domingo, 16 de dezembro de 2018

A cor da moda


Por que vestir marrom
Música dos anos 60, sucesso de Adriana, dizia no refrão: “Vesti azul, minha sorte então mudou...”.

Nestes tempos tão estranhos quanto sombrios o perigo é vestir vermelho, a cor ameaçada em todos os quadrantes de apoio ao governo eleito. Naturalmente para agradar também o fazem os oportunistas.

Nossa orientação quanto ao que vestir, considerando que azul não cai bem ou não traduz o que por aí vem e o verde não combina com quem pretende vender a Amazônia brasileira, amarelo já está saturado e pode dar uma ideia de que está com o eleito, melhor vestir marrom, a cor perfeita para explicar o que tudo aí está.

Ao que parece, a cor da moda. Se a moda pega!

Supimpa!

Mourão à espera
O General Mourão pode ser razinza e delicado como um elefante em loja de cristais quando faz declaração. Mas – ninguém se engane –
sabe o que quer. E mais: pode não perder o salto quando o cavalo passar correndo. Está treinado para a oportunidade que lhe vier.

Não custa duvidar – os que sonharam com um presidente general de linha dura/ditadura – de que sonho esteja prestes a se concretizar pelas vias democráticas que norteiam a singular atualidade desta terra brasilis.

Para o bom entendedor as coisas parecem caminhar para o pretendido por Mourão. Os apoios de sempre, conhecidos desde antes de 1964, já se manifestam. Ainda que veladamente, não tão veladamente.

Como se não bastassem algumas estrelas – não poucas – cintilando em torno do eleito presidente.

O caboclo lá das brenhas lecionará? esse mourão não amarra burro nem cerca.

Quem não sabe rezar
De renato Novai no 247:

"O que impressiona neste momento é que Jair Bolsonaro, que se elegeu com a mesma agenda e narrativas de Jânio e Collor, vive antes mesmo de sua posse um desgaste tão grande que sequer terá a famosa lua de mel, que quando curta, dura até a semana santa.

O bate-cabeças no PSL, partido do governo, as caneladas do general Mourão no presidente e em seus filhos, a dificuldade em criar uma base para eleger os presidentes da Câmara e do Senado e a nomeação de uma série de ministros inexpressivos e caricatos, indicam que Bolsonaro começa seu mandato já com cheiro de mofo.

Em começo de mandato, governantes costumam ter paz e capital político para se impor. Mas isso não está acontecendo com o futuro presidente. Ao contrário, ele está completamente perdido e já começa a ser visto como um estorvo a ser retirado do cargo."

Nada a acrescentar. A não ser um pouco da sabedoria popular: quem não sabe rezar, xinga Deus.



(Não)Diplomacia
Aviso nada velado: apoio da Rússia de Putin à Venezuela mais que à Venezuela fala ao Brasil.

E por falar em Putin, também a Europa de Angela Merkel (Alemanha) a Emannuel Macron (França) já mandou os seus recados, de negócios com o Mercosul ao Acordo sobre o clima.

O clima não anda bom. Também lá fora.

E o homem ainda nem tomou posse!

Nem o sangue escapa
Nestes tempos obnubilados, sombrios, tudo que contenha vermelho se torna perigoso. A covardia e a subserviência cuidam de aprimorar.

Desta vez não aquele shopping que vestiu Papai Noel de marrom, em Salvador da Bahia de Caymmi e Jorge Amado. 

O Ministério da Saúde trouxe a cor da merda para uma faixa de campanha contra a AIDs. 

Queremos crer que para entra na onda ou na cor da moda.

Detalhe: a cor e a criação da campanha não pertencem a  brasileiros, muito menos a petistas ou por eles influenciado. Mas por artistas estadunidenses nos idos de 1992.

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Da redação: a reprodução acima é de Guilherme Amado/O Globo



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