoa extremamente vaidosa que encontrou um nicho para se exibir à sociedade brasileira. Isso faz parte de um projeto pessoal. Ele gosta de ter essa cara de mau, de um sujeito inabalável nas suas convicções, um verdadeiro inquisidor mor. Ele adora fazer esse papel. Mas esse é um problema que ele tem que resolver com o seu psicólogo.

Hummm! Doeu!

O filho de FHC
Aquele que administrou milhões para a Feira de Hamburgo, na Alemanha. O mesmo que Fernando Baiano afirma ter sido o ‘agente’ de uma empresa estadunidense em negócios com a Petrobras (no tempo do pai FHC, naturalmente!).

Não falta nada. Tão só isenção em quem apura.

                    

Nenhum comentário:

Postar um comentário